Pedagiômetro

24 de jun. de 2010

Prefeitura perde prazo e Romaria de Aparecidinha fica sem recursos do Estado

R$130 mil estavam garantidos através de emenda apresentada pelo deputado estadual Hamilton Pereira (PT)

Para receber R$130 mil em recursos estaduais, conquistados através de emenda do deputado estadual Hamilton Pereira (PT) para investimento na Romaria de Aparecidinha, a Prefeitura de Sorocaba deveria ter encaminhado documentação à Secretaria Estadual de Esporte, Lazer e Turismo até o dia 3/5. Essa informação consta de dois ofícios encaminhados pela Secretaria de Estado à Prefeitura, sendo o primeiro de 25/3 e o segundo de 13/4.

Já no primeiro ofício foi indicada a necessidade de "envio imediato" de uma relação de documentos entre os quais uma "Lei Municipal específica para o objeto do convênio". No segundo ofício, houve reiteração da relação de documentos requisitados, citada novamente a necessidade de uma Lei aprovada pela Câmara Municipal, com destaque para a informação de que o prazo mínimo para o envio da documentação era de "70 dias antecedentes ao início das festividades".

As informações obtidas pelo deputado estadual Hamilton Pereira (PT) geraram indignação no presidente do PT de Sorocaba, José Carlos Triniti Fernandes, e no vereador Izidio de Brito de Correia. "É inacreditável a displicência dessa Administração em relação aos interesses da população", salienta Triniti. "Trata-se da segunda maior Romaria do País, que leva o nome de Sorocaba para todos os cantos do Brasil, para a qual o Prefeito prova que não dá o mínimo valor", critica.

Segundo Triniti, a demanda chegou ao mandato do deputado Hamilton Pereira através do Núcleo do PT no bairro de Aparecidinha. "Nós fomos cobrados pelos membros do núcleo de que estava havendo problemas com a liberação dos recursos e pedimos ao deputado Hamilton que apurasse o que estava acontecendo", explica Triniti.

O vereador Izidio, por sua vez, lembra que em 12/4 houve uma reunião do deputado Hamilton com o então Secretário de Administração de Sorocaba, Rodrigo Moreno, quando foi anunciada a liberação de R$330 mil para construção de uma área de lazer no Jardim Luiza e investimentos na Romaria de Aparecidinha. "Mesmo que o ofício não tivesse sido enviado pela Secretaria Estadual à Prefeitura, nós estivemos lá pessoalmente passando a informação para o representante da Prefeitura", observa Izidio. "E realmente, a Prefeitura nunca enviou nenhum Projeto de Lei à Câmara Municipal com a proposta de convênio solicitada pelo Estado", completa.

Para Triniti, a atitude da Prefeitura demonstra seu preconceito partidário. "O Prefeito não pode se dar o luxo de ignorar um recurso como esse por se tratar de emenda de um parlamentar petista", afirma. "Nossas prefeituras petistas da região como Votorantim, Porto Feliz, Piedade e outras, nunca tiveram problemas em receber emendas de parlamentares do PSDB porque a relação republicana deve existir para que prevaleçam os interesses da população", completa.

A Romaria de Aparecidinha é realizada todos os anos em 1º de janeiro e no segundo domingo do mês de julho. A manifestação chega a reunir mais de 70 mil pessoas no santuário localizado no bairro de Aparecidinha e os habitantes da região preocupam-se com a falta de estrutura dos bairros para receber número tão grande de pessoas na ocasião da Romaria. Hamilton Pereira é autor da Lei que incluiu a Romaria de Aparecidinha no calendário turístico oficial do estado de São Paulo.

www.hamiltonpereira.org.br

23 de jun. de 2010

Dilma supera Serra e chega a 40%, mostra Ibope

Fonte: IG

Pela primeira vez desde o início da pré-campanha, Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência, aparece à frente do tucano José Serra em uma pesquisa de intenção de voto. Levantamento divulgado nesta quarta-feira pelo Ibope, encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra a presidenciável petista com 40% das intenções de voto, contra 35% do ex-governador paulista. A candidata do PV, Marina Silva, tem 9% da preferência dos eleitores.

Em um cenário com todos os 12 candidatos a presidente, a petista lidera com 38%, seguida pelo tucano com 32% e Marina com 7%.

A pesquisa foi realizada entre os dias 19 a 21 de junho e foram ouvidos 2.002 eleitores em 140 cidades. A margem de erro é de 2% para mais ou para menos.

Na última pesquisa CNI/Ibope, feita em março, a vantagem de cinco pontos era do tucano (38% contra 33%). Desde então a candidata do PV se manteve praticamente na mesma posição – tinha 8% das intenções de voto à época. Na ocasião o instituto também mostrava o cenário com a possibilidade de Ciro Gomes ser candidato à Presidência pelo PSB – neste caso, Dilma teria 30%, Serra, 35%, Ciro, 10% e Marina, 8%.

A pesquisa CNI/Ibope é o primeiro levantamento desde o lançamento oficial da candidatura dos três principais presidenciáveis e confirma a ascensão da ex-ministra da Casa Civil na disputa, também observada por outros institutos.

Tanto a candidata petista como o tucano intensificaram, nas ultimas semanas, as aparições na TV e no rádio durante inserções dos próprios partidos – Serra, por exemplo, foi estrela também na propaganda oficial do DEM e do PPS.

O detalhe do levantamento é que, em relação a março, o número de eleitores que afirma preferir votar num candidato apoiado pelo presidente Lula foi menor desta vez: 53% contra os atua9is 48%.

Ainda segundo a pesquisa, hoje quase três quartos da população já sabem que Dilma Rousseff é a candidata apoiada pelo presidente Lula.

Todos os candidatos cresceram na indicação espontânea das intenções de voto para presidente. A candidata do PT cresceu oito pontos percentuais em relação à pesquisa divulgada em março. Hoje ela figura com 22% das indicações, enquanto o candidato tucano cresceu seis pontos e é citado por 16% dos eleitores. A candidata do PV, Marina Silva, tem hoje 3% das intenções de voto espontâneas – dois pontos percentuais a mais do que em março.

Ainda na pesquisa espontânea, o presidente Lula, que disputou as últimas cinco eleições presidenciais, ainda é citado por 9% dos eleitores – em março, era lembrado por 20%.

Segundo turno

Em um eventual segundo turno, mostrou o último CNI/Ibope, Dilma Rousseff venceria José Serra com 45% das intenções de voto contra 38% – em março, o tucano aparecia na frente: 44% a 39%. Se o segundo turno fosse entre Dilma e Marina a petista também levaria vantagem: 53% contra 19%. Em março, a vantagem era de 48% contra 17%. Já num eventual segundo turno com o José Serra, a candidata do PV seria derrotada por 49% a 22%, sendo que em março a vitória seria de 55% a 17%.

A urgência urgentíssima das obras na Dom Aguirre

Parece piada. Há mais de trinta anos o mesmo grupo político governa a cidade de Sorocaba, e desde de sempre as áreas sujeitas a alagamentos em épocas de chuva são exatamente as mesmas.
Este ano, a intensidade das águas foi maior e as fragilidades de nossa estrutura ficaram evidentes.
E enquanto as enchentes acontecem na periferia as preocupações do poder público são menores, já que só a população local acompanha seus desdobramentos.
No entanto, em 2010 ocorreu algo novo, a marginal Dom Aguirre teve que ser interditada várias vezes por conta das águas.
Eis então que o prefeito Vitor Lippi vai à imprensa com propostas ousadas, tais como a construção de um piscinão sob a praça Lions.
De qualquer forma a opção da equipe técnica da Prefeitura foi outra, resolveram elevar as pistas da marginal e executar uma série de ações que, espera-se, evitem a inundação do local.
Duas questões surgem imediatamente: 1a - Tal projeto não deveria ter sido objeto de debate mais aprofundado? Justifico tal questionamento com minha própria ignorância sobre o tema.
Eu, que pouco conheço disso, fico imaginando que as águas que não transbordarem na praça Lions seguiram seu curso natural. E mais adiante, no Abaeté, no Vitória Régia, no Santo André II ou no São Bento, por exemplo, os problemas que já não são poucos podem se multiplicar com o aumento do volume de águas naquelas regiões.
2a - Qual a justificativa para a dispensa de licitação por parte da Prefeitura? Tomara que a resposta não seja "obra de urgência" porque são décadas de alagamentos no mesmo local. Se disserem que agora é urgente pregam um rótulo de incompetência neles próprios que durante décadas só assistiram o espetáculo das águas.
De medidas concretas até aqui no combate aos efeitos de enchentes, a Prefeitura de Sorocaba só fez mesmo foi entregar pares de galochas às famílias vitimadas

O tempo anda curto, de novo

De tempos em tempos enfrento uns dias mais complicados, que não me permitem atualizar este blog. É que com a proximidade do início da campanha, as demandas relativas ao meu trabalho no mandato do companheiro Hamilton e ainda, vez ou outra, alguma tarefa inerente a minha participação na Executiva Estadual do PT, os dias ficam curtos.
Mas no final das contas, damos um jeito.

18 de jun. de 2010

A morte de José Saramago

José Saramago, único escritor de lígua portuguesa a ganhar um Prêmio Nobel de Literatura, morreu hoje, aos 87 anos.
De convicções socialistas e com uma vida marcada pela coerência de suas posições, deixa um valioso legado à literatura mundial.
Particularmente, tenho Saramago como meu escritor preferido. "Ensaio Sobre a Cegueira" é imperdível. Carrega discussões importantíssimas sobre os valores do homem e as distorções da sociedade.

17 de jun. de 2010

Serra, o retorno do “Magnífico”?

Fonte: PT
Nascido da tradição da Filosofia da História, o tempo lento, linear e previsível não costuma dar espaço para que surjam agitações trazidas por "eventos" desconstrutores de representações sedimentadas No entanto, quando constelações específicas condensam a vida, restituindo sua dimensão dialética, estamos, sem dúvida, diante de atos ou fatos inaugurais quase sempre originados na esfera política.

José Serra, em discurso na convenção do PSDB que aprovou seu nome como candidato à sucessão de Lula, mostrou desconhecer quando a história se torna presente no espaço. Sua fala aparenta ser prisioneira de um passado que, por não poder ser explicitado para eleitores mais jovens, ameaça se voltar contra ele, de forma grotesca, quase patética

Ao dizer que “não tenho esquemas, não tenho máquinas oficiais, não tenho patotas corporativas e não tenho padrinhos", Serra tenta, em vão, esconder de onde vem e quais são suas companhias. Tanto o PSDB quanto o PFL, partidos da coligação vencedora da sucessão eleitoral em 1994 e 1998, foram criaturas concebidas e direcionadas a fim de se tornarem instrumentos viabilizadores das velhas elites no sistema político hegemonizado pelo neoliberalismo. O ex-governador paulista, velho militante da AP, ressurgiu como ator de relevo no bojo da velha conciliação negociada.

É isso que faz dele o ator antagônico das novas formas de articulação entre o Estado e a sociedade civil, forjadas nos últimos oito anos de governo Lula. O tucanato representa uma época em que qualquer demanda coletiva, mesmo quando meramente setorial, encontrava barreiras quase intransponíveis na desorganização e apodrecimento dos aparelhos institucionais do Estado cartorial, submetido aos ditames do mercado.

Quando compara, de forma jocosa, Lula a Luís XIV, Serra incorre em dois erros perigosos. O primeiro mostra a indigência política de sua maneira de ver o país. O segundo traz à cena o “padrinho" que precisa ser ocultado. O desmantelamento do consórcio tucano-pefelista combinou ampliação da participação com fortalecimento institucional. O presidente petista não expressou a ameaça de uma via personalista, carismática, na qual a institucionalidade se enfraqueceu e a participação popular aumentou de forma abrupta e inorgânica

Pelo contrário, dialogando com movimentos sociais, a inclusão de novos atores se deu de forma consistente, sem prejuízo do Estado Democrático de Direito. Antes o reforçou, na medida em que conferiu maior densidade e vitalidade aos partidos políticos, entidades de classe e ao próprio processo eleitoral.

A alusão ao monarca absolutista, a quem se atribui a frase " L’État c'est moi", não só não guarda sintonia com o momento de avanços democráticos em que vivemos, como remete à genealogia política do candidato da Rede Globo, revelando o apadrinhamento rejeitado. Sim, Serra não é pouca coisa. Pontificou como gente grande no poder quando o Palácio do Planalto, no início do governo de FHC, parecia o de Lourenço, o Magnífico, fino poeta e protetor das artes em Florença. Ele permitiu a falência do banco dos Médicis.

No segundo mandato, o Planalto ficou parecido com o palácio de Lorenzaccio, príncipe intrigante e sem princípios, que assassinou o primo Alexandre e depois foi assassinado também

Na trama palaciana do tucanato, um forte componente de sua personalidade era o orgulho e alta conta em que tinha a si mesmo. O que mais temia, no entanto, ocorreu: passou à história como um fracassado na economia e um pusilânime na política, tolerante com os desmandos de seus aliados e com a corrupção. Esse é o legado que Serra, com o apoio da grande mídia corporativa e do judiciário partidarizado, pretende resgatar. Será isso o que queremos?

Pretendemos voltar a um período em que ação econômica instrumentalizava a política, fazendo dela um meio de coerção para maximizar fins acumulativos? Ou desejamos manter as conquistas de oito anos de governo democrático- popular, que, enfrentando a questão social, inverteu os termos da equação?

Gilson Caroni Filho é professor das Faculdades Integradas Hélio Alonso, no Rio.

14 de jun. de 2010

Quase 17 mil crianças foram retiradas do trabalho infantil de 2007 a 2009

Agência Brasil

No Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, comemorado neste sábado (12), o Brasil apresenta números que dão o tamanho do problema no país. A fiscalização do Ministério do Trabalho retirou desse tipo de atividade 16.894 crianças e adolescentes, entre 2007 e 2009. Neste ano, o número de crianças e adolescentes retirados do trabalho infantil já chega a 811.

Para o chefe da Divisão de Fiscalização do Trabalho Infantil do ministério, Luiz Henrique Ramos Lopes, o campo ainda é o local onde se registra o maior número de ilegalidades. "Nós vemos muito em fazendas, na agricultura, na pecuária, fazendo trabalhos de engraxate, trabalho doméstico. Principalmente nas cidades do interior ainda existem muitos casos", afirmou.

Lopes disse ainda que a pobreza está ligada ao trabalho infantil e que para combater esse tipo de prática é necessário ter políticas públicas que apoiem essas famílias. "Tem que combater o trabalho infantil, mas você tem que dar educação, saúde, ter formas de desenvolvimento familiar para as crianças. Ainda há no campo muitas crianças trabalhando com seus país, com seus tios, isso ainda é muito comum", disse.
...
Texto na íntegra no site do deputado Hamilton.

11 de jun. de 2010

Mandela volta ao centro dos debates



Copa do Mundo é mesmo um evento diferente de todos os outros. Mesmo pra quem acha o futebol uma grande besteira, como esporte ou pelos interesses que giram em seu entorno, não há como negar sua fantástica capacidade de envolver, emocionar e de colocar no centro do debate a situação de países que, em linhas gerais, só são lembrados em épocas de tragédias (epidemias, guerras, terremotos, etc).
O continente africano reúne grande parte das mais sofridas e exploradas nações do mundo. E perceber as atenções voltadas a ele é muito bom. Ou foram poucos os que torceram pela seleção da Africa do Sul nesta manhã (o jogo terminou empatado)? Eis que o futebol reaqueceu a empatia do povo brasileiro, por exemplo, para com aquela gente. Quando parecia que seu maior líder, Nelson Mandela, teria saído de cena em definitivo, a Copa do Mundo o resgata.
Sua imagem, sua força e sua importância histórica voltam à grande mídia mundial.
Que bom que o esporte também nos proporciona isso.

Ficha Limpa valerá para as eleições deste ano

Para o bem, ou para o mal, o chamado "Ficha Limpa" valerá nas eleições deste ano.
Só mesmo à partir dos pedidos de registros de candidaturas é que teremos ideia de sua abrangência. Há quem diga que de todos os setenta deputados federais pelo estado de São Paulo, somente Paulo Maluf teria problemas para registrar sua candidatura.
A questão é que há muitos parlamentares que respondem a um número expressivo de processos que poderiam impedir suas candidaturas, como o sorocabano Renato Amary, muitas vezes conseguem protelar por anos decisões de segunda instância. Assim, mesmo havendo condenação rigorosa na primeira instância, poderão registrar suas candidaturas.
Portanto, continuo com a opinião de que o melhor a ser feito é orientar os eleitores a realizarem suas próprias pesquisas. O ficha limpa funcionará melhor no sistema "faça você mesmo".
Clique aqui para consultar seu parlamentar/candidato.

10 de jun. de 2010

Política e a Copa do Mundo

Quando criei este blog, que em 23 de julho completará um ano, o fiz com a intenção de ter um espaço onde pudesse expor posições pessoais. Sobretudo sobre a política, com óbvio destaque às questões da cidade de Sorocaba.
Bom, até aqui tenho conseguido ser disciplinado. Postei muito pouco sobre outros temas que não os originalmente propostos.
Porém, com o início da Copa, não tem mais jeito, né?
Se eu insistir em escrever só sobre as eleições deste ano nos próximos 30 dias, corro o risco de só eu mesmo visitar este blog diariamente.
Então, mesmo sabendo de minha teimosia como torcedor, passarei à partir de amanhã a postar também opiniões sobre o futebol.
Conhecendo minha intransigência sobre o tema, creio que depois de começar a ler minhas opiniões sobre o futebol, muita gente vai torcer pra eu voltar logo a escrever só sobre a política.
Mas não custa tentar. Porque sou brasileiro (e palmeirense) e não desisto nunca!

9 de jun. de 2010

O caso do suposto dossiê

Publicado no Blog Luis Nassif On Line.
Por Luis Nassif
Sexta-feira, 4 de junho de 2010

À primeira vista, não fazia lógica a história da divulgação do suposto dossiê contra a filha de José Serra, que estaria sendo armado pelo PT.

Primeiro, por ser inverossímil. Com a campanha de Dilma Rousseff em céu de brigadeiro, à troco de quê se apelaria para gestos desesperados e de alto risco, como a divulgação de dossiês contra adversários? Se a campanha estivesse em queda, talvez.

Além disso, os dados apresentados pela Veja, repercutidos pelo O Globo, eram inconsistentes. Centravam fogo em Luiz Lanzetta, que tem uma assessoria em Brasília que serve apenas para a contratação de funcionários para a campanha de Dilma – assim como Serra se vale da Inpress e da FSB para suas contratações.

Serra atacou Lanzetta, inicialmente, através de parajornalistas usualmente utilizados para a divulgação de dossiês e assassinatos de reputação. Só que há tempos caíram no descrédito e os ataques caíram no vazio. Serviram apenas como aviso.

Aí, se valeu da Veja que publicou uma curiosa matéria em que dava supostos detalhes de supostas conversas sobre supostos dossiês, mas nada falava sobre o suposto conteúdo do suposto dossiê.

Até aí, é Veja. Mas os fatos continuaram estranhos.

Há tempos a revista também caiu em descrédito tal que sequer suas capas são repercutidas pelos irmãos da velha mídia. Desta vez, no entanto, entrou O Globo, inclusive expondo a filha de Serra – como suposto alvo do suposto dossiê. Depois, o próprio Serra endossando as suposições, em um gesto que, no início, poucos entenderam. A troco de quê deixaria de lado o «Serra paz e amor» para endossar algo de baixa credibilidade, em uma demonstração de desespero que tiraria totalmente o foco da campanha?

Havia peças faltando nesse quebra-cabeças. Mas os bares de Brasília já conheciam os detalhes, que acabaram suprimidos nesse festival de matérias e editoriais indignados sobre o suposto dossiê.

A história é outra.

Quando começou a disputa dentro do PSDB, pela indicação do candidato às eleições presidenciais, correram rumores de que Serra havia preparado um dossiê sobre a vida pessoal de seu adversário (no partido) Aécio Neves.

A banda mineira do PSDB resolveu se precaver. E recorreu ao Estado de Minas para que juntasse munição dissuasória contra Serra. O jornal incumbiu, então, seu jornalista Amaury Ribeiro Jr de levantar dados sobre Serra. Durante quase um ano Amaury se dedicou ao trabalho, inclusive com viagens à Europa, atrás de pistas.

Amaury é repórter experiente, farejador, que já passou pelos principais órgãos de imprensa do país. Passou pelo O Globo, pela IstoÉ, tem acesso ao mundo da polícia e é bem visto pelos colegas em Brasília.

Nesse ínterim, cessou a guerra interna no PSDB e Amaury saiu do Estado de Minas e ficou com um vasto material na mão. Passou a trabalhar, então, em um livro, que já tem 14 capítulos, segundo informações que passou a amigos em Brasília.

Quando a notícia começou a correr em Brasília, acendeu a luz amarela na campanha de Serra. Principalmente depois que correu também a informação de um encontro entre Lanzetta e Amaury. Lanzetta jura que foi apenas um encontro entre amigos, na noite de Brasília. Vá se saber. A campanha do PT sustenta que Lanzetta não tem nenhuma participação na campanha.

Seja como for, montou-se de imediato uma estratégia desesperada para esvaziar o material. Primeiro, com os ataques iniciais a Lanzetta, que poucos entenderam o motivo: era uma ameaça. Depois, com a matéria da Veja.

A revista foi atrás da história e tem, consigo, todo o conteúdo levantado por Amaury. Curiosamente, na matéria não foi mencionado nem o nome da filha de Serra, nem o do repórter Amaury Ribeiro Jr. nem o conteúdo do suposto dossiê.

O Globo repercutiu a história, dando o nome da filha de Serra, mas sem adiantar nada sobre o conteúdo das denúncias – medida jornalisticamente correta, se fosse utilizada contra todas as vítimas de dossiês; mas só agora lembraram-se disso.

Provavelmente Veja sairá neste final de semana com mais material seletivo do suposto dossiê. Mas sobre o conteúdo do livro, ninguém ousa adiantar.

8 de jun. de 2010

Pesquisas mostram tendência muito clara em favor de Dilma



O portal "Vermelho" traz boa análise das últimas pesquisas eleitorais. Com o gráfico acima demonstra que, ao contrário do que afirmam as manchetes da grande mídia, a situação atual não é de simples empate. É claríssima a curva de crescimento de Dilma e de queda de Serra.
A continuar nesse ritmo, a candidata petista entrará em breve em faixa que lhe permitirá lutar por vitória em primeiro turno.

Veja aqui a análise completa.

7 de jun. de 2010

Eleições 2010: o cenário está quase completo

O acordo firmado entre o PT e o PMDB em Minas Gerais provavelmente tenha sido um dos últimos arranjos num cenário que já se mostra pra lá de favorável à eleição de Dilma.
Desde o início das discussões sobre a sucessão presidencial alguns elementos se colocavam como fundamentais à construção de uma candidatura forte da petista. Dentre eles, destaco: uma estratégia consistente de transferência da credibilidade e da confiança depositadas na figura de Lula para Dilma, uma construção inteligente de palanques regionais e um arco de alianças que permitisse uma capilaridade de tal candidatura.
Parece que todos os pontos foram alcançados.
Minas possui o segundo maior eleitorado do país, ficando atrás apenas de São Paulo. Considerando a força de Aécio por lá e de Serra por aqui, candidaturas competitivas em ambos estados que apoiem Dilma são importantíssimas. Bom, em São Paulo é inquestionável o acerto da candidatura de Mercadante, com chances reais de vitória. E, de sobra, ainda haverá o palanque do candidato do PSB, Paulo Skaf, que poderá servir como linha auxiliar.
Nas Minas Gerais, a candidatura de Hélio Costa, tendo como provável vice Patrus Ananias e Pimentel como candidato ao Senado, é também uma chapa com toda pinta de ser vencedora.
Considerando que no Rio e na Bahia, os outros maiores colégios eleitorais, Dilma já está muito bem consolidada e servida de fortíssimos palanques, parece que tudo segue a seu favor para uma vitória que pode até ser construída já em primeiro turno.
Ah! E quando o IBOPE admite empate técnico entre Dilma e Serra é porque, normalmente, o jogo já foi virado.

4 de jun. de 2010

Lula sanciona o "Ficha Limpa"

O Presidente Lula sancionou hoje o Projeto de Lei que ficou conhecido com "Ficha Limpa", que impede a candidatura de condenados em órgão colegiado pela prática de determinados crimes.
O projeto poderia ter ido além. Há muitas dúvidas quanto a eficácia e a abrangência do mesmo. Algumas delas, o TSE tratará de dirimir, outras persistirão até que a prática as resolva.
De qualquer forma, continuo achando um avanço. Tímido, porém, importante.
Vale lembrar que foi também no governo petista que a Polícia Federal ganhou destaque com operações que desmontaram centenas de quadrilhas que operavam no setor público.
Nenhum outro governo combateu tanto a corrupção quanto o de Lula. E se ainda há muito a ser feito, é porque foram quinhentos anos de tolerância (pelo menos).

1 de jun. de 2010

No transporte público em Sorocaba, tudo está como antes


A imprensa sorocabana tem abordado com certa frequência os problemas enfrentados pela população do município no que diz respeito ao trânsito.
Seja quanto aos problemas enfrentados pelo tráfego excessivo de veículos nas principais vias da cidade, pelo aumento significativo de acidentes com gravidade percebidos em nossas ruas, ou ainda pelo sufoco encontrado pelos usuários do sistema público de transporte coletivo, o assunto está em pauta.
Pois esse vídeo destaca muito bem o quanto os sorocabanos tem sofrido com as opções equivocadas das administrações que se sucedem no Palácio dos Tropeiros quando o assunto é transporte.
O trabalho é de 2008 e foi exibido durante o período eleitoral. Na época a campanha do PT tentava pontuar os principais problemas do município. Além do transporte, outro tema muito debatido foi a saúde pública.
Creio que nosso papel tenha sido cumprido. Destacamos as falhas daquele governo de forma transparente e honesta. O PSDB preferiu "desdizer" o que dizíamos e vender uma cidade perfeita.
Venceram as eleições, mas pela inoperância que continuam a demonstrar quem está perdendo é a população mais humilde. Que depende dos serviços públicos.