Parece piada. Há mais de trinta anos o mesmo grupo político governa a cidade de Sorocaba, e desde de sempre as áreas sujeitas a alagamentos em épocas de chuva são exatamente as mesmas.
Este ano, a intensidade das águas foi maior e as fragilidades de nossa estrutura ficaram evidentes.
E enquanto as enchentes acontecem na periferia as preocupações do poder público são menores, já que só a população local acompanha seus desdobramentos.
No entanto, em 2010 ocorreu algo novo, a marginal Dom Aguirre teve que ser interditada várias vezes por conta das águas.
Eis então que o prefeito Vitor Lippi vai à imprensa com propostas ousadas, tais como a construção de um piscinão sob a praça Lions.
De qualquer forma a opção da equipe técnica da Prefeitura foi outra, resolveram elevar as pistas da marginal e executar uma série de ações que, espera-se, evitem a inundação do local.
Duas questões surgem imediatamente: 1a - Tal projeto não deveria ter sido objeto de debate mais aprofundado? Justifico tal questionamento com minha própria ignorância sobre o tema.
Eu, que pouco conheço disso, fico imaginando que as águas que não transbordarem na praça Lions seguiram seu curso natural. E mais adiante, no Abaeté, no Vitória Régia, no Santo André II ou no São Bento, por exemplo, os problemas que já não são poucos podem se multiplicar com o aumento do volume de águas naquelas regiões.
2a - Qual a justificativa para a dispensa de licitação por parte da Prefeitura? Tomara que a resposta não seja "obra de urgência" porque são décadas de alagamentos no mesmo local. Se disserem que agora é urgente pregam um rótulo de incompetência neles próprios que durante décadas só assistiram o espetáculo das águas.
De medidas concretas até aqui no combate aos efeitos de enchentes, a Prefeitura de Sorocaba só fez mesmo foi entregar pares de galochas às famílias vitimadas
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