Pedagiômetro

30 de out. de 2009

Um modelo deteriorado

Costumo dizer que o mesmo grupo político governa Sorocaba desde o início da década de 80, ou do final da década de 70. Mas há quem defenda a tese de que esse grupo chegou à Prefeitura de Sorocaba ainda antes, com Armando Pannunzio, pai do atual deputado federal.
Defendo a primeira hipótese por entender que todos os que se sucederam de 80 pra cá, continuam atuantes em torno do governo Vitor Lippi, de uma forma ou de outra.
Theodoro Mendes participou ativamente de sua campanha e hoje atua como âncora nada imparcial de uma emissora de rádio local. Flávio Chaves não só foi o responsável por boa parte das alianças que permitiram a reeleição de Lippi, como ocupa, hoje, importante cargo no governo estadual. Há quem diga, que o que toca acaba mal. Talvez aí uma explicação atípica para o inimaginável fracasso desse segundo mandato de Vitor Lippi.
Os demais continuam por aí, atuando em favor de um modelo de gestão tímido e atrapalhado, que impede que Sorocaba seja uma cidade mais justa.
Só neste ano, quando teci comentários sobre esse tal modelo, já pude me apropriar de algumas graves situações como exemplos desastrosos do mesmo, no que se refere a confusão estabelecida entre o público e o privado.
No entanto, o solo continua fértil nesse sentido, então, continuemos a mostrar o quão falho é esse modelo.
Após os casos do escritório da China, da compra de veículos Corolla, do escândalo das propinas, da prisão de dois Secretários por suposto envolvimento nisso, e de um outro, por motivos diferentes, ao menos até que se prove o contrário, ou até que o rastro de fogo atinja seu rabo de palha, temos agora mais um exemplo de como essa equivocada forma de governar pode prejudicar a população de Sorocaba, trata-se do caso FUNSERV.
Conforme amplamente divulgado pela mídia, por ordem judicial, a FUNSERV deixou de oferecer assistência de saúde aos servidores públicos municipais.
O prejuízo, mesmo minimizado pela derrubada da liminar que impede o atendimento dos servidores, já é expressivo para os funcionários públicos, mas, com o tempo, será possível perceber que é ainda maior para os cofres públicos, já que todo o montante de milhões de reais repassados pela Prefeitura à FUNSERV, terão que ser devolvidos. Houve, seguramente, sérios danos.
O Ministério Público já havia comunicado a Prefeitura sobre a ilegalidade que vinha cometendo e que, cedo ou tarde, a situação teria que ser resolvida. Mas o Prefeito nada fez.
Só há duas hipóteses para tal comportamento, Lippi confiou cegamente na perfeição de sua administração, não crendo que pudessem ter cometido tão grave erro, ou simplesmente não quis ou não pôde, por algum motivo obscuro, alterar aquele modelo.
Comum entre todas as situações mencionadas neste texto, só mesmo o descaso com a coisa pública. Se o Prefeito tolerou pequenos desvios de sua equipe, o que nos levaria a crer que agiria de forma diversa nesse caso?
Existem dois sistemas de saúde no Brasil, o público e o privado. O governo do PSDB inovou, usou dinheiro público para pagar o plano privado dos servidores. Nada tão surpreendente assim, já que recentemente a Deputada Maria Lúcia Amary propôs a criação de cotas, em hospitais públicos, que atendessem a planos privados.
A questão, portanto, continua centrada no modelo de gestão. É ele que precisa ser superado em Sorocaba, assim como no governo federal isso já vem sendo feito.

29 de out. de 2009

O que virá agora???

No último dia 15 de agosto, aniversário da cidade, recebemos como presente a prisão do ex-Secretário de Administração, Januário Renna.
Já na semana em que se comemora o dia do Servidor Público, os do município de Sorocaba receberam o corte do atendimento de saúde da FUNSERV.
Sinceramente, estou com medo do presente que virá no dia de finados...

28 de out. de 2009

Estudo mostra que governo Serra é pior que o de Alckmin


Fonte: www.pt-sp.org.br

Serra acelerou o crescimento da carga tributária; das vendas de bens públicos ao setor privado; da terceirização de serviços públicos; da tolerância com os grandes devedores e do calote de precatórios
27/10/2009

O governo de Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo não deixou nenhuma saudade. Tímida, burocrática e marcada pelo abandono das questões sociais, sua gestão apenas empurrou com a barriga os problemas mais graves do Estado. Mas a atual gestão de seu sucessor, José Serra, consegue ser ainda pior. É o que mostra um estudo feito pela liderança do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo.

A administração do governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra (PSDB), revela a marca de um programa próprio de aceleração do "crescimento". Iniciado em janeiro de 2007, o Governo Serra acelerou o crescimento da carga tributária cobrada dos contribuintes; das vendas de bens públicos ao setor privado; da terceirização de serviços públicos; da tolerância com os grandes devedores e do calote aos credores de precatórios. Ao mesmo tempo, reduziu a participação dos gastos com Educação, Saúde e Segurança no orçamento estadual.

Um amplo diagnóstico financeiro e orçamentário dos sucessivos governos tucanos em São Paulo, concluído na semana passada pela liderança do PT na Assembleia Legislativa, não apenas reafirma o modelo das administrações do PSDB. O estudo também evidencia que o governador Serra, que ambiciona suceder o presidente Lula, comanda um governo menos atento aos problemas da população do que o de seu antecessor e companheiro de partido Geraldo Alckmin. A participação dos gastos em Educação, Saúde e Segurança, por exemplo, no orçamento estadual, era maior no Governo Alckmin do que tem sido no Governo Serra.

O diagnóstico começa apontando a fúria arrecadatória dos governos do PSDB. A carga de tributos aumentou continuamente desde 2002. Em valores corrigidos pelo IPCA, o peso dos impostos sobre cada contribuinte subiu de R$ 1.732,89, em 2002, para R$ 2.268,75. Só escaparam dessa fúria os grandes devedores do Estado. A dívida deles quase triplicou – de R$ 37,2 bilhões, em 1997, para R$ 92,6 bilhões, no ano passado.

Ao longo dos governos tucanos cresceram, além da carga tributária, os gastos com terceirizações de serviços públicos – de R$ 6,74 bilhões, no ano 2000, para R$ 10,1 bilhões no ano passado.

A venda de patrimônio público teve ritmo e volume variados nas sucessivas administrações do PSDB, que privatizaram as empresas de energia – CPFL, Eletropaulo e CESP, os bancos Banespa e Nossa Caixa, mais a Comgás, a Fepasa e outras estatais e ainda as rodovias, concedidas depois de duplicadas.

O primeiro governo do PSDB em São Paulo (1995/98), comandado por Mário Covas, vendeu R$ 46,1 bilhões. O próprio Covas, no segundo mandato, e seu sucessor, Geraldo Alckmin, desaceleraram as vendas. Elas caíram para R$ 18,4 bilhões, entre 1999 e 2002, e para R$ 4,3 bilhões, entre 2003 e 2006. No Governo Serra as privatizações voltaram a crescer. Ao fim de 2010 as vendas deverão chegar a R$ 10,4 bilhões – valor quase 150% superior ao da última gestão de Alckmin.

Para fazer caixa e garantir superávits primários artificiais, os governantes do PSDB fizeram crescer a cada ano o calote aos credores de precatórios. A dívida para com esses credores aumentou de R$ 10,7 bilhões, em 2002, para R$ 19,6 bilhões neste ano.

Toda a dívida pública cresceu sob os governos tucanos. Em 1997 somava R$ 130 bilhões; em 2008 chegou ao ápice: R$ 168 bilhões.

Ao mesmo tempo, entre 1998 e 2008, os gastos com Educação, Saúde e Segurança perderam participação no orçamento estadual.

Em 1998 o Governo Covas gastou 14,45% em Educação; Alckmin, em 2003, gastou 16,40%; e Serra, em 2008, gastou menos de 13%.

Na Segurança, o governo de São Paulo gastou em 2002, sob o comando de Alckmin devido à morte de Covas, 10,59% do orçamento. No ano passado, sob Serra, os gastos foram inferiores a 8%.
Algo próximo se repetiu na área da Saúde. Os gastos do Governo Alckmin em 2004 chegaram a 10,42% do orçamento estadual. No ano passado, o segundo do Governo Serra, ficaram abaixo de 9%.

Na área da Habitação, os governos tucanos sequer cumpriram a lei estadual que manda destinar 1% da arrecadação do ICMS para a construção de moradias. Os investimentos previstos no período 2001 e 2008 somavam R$ 8,3 bilhões, mas foram aplicados somente R$ 5,2 bilhões. Ou seja: R$ 3,1 bilhões foram esquecidos.
Já os gastos com propaganda só aumentaram. Em 2000, somaram R$ 88 milhões; em 2008, R$ 180 milhões.
Pelos cálculos do PT, Serra está longe de cumprir algumas das metas com que se comprometeu. O governador disse que criaria 50.000 vagas para o ensino médio, mas até agora criou pouco mais da metade. Serra prometeu também atender 31.650 famílias com obras e serviços de urbanização de favelas. Até agora atendeu menos de 12 mil.
Carga tributária
Em 2002, cada contribuinte paulista pagou R$ 1.732,89 em impostos estaduais. No ano passado, pagou R$ 2.268,75.
Privatizações
O Governo Serra acelerou o crescimento do programa de privatizações. A venda de patrimônio público, que alcançou R$ 4,3 bilhões no período 2003 e 2006, somará R$ 10,4 bilhões ao fim do período 2007/2010.
Gastos com terceirizações
As despesas com serviços terceirizados aumentaram de R$ 6,74 bilhões em 2000 para R$ 10,1 bilhões no ano passado.
Aumento da dívida pública
A dívida do Estado de São Paulo aumentou de R$ 130 bilhões, em 1997, para R$ 168 bilhões, em 2008.
Tolerância com grandes devedores
Os valores devidos pelos grandes contribuintes cresceram 150% – de R$ 37,2 bilhões, em 1997, para R$ 92,6 bilhões, em 2008.
Calote nos precatórios
O calote aos precatórios cresceu de R$ 10,7 bilhões, em 2002, para R$ 19,6 bilhões em 2009.
Redução de investimentos
Os governos tucanos previram a aplicação de R$ 8,3 bilhões na construção de moradias, no período 2001 a 2008. Aplicaram R$ 5,2 bilhões – R$ 3,1 bilhões a menos.
Os gastos com educação, que representavam 16,40% do orçamento em 2003, passaram a representar 12,69% do orçamento em 2008.

A participação dos gastos em Segurança no orçamento paulista caiu de 10,59% em 2002 para 7,67% em 2008 – mesmo nível de 10 anos antes.
A participação dos gastos com Saúde caiu de 10,42%, em 2004, para 8,98% em 2008.
Investimento em propaganda
As despesas com publicidade do governo aumentaram de R$ 88 milhões, no ano 2000, para R$ 180 milhões no ano passado.
Promessas
Serra prometeu criar 50.000 vagas para o ensino médio. Criou 26.900.
Prometeu atender 31.650 famílias com urbanização de favelas. Até agora atendeu 11.935
Prometeu construir 40 unidades para a Polícia Técnica entre 2008 e 2010. Construiu 13.

Eleições internas do PT: Lançamento da chapa "Unidade na Luta" e Triniti Presidente

O PT é o único partido brasileiro que elege todos os seus dirigentes de forma direta. Cada filiado ou filiada há pelo menos um ano, tem o direito de votar e ser votado para qualquer cargo.
E nesta sexta-feira, dia 30 de outubro, além de realizarmos uma grande festa para o lançamento da campanha da chapa "Unidade na Luta", que concorre ao Diretório Municipal e da qual tenho a honra de participar ao lado de valorosos companheiros e companheiras, também comemoraremos o aniversário do nosso candidato a Presidente, o companheiro Triniti.
Fica então o convite a todos e todas, filiados ou simpatizantes:

Festa de lançamento da chapa "Unidade na Luta" e Triniti Presidente - PT Sorocaba
Dia 30/10/2009 (sexta-feira), 19h.
Local: Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba (Rua Júlio Hanser, n° 140 - próximo a Rodoviária)

27 de out. de 2009

INCOMPETÊNCIA OU INOPERÂNCIA DA PREFEITURA DE SOROCABA?

O jornal Cruzeiro do Sul, na edição de hoje trás a informação de que o promotor responsável pelo caso da FUSERV havia alertado a Prefeitura, a FUNSERV e o Sindicato dos Servidores, sobre a situação do atendimento médico.
Nas palavras do promotor: “Eles não podem, de forma alguma, alegar que receberam a determinação da Justiça com surpresa. Não podem se colocar como vítimas e demonizarem o MP. Não é essa a verdade dos fatos”. “Não quiseram fazer acordo em hipótese alguma. Podiam contratar qualquer empresa de saúde, mas ignoraram os conselhos do MP”
Com tais declarações do promotor, fica caracterizada situação de total irresponsabilidade dos dirigentes das entidades envolvidas no caso, que deixaram a situação correr, sem se prepararem ou realizarem os ajustes legais necessários. E quem acabou prejudicado foram os servidores públicos municipais.
Tais fatos se somam a inúmeros outros, vejamos:
TCS – A empresa concessionária do serviço de ônibus não estava recolhendo o pagamento dos impostos (FGTS, INSS e ISS) acumulando uma dívida gigantesca. A prefeitura não fez o básico que era realizar a fiscalização. A TCS caminha para a falência com o consequente prejuízo para os trabalhadores e para a população de Sorocaba.
Empresas terceirizadas – Também não são realizadas as fiscalizações sobre elas, resultando no não pagamento de impostos e de salários dos seus trabalhadores. A prefeitura como tomadora de serviços acaba arcando com pagamento destes custos, ou melhor, pagando novamente, pois estes valores já estavam embutidos no primeiro pagamento dos serviços.
Centro de Saúde do Wannel Ville – Está fechado há um ano, sem perspectivas de funcionamento. O prédio corre o risco de ser depredado e a população está sem o serviço de saúde.
Região Metropolitana – A prefeitura não coloca a sua força para a aprovação deste projeto de lei do Deputado Hamilton Pereira. A sua aprovação resultará em melhores condições e mais verbas, para o desenvolvimento de Sorocaba e das cidades da região.
Estes são apenas, alguns casos da inoperância da prefeitura de Sorocaba, esta falta de capacidade do PSDB local vem colocando a nossa cidade em risco, com graves consequências sobre a população.

Texto do companheiro Alexandre Proença, do Opinião Socialista.

Vitor é Limpo ou Vitor é Lento?

No primeiro semestre do ano passado, quando Lippi e Amary se pegavam pra ver quem seria o candidato tucano a continuar o projeto de gerenciamento da cidade (não dá pra chamar isso de governo), a turma de Lippi saiu com um adesivo assim: "Vitor é Limpo".
Bom, levando-se em consideração as últimas prisões de Secretários e tudo o que está havendo, sua turma deve ter escondido tais adesivinhos.
E parece que agora, com o caso da FUNSERV uma outra turma já está preparando um novo material, nesse será possível ler: "Vitor é Lento".

FUNSERV: Lippi sabia das irregularidades

Mais uma vez servidores públicos municipais são atingidos pela inoperância do governo Lippi.
Mais uma vez o caso é de incompetência, ou de soberba mesmo.
Desde 2004 o Prefeito sabia que o modelo de atendimento médico prestado pela FUNSERV aos servidores era ilegal. Foi advertido pelo Ministério Público, mas preferiu acreditar que isso não lhe traria maiores problemas, por achar seu governo bom demais para cometer erro grosseiro como esse, ou por entender estar acima do bem e do mal.
E quem paga por isso? Quase oito mil famílias.

Ruby derrapa em sua defesa

Parece que além de correr demais, o Vereador Ruby também não toma cuidado com os freios e, em sua defesa, acabou derrapando.
Por meio de seu advogado, apresentou defesa à Comissão Parlamentar que está apurando o caso da cervejinha seguida de carro.
Ao que consta, sua defesa preocupou-se em dar nova versão aos fatos. Diferente da apresentada pelos policiais que abordaram o parlamentar na fatídica ocasião.
O problema, é que lendo o Regimento Interno da Câmara pode-se perceber que há defesa pra muita coisa em se tratando de avaliação de quebra de decoro. Pode-se alegar que os fatos foram distorcidos, que o Vereador não estava exercendo suas atividades parlamentares no momento dos fatos, etc. O que pega mesmo, é o fato dos policiais terem confirmado que o mesmo, ao ser abordado, deu a famosa carteirada. Aí a coisa complica.
O regimento diz que é caso de perda de mandato abusar do uso das prerrogativas inerentes ao cargo. Ou seja, a carteirada é uma das maiores agressões ao decoro.

Ruby e seu espetacular mandato

Tudo bem que a Câmara de Sorocaba não vive o seu melhor momento. Acho que temos e já tivemos bons vereadores na cidade, de diversos partidos. Mas, atualmente, a coisa anda feia.
Há uma omissão assustadora da base do governo Lippi, que aceita e é conivente com tudo o que vem acontecendo de escândalos nesta cidade.
Porém, Ruby está acima da média. Algo sensacional.
Já brigou com vizinhos em churrasco de aniversário, abusou da cerveja e teimou em dirigir, sendo em seguida flagrado disputando um "racha" no bairro de Santa Rosália.
Pra completar, no último final de semana um ex-assessor seu acabou preso por tráfico de entorpecentes.
No mais, Ruby não assinou o pedido de CPI para investigação do esquema de propinas na Prefeitura, não apresentou nenhum projeto relevante nestes 10 meses de mandato e não justificou, nem retribuiu os votos que Sorocaba lhe deu.

23 de out. de 2009

E o "Cabeção"?



O Vereador Francisco França, do PT, tornou pública denúncia que recebeu em torno de supostas irregularidades percebidas na Secretaria da Cultura de Sorocaba.
Tenho repetido que é preciso todo o cuidado com esse tipo de situação, pois qualquer denúncia que, posteriormente, se comprove falsa, pode vir a comprometer todas as demais situações que estão sendo investigadas, levando-as ao descrédito.
Porém, creio que o vereador tenha agido corretamente. Ele recebeu carta anônima indicando indícios de corrupção, além de e-mails e telefonemas com o mesmo teor. Deu publicidade aos fatos e apresentou Requerimento de Informações ao Executivo, ou seja, tomou as medidas que lhe competem enquanto agente fiscalizador.
É evidente que em meio a tanto barulho, a tendência é que a repercussão disso também seja no mesmo volume, mas isso já é algo que está fora do controle do vereador.
No mais, continuo com a opinião de que a maioria dos integrantes da Câmara Municipal de Sorocaba está sendo omissa em sua tarefa fiscalizadora. Há uma sequência impressionante de escândalos se sucedendo na cidade e os vereadores governistas parecem não se incomodar.
Ontem, começaram a sessão às 9h e a encerraram 10h30. Com uma pressa danada em silenciar.
Talvez a pergunta que ninguém queira responder, afinal, seja: quem é esse tal "Cabeção" que tanto é mencionado nas denúncias da cultura?

22 de out. de 2009

Antropólogo: Heráclito quer ser cabra-macho na cornolândia

Fonte: Terra

Claudio Leal

O antropólogo do cotidiano e professor da Universidade Federal da Bahia, Roberto Albergaria, sai em defesa do senador de Eduardo Suplicy (PT), chamado de corno pelo colega Heráclito Fortes (DEM) numa entrevista televisiva no Piauí. Para o especialista em "cornologia", como brinca, Heráclito quer bancar o "cabra-macho" na cornolândia.

- Esta afirmação só representa o machismo arraigado de um nordestino que ostenta sua enganosa condição de cabra macho, pois na verdade no mundo pós-moderno e multissexual de hoje, a antiga condição de adúltero foi completamente desconstruída no cotidiano da nossa cornolândia brasileira - diz Albergaria a Terra Magazine.

Veja aqui a entrevista completa.

Lippi e sua indignação

O jornal Bom Dia repercute as declarações de Lippi, dadas em entrevista à Jovem Pan, onde se diz indignado com um partido político.
Questionado se seria com o PT, respondeu que não, mas com o PSOL por conta das manifestações que o mesmo tem patrocinado.
No caso das propinas em Sorocaba, PT e PSOL têm optado por táticas muitas vezes divergentes, mas com o mesmo objetivo: denunciar, cobrar esclarecimentos e buscar transparência e justiça nos atos do Poder Público municipal. Não há nada o que se irritar com isso.
O PSOL optou por métodos bem humorados e criativos de se manifestar. Seus militantes ulitizaram a criatividade e o direito de expressão, nada mais.
O Prefeito, em seu segundo mandato, já deveria ter aprendido que seu maior problema não são as críticas que recebe, mas os erros que comete.

Um estranho silêncio

Nas entrevistas que concedeu esta semana, Vitor Lippi se esforçou em manter o sorriso e em manter uma postura de quem já teria superado a crise.
Estranhamente, a sessão de hoje na Câmara Municipal terminou muito antes do normal.
Parece um esforço razoável para se buscar águas tranquilas.
Não sei, acho que isso não vai dar certo. Aprendi há algum tempo que silêncio demais incomoda, de vez em quando até ensurdece.
Tem algo errado por aí...

21 de out. de 2009

Estudantes da UFSCAR Sorocaba protestam pela duplicação da Rodovia

A manifestação aconteceu na tarde de hoje e interrompeu o tráfego de veículos por cerca de 15 minutos no local.
A iniciativa pretende chamar a atenção para os riscos que aquela estrada oferece diarimente a seus usuários.
Vale destacar que os estudantes também se declararam contra a duplicação com implantação de praças de pedágio, conforme o proposto pelo governo Serra.
Veja as fotos e leia mais a respeito no Opinião Socialista.

Fechada aliança PT e PMDB

O pré-acordo estabelecido entre PT e PMDB para as eleições presidenciais garantirão seguramente, à candidatura de Dilma, o maior tempo de propaganda na TV, além de palanques consistentes em praticamente todos os estados do país.
Estão consolidados os dois principais elementos de uma campanha de situação, apoiada por um governo bem sucedido.

PTB pede decretação da perda do mandato do Dep. Jefferson Campos

O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) pediu a decretação da perda do mandato do deputado federal paulista Jefferson Alves de Campos (Pastor Jefferson) por infidelidade partidária. Na ação apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a legenda afirma que o parlamentar comunicou a sua saída do partido, mas não comprovou justa causa para deixar a agremiação.

De acordo com o PTB, não há fundamentos para que o Pastor Jefferson deixe o partido, pois a legenda sempre o convidou a participar dos movimentos partidários, “inclusive visando estratégias e diretrizes para o pleito de 2010”. Alem disso, o PTB argumenta que manteve o deputado em evidência divulgando seu trabalho na Câmara dos Deputados por meio da página do partido na internet.

O deputado Pastor Jefferson foi eleito suplente do PTB em 2006, mas tomou posse como titular devido ao falecimento do deputado Ricardo Nagib Izar. A ação está sendo analisada pelo ministro Fernando Gonçalves.

Fonte: TSE

Serra é o maior pé-frio



No último domingo o governador José Serra provou que não está pra brincadeira.
Logo pela manhã "twitou" que iria a Interlagos na certeza de que entregaria o prêmio de primeiro colocado a Rubinho. Deu no que deu..., pneu furado, perda de título e todo o resto.
Pela tarde, buscando a redenção apostou na barbada. O Palmeiras, meu glorioso Verdão, ainda não havia perdido sequer uma partida neste Brasileiro em seus domínios.
Então, lá foi o coisa ruim pro estádio. Deu Flamengo 2 a 0.
Espero que Serra carregue essa geladeira que chama de pé para o campo eleitoral e deixe meu Verdão em paz.

19 de out. de 2009

Lula, o Filho do Brasil

Lula: Brasil está preparado para crescer 5% e gerar mais emprego e renda em 2010

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou nesta segunda-feira (19), durante seu programa semanal de rádio Café com o Presidente, os resultados do Cadastro Geral do Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na semana passada. Ele afirmou que está otimista com a geração de empregos em 2010 e voltou a defender um crescimento de 5% da economia para o próximo ano.

“Acho que isso pode voltar a gerar empregos de forma extraordinária e eu acho que o Brasil está preparado para crescer, para gerar mais empregos e distribuição de renda e é isso que todos nós queremos”, disse.

Em setembro, o país gerou 252.617 empregos com carteira assinada, segundo dados do Caged. O índice representa crescimento de 0,77% em relação ao resultado de agosto, quando foram criados 242.126 postos de trabalho. Esse foi o oitavo mês consecutivo com saldo positivo na geração de empregos com carteira assinada.
São Francisco

Lula comentou também durante o programa as visitas às obras de integração e revitalização do Rio São Francisco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o país “merecia” uma obra como essa. “É uma obra extraordinariamente importante para o Brasil”, disse.

Lula lembrou que cerca de R$ 6 bilhões estão sendo investidos nas obras e que o objetivo é não apenas disponibilizar água à população mas também possibilitar a coleta de esgoto em todas as cidades localizadas às margens do rio.

“Há uma parte dessas obras onde se trabalha noite e dia. Penso que essa obra vai fazer um diferencial na parte mais empobrecida do país.”

O presidente encerrou na última sexta-feira (16) a vistoria de três dias às obras de transposição do Rio São Francisco, depois de passar pelos estados da Bahia, de Minas Gerais e de Pernambuco. Segundo Lula, 12 milhões de pessoas que moram no Semiárido nordestino serão beneficiadas pelas obras.

Fonte: www.pt.org.br

15 de out. de 2009

MANIFESTO EM APOIO À INSTALAÇÃO DA CPI DAS PROPINAS

As recentes notícias em torno do provável envolvimento de agentes políticos de alto escalão da Prefeitura de Sorocaba em casos de corrupção na emissão de alvarás para o funcionamento de postos de combustíveis na cidade têm causado indignação e constrangimento em toda a população sorocabana.
Sendo assim, e considerando que a independência entre os Poderes Legislativo e Executivo é fator primordial ao bom equilíbrio democrático, bem como o fato de ser função inerente aos Vereadores dessa Casa de Leis a rigorosa e transparente fiscalização dos atos do Governo Municipal, é que, as entidades que a este subscrevem, requerem digne-se V.Exa. a assinar, auxiliar a instalação e funcionamento e acompanhar Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI – proposta pelo Vereador Francisco França (PT), já subscrita pelos também Vereadores Izidio de Brito (PT), Caldine Crespo (DEM), Marinho Marte (PPS) e Tonão Silvano (PMDB), e que tem como objeto a apuração de tais fatos.

Assinam este manifesto:
Partido dos Trabalhadores – PT, Partido Socialismo e Liberdade – PSOL, Associações de Moradores dos bairros: Árvore Grande, Vila Zacarias, Ipanema Ville, Pq. das Laranjeiras e Vila Progresso, Sind. dos Trab. Metalúrgicos de Sorocaba e Região, Sind. dos Condutores de Sorocaba e Região, Sind. dos Trab. da Indústria do Vestuário, Sind. dos Trab. Têxteis, Sind. dos Trab. Papel e Papelão, Sind. dos Jornalistas de Sorocaba, Sind. dos Psicólogos de Sorocaba, Sindicato dos Aposentados de Sorocaba e Região – CUT, Subsede da Central Única dos Trabalhadores, Associação dos Metalúrgicos Aposentados de Sorocaba, Núcleos do PT: Aparecidinha, Vitória Régia, Júlio de Mesquita Filho, Parada do Alto, Além Ponte e Laranjeiras, Setorial de Juventude PT Sorocaba, Juventude Metalúrgica, Fórum Evangélico de Sorocaba e Região, Associação Fé e Obras, DCE Uniso, SINDSAÚDE Sorocaba, Sind. Único da Saúde, Sind. Trab. em Hotéis.



Esse foi o documento protocolado na manhã de hoje na Câmara Municipal.

14 de out. de 2009

Num outro mundo

Chega a ser engraçada a estratégia do PSDB para o enfrentamento da crise institucional instalada em Sorocaba.
Lippi disse em entrevista hoje pela manhã que o que está acontecendo é algo "pequeno" (sic). Pannunzio, quando fala, diz que a coisa começou em governos anteriores. Amary e Maria Lúcia simplesmente silenciam.
Não sou de fazer propaganda de adversários, mas nesse caso vale a pena. Sugiro que deem uma passada pelos sites de tais parlamentares. Nenhuma linha sobre tudo o que está havendo em Sorocaba.
Parece que ainda não acreditam que a casa está caindo. Seguem sonolentos.
A continuar assim, quando acordarem não mais enxergarão a "Tucanolândia" de outrora. Em seu lugar, verão a "República dos Espertalhões". Ou será tudo a mesma coisa?

13 de out. de 2009

No caminho com Maiakóvski

Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

Eduardo Alves Costa (atribuído a Berthold Brecht)

Câmara de Sorocaba precisa agir com independência

Há algum tempo tenho discutido com os companheiros e companheiras do PT a necessidade de avançarmos num debate de valorização do Legislativo sorocabano.
É triste ver a subserviência de alguns vereadores que, não raro, inclusive admitem assumir ou deixar de assumir alguma postura, por orientação do “Paço”.
Agora mesmo, no caso das propinas, o vereador Ditão, do PMN, disse na tribuna que espera que o Prefeito Vitor Lippi “libere” sua bancada para assinar o pedido de CPI apresentado pelo PT.
Situação esdrúxula essa de haver uma liberação! Cada um dos vereadores daquela Casa de Leis foi eleito pela população. Não me cabe discutir se o eleitorado da cidade escolheu bem ou mal seus representantes. O fato é que cada um dos eleitos deveria cumprir seu compromisso de legislar e fiscalizar com qualidade e independência.
Aguardar autorização do Executivo é rasgar todo e qualquer princípio de equilíbrio entre os poderes republicanos. Mais que um desrespeito ao povo que os elegeu, é um descompromisso com o Estado Democrático de Direito.
Se Lippi tem sido omisso, a maior parte dos Vereadores está sendo conivente e isso tende a acabar mal.

Nota do PT Sorocaba sobre a CPI das Propinas

PT Sorocaba conclama militância à luta contra a corrupção no governo Lippi – PSDB.

A direção municipal do Partido dos Trabalhadores vem a público expressar seu repúdio frente à omissão e a tolerância expressadas pelo silêncio do Prefeito Vitor Lippi, bem como das lideranças políticas locais do PSDB, em relação aos escândalos que se sucedem em nosso município, com a lamentável participação de figuras de alto escalão do governo local.
A prisão preventiva dos (ex?) Secretários José Ferrari e Maurício Biazotto, ocorridas na manhã de hoje, comprometem definitivamente um governo que escolheu defender cegamente seus “amigos”, em detrimento do bom senso e do interesse público.
Dessa forma e pelos motivos que têm sido reiteradamente apontados pela imprensa sorocabana, o PT Sorocaba conclama toda sua militância a se manifestar favoravelmente a aprovação do pedido de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito, na Câmara Municipal, bem como se insira na luta pelo combate a corrupção instalada na Prefeitura de Sorocaba.

Sorocaba, 13 de outubro de 2009.



Direção Municipal do Partido dos Trabalhadores

Biazotto e Ferrari são presos por envolvimento em esquema de propina

A esposa de Biazotto e um engenheiro também foram detidos por suposto envolvimento no caso dos postos de combustível


A Polícia Civil e o Ministerio Público prenderam na manhã desta terça-feira o secretário de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura, José Dias Batista Ferrari, o ex-secretário de Governo e Planejamento, Maurício Biazotto, a esposa de Biazotto e o engenheiro da prefeitura Gerson Tadeu Aily. Eles são acusados de envolvimento no esquema de corrupção denunciado pela "Operação Pandora" no fim de setembro.

Os acusados tiveram a prisão temporária decretada e devem passar os próximos cinco dias na Delegacia Anti-sequestro de Sorocaba. O delegado Wilson Negrão e representantes do Ministério Público devem ouvir os acusados durante toda a tarde desta terça-feira.

Entenda o esquema
No fim de setembro, a polícia prendeu Ivanilde Vieira, empresária e ex-presidente da regional do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo), acusada de aceitar propina em troca de repassar informações privilegiadas a donos de postos de combustível. Ivanilde ajudaria a engavetar denúncias, liberar alvarás e avisaria sobre datas de fiscalizações nos postos.

Durante seus depoimentos, Ivanilde citou Ferrari e Biazotto por envolvimento.

Com a prisão da empresária, Biazotto pediu afastamento do cargo.

Fonte: Rede Bom Dia

Vem mais barulho...

Segundo informações que circulam na Câmara de Sorocaba, os Secretários Biazotto e Ferrari e mais duas pessoas estão neste momento prestando depoimentos na Polícia Civil.
Trata-se do desenvolvimento das investigações da operação "Pandora", que tenta desvendar esquema de propinas instalado na cidade.

Eleições internas do PT

Dia 22 de novembro, filiadas e filiados ao PT em todo o Brasil escolherão suas novas direções municipais, estaduais e nacional.
Em Sorocaba, nosso candidato a Presidente é o companheiro Triniti, e a chapa é a "Unidade na Luta".
Para a direção estadual o apoio é para a reeleição do Edinho, e a chapa, que inclusive integro, é a "Construindo Um Novo Brasil - Articulação".
Por fim, para a nacional, para Presidente José Eduardo Dutra, com a chapa "O Partido que Muda o Brasil".

8 de out. de 2009

Rio 2016: A política no centro da vitória brasileira

Por Tarso Genro
Engana-se quem pensa que a escolha do Rio de Janeiro para sediar as olimpíadas de 2016 tenha obedecido a critérios meramente “técnicos”; seja na área dos transportes, infra-estrutura, logística, setor hoteleiro etc. Pude constatar que a escolha de um país para sediar os Jogos Olímpicos é uma decisão principalmente política. Trata-se da definição de um grande evento econômico e esportivo internacional, permeada por relações políticas e diplomáticas, que expressam um pedaço do cenário geopolítico mundial. A vitória do Brasil, além do esforço de autoridades desportivas e personalidades do esporte nacional, foi fruto do prestígio internacional do Presidente Lula e do sucesso de seu governo.
A delegação brasileira que vivenciou a emoção da escolha do Rio em Copenhague era, de longe, a mais vibrante e articulada. O excelente trabalho de preparação, liderado pelo Ministro do Esporte, Orlando Silva, foi coroado pelo brilhante desempenho da comitiva brasileira, tendo à frente o Presidente Lula. Este desempenho foi decisivo para o convencimento dos “eleitores” indecisos nos momentos finais da escolha. A presença do Presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles, reforçou a impressão já consolidada de que o Brasil foi um dos países mais bem sucedidos no enfrentamento à crise econômica. A expectativa de o país se tornar a quinta economia do mundo na próxima década serviu para soldar a confiança nas instituições do país.
O tema da segurança foi rapidamente superado, a partir da exposição consistente de uma estratégia, já testada, de segurança em grandes eventos e, também, em função do compromisso do governo federal com a consolidação das diretrizes do Pronasci. A firmeza do governador Sergio Cabral quanto ao aprofundamento das experiências de policiamento comunitário no Rio deslocou, rapidamente, o tema da segurança para um patamar secundário.
O equilíbrio institucional entre as três esferas de governo e a unidade político-administrativa dos entes federados foi um trunfo inestimável. Mais uma vez, atestamos o quanto fez bem ao Rio de Janeiro a superação da antiga visão paroquial, que afastou o Rio dos grandes temas nacionais por tantos anos. O Rio de Janeiro, mais do que nunca, demonstrou a força de seu reposicionamento na Federação e novas perspectivas se abrem agora para a retomada do Rio como ator decisivo para a consolidação da República e da democracia em nosso país.
Foram decisivas a altivez da política externa do Brasil, a solidez de nossa economia, o papel de liderança regional e a consistência de nossas instituições democráticas. A política presidiu a vitória brasileira. E não se trata aqui de pretender angariar algum dividendo eleitoral com esta afirmação. Certamente, não será este fato o que decidirá as eleições presidenciais de 2010. Até por que todas as correntes políticas e ideológicas apoiaram a candidatura do Rio. O que, no entanto, não pode deixar de ser dito neste momento, é que o país venceu por que sua estatura internacional foi profundamente alterada nos últimos anos.
A imagem do Brasil no exterior não é mais a de uma promessa bloqueada pela mediocridade de seus governantes. O país é hoje protagonista dos grandes temas mundiais. Já houve quem dissesse que, dentre os Brics, o Brasil é o país com maior potencial, pois é o único a reunir crescimento econômico, imensas reservas energéticas e minerais e democracia consolidada.
Que as Olimpíadas de 2016 simbolizem o ponto culminante desta grande virada do país rumo a uma sociedade justa, equilibrada e plenamente desenvolvida.

O Ministro da Justiça, Tarso Genro, integrou a comitiva brasileira que acompanhou a vitória do Rio em Copenhague.

7 de out. de 2009

Começou a operação abafa, mas há perguntas que ainda incomodam

Os movimentos realizados pela administração Vitor Lippi começam a "esfriar" o caso das propinas na Prefeitura de Sorocaba.
Após criar aquele monstrengo intitulado de "Comissão de Sindicância", refiro-me dessa forma à tal "comissão" por entendê-la ilegal, imprópria e que afronta o princípio da harmonia entre os Poderes, entre outros, o Prefeito agora surge com a "novidade" da criação da Controladoria do Município.
Tal órgão é fundamental em qualquer cidade de porte médio ou grande e constava inclusive das propostas do PT, caso tivéssemos vencido as eleições do ano passado. Portanto, louvável a iniciativa. Pena que pra ela fosse tomada, todo esse escândalo tivesse que acontecer.
Mas parece estar funcionando, Lippi também chamou sua esmagadora bancada para conversar, ajustou o discurso com parte da imprensa, que já se manifesta contra a instalação de uma CPI, enfim, parece que a operação "panos quentes" começa a suplantar a "Pandora".
No entanto, creio que tal estratégia colocará seu governo definitivamente em risco. Parece-me óbvio que as investigações da Polícia Civil avançarão. E tal postura pode e deve acabar por comprometer o próprio Lippi, caso avance no sentido contrário ao de sua expectativa.
Só pra exemplificar o que estou tentando dizer: há algumas perguntas que ninguém, ou muito pouca gente ousou fazer até aqui, quais sejam, por que foi a Divisão de Crimes Contra o Patrimônio do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic) da Polícia Civil quem prendeu o Secretário Renna por pedofilia?
Que diabos pedofilia tem a ver com crime contra o patrimônio?
Não parece estranho? Não seria razoável crer que Renna estava sendo monitorado pela Polícia Civil por outros motivos que não a prática de pedofilia e que o DEIC teria atirado num alvo e acertado em outro?
E por que motivos o Secretário, já preso por crime tão bárbaro quanto o que praticou, recebera visitas de "colegas" de governo, como o Vice-Prefeito e outro Secretário? Visita de solidariedade?
Às vezes, a porta está entreaberta e muita gente tem medo de escancará-la, então só enxergam o que se consegue pela fresta. O problema é que quando o vento tratar de abri-la todo o resto poderá ser visto, inclusive a parte feia da paisagem.

5 de out. de 2009

Afastar Ferrari seria medida mais sensata

Já mencionei em textos anteriores que entendo que a lealdade de Lippi com seus Secretários é, no mínimo, intrigante.
Claro que valores como o respeito, a amizade, a cumplicidade, entre outros, são imprescindíveis aos seres humanos. Sobretudo aos de bom caráter.
No entanto, esses valores são também aplicáveis ao povo governado por ele. Assim, manter em seu Secretariado Ferrari, que foi mencionado durante as investigações da operação "Pandora", é tão leal para com o Secretário, quanto desleal com a população.
Medida sensata seria seu afastamento, até que as investigações sejam concluídas, ao menos.
Nesse sentido Lippi já errou com Barbará, acreditou em sua inocência, tolerou seu comportamento, ou concordou com suas práticas?
Se ele se omite, dou-me o direito de duvidar de suas intenções.

Nada mudou, Lippi continua omisso

Qual o fato que verdadeiramente difere Maurício Biazotto de José Ferrari?
Por que o primeiro, assim que teve o nome mencionado nas investigações do caso das propinas na Prefeitura de Sorocaba, foi afastado e o segundo, igualmente mencionado nos depoimentos da empresária Ivanilde, não?
Ao que parece, mais uma vez Vitor Lippi se omite e prefere manter em seu quadro um Secretário que corre o risco de ser indiciado pela Polícia Civil. Poderia optar pelo afastamento do mesmo, como no caso de Biazotto, e esperar o final das investigações que poderão ou não indiciar os Secretários.
Escolhendo o caminho da defesa cega, estará comprometido caso venha a se comprovar qualquer espécie de participação de Ferrari. De qualquer forma, sua atitude demonstra inacreditável inabilidade política, pois, vejamos que questionamentos poderemos ter:
. Se Biazotto foi afastado e Ferrari não, alguém poderá concluir que é porque Lippi sabe que as acusações contra o primeiro são verdadeiras e, portanto, que vá aos leões?
. Se confia em ambos, por que o tratamento diferenciado?
. Se condena o primeiro, detém informações priveligiadas?

2 de out. de 2009

Salve Geral



Já que hoje é sexta-feira, fica aí a dica de um bom programa.

População aprova iniciativa de petistas

Aconteceu no final da tarde de hoje a primeira panfletagem em apoio a criação da CPI das Propinas, em Sorocaba.
As ações foram feitas nos terminais São Paulo e Santo Antonio e receberam expressivo apoio da população.

1 de out. de 2009

Cinco já assinaram pedido de CPI

Segundo o vereador França, líder do PT na Câmara de Sorocaba, já são cinco os Vereadores que assinaram o pedido de instalação da CPI das Propinas.
Agora, faltam apenas duas.
Amanhã, o PT inicia uma série de atividades em apoio a instalação da CPI.

E Lippi propõe sindicância

O Prefeito Vitor Lippi anunciou ontem a criação de uma Comissão de Sindicância que analisará o caso das propinas que culminou com a prisão da empresária Ivanilde e com a queda do Secretário Biazotto.
Há algumas possibilidades a respeito:
Primeira hipótese: Lippi quer mesmo investigar a participação de seus Secretários em tal esquema, mesmo que isso lhe custe ter que entregar amigos aos leões;
Segunda hipótese: o Prefeito quer esvaziar a idéia de uma CPI, justificando que as investigações já correm sem a participação da Câmara.

Fico com a segunda e explico os motivos.
Vitor Lippi tem uma característica marcante de defender seus aliados com unhas e dentes. Pra ficar num só exemplo, na semana em que se emociononou ao demitir Daniel de Jesus, foi ao culto na igreja frequentada pelo mesmo em sinal de solidariedade. E olha que o ex-Secretário caiu por ter favorecido empresa de seu pai. Assim, não creio que Lippi entregue ninguém aos leões.
Outro motivo: comprovado o envolvimento do hipermercado Extra, o nome do próprio prefeito já estará envolvido no caso, já que a doação feita por aquele para sua campanha eleitoral é fato que não se questiona. Mesmo que não saiba ou soubesse do esquema, terá recebido benefícios do mesmo, caso o esquema venha a ser comprovado e envolva, de fato, o Extra. Assim, não patrocinaria investigação que poderia chegar nele próprio.

CPI é instrumento legítimo de investigação.
Não gosto da idéia da banalização das CPIs. Aquela estratégia do PSDB de quanto mais barulho melhor.
Mas quando há fato definido e se avalia que o Legislativo possui isenção e condições suficientes para a investigação, é melhor que assim seja feito, do que por procedimento do próprio Poder investigado.