Pedagiômetro

30 de abr. de 2010

Poupatempo em Sorocaba continua sem definição

No dia 27/2, o Partido dos Trabalhadores em conjunto com a Subsede da CUT, realizou um ato para a instalação da unidade fixa do Poupatempo em Sorocaba. O governo do estado e a prefeitura municipal tentaram desqualificar o ato classificando-o como um ataque político ao PSDB, alegando a participação somente de petistas e sindicalistas. O objetivo do ato não foi outro, senão chamar a atenção dos responsáveis pela instalação da unidade.

A reação do governo do estado foi imediata, colocando o Secretario de Gestão Pública, Sidnei Beraldo, para falar à imprensa local, dizendo que no dia 6 de março seria publicado edital de licitação e no início de abril a empresa vencedora seria anunciada. O anúncio desses prazos foi reforçado pelo Executivo municipal, tendo, inclusive, manifestação do prefeito na imprensa insinuando que o PT e a CUT não deveriam se preocupar com isso porque o então governador José Serra já tinha autorizado a construção da unidade. Houve até uma tentativa de desvio do foco do debate, com acusações de atrasos em obras do PAC, criado e administrado pelo Governo Federal.

O fato é que estamos chegando ao final de abril e ninguém sabe qual o nome da empresa vencedora da licitação para construção da unidade fixa do Poupatempo em Sorocaba. No site do Poupatempo, não conseguimos localizar nada que pudesse esclarecer esta questão. Ou seja, será que vão novamente mudar o prazo de entrega deste importante investimento para Sorocaba e região? Será que nossa cidade vai novamente ficar no esquecimento por parte do governo do estado?

A população certamente (como nós do PT e da CUT) espera por uma resposta. Aliás, não apenas de uma resposta e sim da concretização desta obra, que de promessa eleitoreira está virando peça do folclore político, pois está sendo anunciada e adiada desde 2006. Esperamos que a entrega da unidade realmente aconteça em 2011.

Continuaremos cobrando a instalação do Poupatempo fixo em Sorocaba!

José Carlos Triniti Fernandes
Presidente do PT de Sorocaba

Voto aos 16, construindo um novo país

Por Hamilton Pereira

A juventude é um dos pilares de sustentação da democracia. Aqui no nosso país, então, isso é ainda mais forte. Na história do Brasil, a juventude sempre esteve na linha de frente das lutas democráticas e progressistas, seja nas batalhas diretamente políticas, seja naquelas culturais e comportamentais. Foi assim na luta pela Independência, com Tiradentes e os poetas mineiros; no enfrentamento da escravidão, onde jovens líderes enfrentaram os grandes fazendeiros e seus capitães-do-mato; na queda da República Velha, com participação decisiva dos jovens tenentes; no combate ao Estado Novo.
No período histórico mais recente, foi a nossa juventude a ponta de lança no combate à ditadura instalada no Brasil pelo golpe militar de 1964. Moços e moças idealistas, que queriam mudar o país e o mundo, viver num planeta de paz e prosperidade, sem guerras, onde reinassem a paz e o amor.
Muitos deles hoje nos orgulham de pertencer ao nosso partido, o PT. Inclusive a nossa candidata a presidenta, a companheira Dilma Rousseff.
Em todos, os cabelos rarearam e estão brancos, a vida deixou rugas. Mas o brilho nos olhos é o mesmo: todos nós temos orgulho de integrar um partido e apoiar um governo, o do Presidente Lula, que está mudando a vida dos mais pobres e defendendo a soberania nacional.
A juventude também exerceu o protagonismo no movimento das Diretas-Já e no processo de luta de massas que conquistou o impeachment do ex-presidente Fernando Collor. Por isso, fica meu apelo aos jovens: aproveitem o avanço democrático que as forças progressistas conseguiram incluir na Constituição, que é o voto aos 16 anos. Vão até os cartórios eleitorais, até o dia 5 de maio, e façam seu título de eleitor. Um novo país que se constrói precisa de sua juventude. Ela não é só o futuro; é o presente de um Brasil orgulhoso, que acredita em si mesmo, sabe que tem problemas, mas os enfrenta de cabeça erguida, porque sabem que tem potencial para resolvê-los. Mas não se limitem ao voto; juntem-se e participem cotidianamente desta construção. Vamos à luta.

*Hamilton Pereira é deputado estadual pelo PT-SP

Faixas exclusivas para ônibus em Sorocaba

A imprensa sorocabana noticia hoje que a Prefeitura, por meio da URBES, anuncia a intenção de criar faixas exclusivas para ônibus em algumas vias da cidade.
Assunto dos mais importantes, tendo em vista o fato de o trânsito da cidade caminhar rapidamente para uma situação de caos.
Em primeira análise é preciso apontar os responsáveis por tal situação. Sorocaba é governada pelo mesmo grupo político há cerca de 30 anos. Em todo esse período a concepção de crescimento da cidade é a de vias voltadas ao transporte individual.
É só prestar atenção nas intervenções mais recentes. As avenidas que foram revitalizadas só foram preparadas para o trânsito de carros. As ciclovias nelas implantadas não passam, na maior parte dos casos, de calçadas pintadas de vermelho e o ciclista acaba concorrendo com pedestres, ao invés de incentivar a diminuição do trânsito.
As calçadas então dariam um capítulo inteiro à parte. Percorrer as calçadas de vias como a Américo Figueiredo, por exemplo, é desafio quase insuperável para idosos e deficientes. É tanto desnível, buraco e falta de padrão, que é mais fácil arriscar a vida caminhando pelo asfalto.
Mas voltando às faixas exclusivas, creio que seja medida importante. Desde que feita da forma correta.
Avenidas novas, como a Ulisses Guimarães ou a Mário Covas já deveriam ser idealizadas com corredores próprios para ônibus. A idéia seria a de termos corredores que permitissem aos ônibus circularem num padrão parecido com a lógica dos metrôs.
Mas parece que não será isso o que ocorrerá na cidade. As faixas propostas pela Prefeitura não permitem essa disposição. Aliás, por vezes pouco ajuda, em outras até atrapalha.
Enfim, a política de transporte público e trânsito de Sorocaba é muito ruim. Ônibus caros e congestionamentos constantes. O ideal é que essas alterações sejam debatidas com a população, de forma transparente e democrática.

29 de abr. de 2010

Lula é eleito o líder mais influente do mundo pela revista Time

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito nesta quinta-feira (29) pela edição norte-americana da revista "Time” como o líder mais influente do mundo. Segundo empresas especializadas em comunicação, a Time é hoje a revista semanal de maior circulação do planeta.

Lula encabeça o ranking de 25 nomes e é seguido por J.T Wang, presidente da empresa de computadores pessoais Acer, o almirante Mike Mullen, chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, o presidente americano Barack Obama e Ron Bloom, assessor sênior do secretário do Tesouro dos Estados Unidos.

No perfil escrito pelo cineasta Michael Moore, o programa Fome Zero ( substituído pelo Bolsa Família) é citado como destaque no governo do PT como uma das conquistas para levar o Brasil ao “primeiro mundo”. A história de vida de Lula também é ressaltada por Moore, que chama o presidente brasileiro de “verdadeiro filho da classe trabalhadora da América Latina”.

A revista lembra quando Lula, aos 25 anos, perdeu sua primeira esposa, Maria, grávida de oito meses, pelo fato dos dois não terem acesso a um plano de saúde decente. Ironizando, Moore dá um recado aos bilionários do mundo: “deixem os povos terem bons cuidados de saúde e eles causarão muito menos problemas para vocês”.

A lista da "Times" é dividida em quatro categorias: líderes, heróis, artistas e pensadores. Lula lidera o ranking dos 25 líderes mais influentes do mundo.

Fonte: www.pt.org.br

28 de abr. de 2010

Debate sobre segurança relembra fracasso de Serra em SP

Fonte: Vermelho
Na segunda-feira (26), durante entrevista ao programa Brasil Urgente, apresentado por José Luiz Datena, Serra usou jargão policialesco e pretensamente popular para defender sua visão sobre segurança pública. "Bandido tem de ser enfrentado com dureza" e "engaiolado", disse o tucano Serra prometeu que, se for eleito, criará um Ministério da Segurança Pública para combater o crime organizado.

O tucano defendeu a criação de um novo ministério, pois o Ministério da Justiça "não foi feito diretamente" para combater o crime. Para Serra, o Ministério da Segurança Pública cuidaria da reorganização de "todo o sistema de segurança do País".


Matança no litoral

A declaração do ex-governador de São Paulo ocorreu no mesmo momento em que órgãos do governo norte-americano recomendavam aos turistas que viessem visitar o Brasil que evitassem a baixada santista, no litoral paulista, devido a onda de assassinatos que ocorre na região.

Ao mesmo tempo, o procurador do Estado, Antonio Mafezzoli, acusou ontem o Governo Alberto Goldman (PSDB) de se omitir na investigação sobre a matança de jovens na Baixada Santista. Desde o início da semana passada, 23 pessoas, a maioria delas jovens e sem antecedentes criminais, foram assassinadas em cidades do litoral paulista e outras 12 foram feridas a bala. Segundo o procurador, a mortandade no litoral faz lembrar episódios ocorridos em maio de 2006, quando nove pessoas foram mortas em represália da polícia a ataques da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

"A violência atingiu de novo um grau desproporcional, sem que a polícia tomasse qualquer providência para apurar a autoria dos crimes. O serviço de inteligência da Polícia Civil já deveria estar levantando a identidade dos autores, que não podem ficar impunes", reclamou Mafezzoli.

De acordo com o procurador, a polícia paulista está agindo como se os assassinatos praticados em diferentes cidades da Baixada Santista não estivessem interrelacionados.

"Boa parte desses crimes foi praticada por ninjas encapuzados, utilizando motos e armamentos de alto calibre, que decidem fazer justiça com as próprias mãos, assassinando jovens inocentes, que nem tinham passagens pela polícia. Há uma grave omissão do Estado, complacente com este tipo de procedimento".



Serra foi um fracasso na política de segurança pública


As críticas do procurador só reforçam os dados que mostram que durante o governo Serra a criminalidade no estado de São Paulo só fez aumentar. Segundo dados oficiais divulgados pelo próprio governo paulista, em 2009 os índices de roubo chegaram a bater o recorde da década. Foram 257.004 roubos ano passado, contra 217.967 em 2008, um aumento de 18%. O maior número de ocorrências desse tipo de crime havia sido alcançado em 2003, quando foram registrados 248.406 casos. Homicídios, latrocínios, furtos e sequestros também aumentaram em relação a 2008.

Em queda de 2001 a 2008, o número de homicídios dolosos (intencionais) voltou a crescer no estado. Chegou a 4.557 ano passado, contra 4.426 em 2008, uma elevação de 3%. O governo paulista, no entanto, comemorou o fato de o índice ser de 10,9 assassinatos para cada 100 mil habitantes, um dos menores patamares do país, segundo a Secretaria de Segurança Pública. A Organização Mundial de Saúde, porém, classifica esse quadro como epidemia.

De acordo com planilhas da própria secretaria, o número de latrocínios também subiu de 267 mil para 304 mil (14%), e os sequestros tiveram aumento de 60 mil para 85 (40%). Também chamaram atenção os registros de furto e estupro. No primeiro caso, foram contabilizados 528.933 casos no estado, 8% a mais que em 2008. Já os casos de estupro subiram de 3.338 para 5.647.

Também verificou-se que o aumento de homicídios no interior de São Paulo interrompeu a série histórica de redução desse tipo de crime no estado. As cidades do interior foram responsáveis pelos maiores índices, com elevação de 16,4% (de 1.821 para 2.120) nos homicídios.

Desde 2001, vinham sendo registradas quedas em relação ao número de assassinatos em São Paulo. Mas, no ano passado, o aumento do número geral de homicídios no estado só não foi maior porque a capital e a grande São Paulo tiveram redução nos últimos 12 meses.

Na capital foram 1.235 casos, com queda de 2%. Já na região metropolitana, a diminuição chegou a 10,4%, com 1.202 ocorrências.

Diante do aumento no volume de diversos crimes, o governo de São Paulo avaliou que a crise econômica mundial e a greve da polícia de 2008 foram fatores que "colaboram para o salto dos índices de violência no estado".

A ideia de que a crise econômica mundial colaborou para aumentar a violência em São Paulo é rechaçada por especialistas. "Tratar essa violência como reflexo da crise econômica é uma análise inadequada do fenômeno". Não dá para fazer essa relação entre pobreza e aumento da violência, já que a violência é uma questão que passa por fatores educacionais, demográficos e também pela ação do poder público, avalia o pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP, Marcelo Batista Nery.


Dilma: governo Lula agiu com competência

Nesta terça-feira (27), ao ser perguntada sobre a proposta de Serra para a área de segurança, a pré-candidata do PT à Presidência da República Dilma Rousseff (PT-RS) ressaltou que a segurança pública "é uma das questões mais importantes para o governo federal".

Dilma destacou uma série de ações adotadas pelo governo Lula como a criação da Força Nacional de Segurança Pública e frisou que 78% do orçamento do Ministério da Justiça são destinados ao setor. Entre outras ações desenvolvidas nos últimos oito anos, lembrou o reaparelhamento da Polícia Federal, com investimentos na área de inteligência e a construção de quatro presídios com capacidade para receber mil detentos cada um em todo o país, além da criação do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).

27 de abr. de 2010

O voto aos 16 é a resposta dos jovens ao país

Termina no próximo dia cinco de maio o prazo para que os jovens, com dezesseis anos ou mais, procurem a Justiça Eleitoral para a retirada do título eleitoral. Por isso, vale a reflexão sobre o tema.
Quando se fala em democracia, todas as suas formas, instrumentos e virtudes surgiram como conquistas.
O voto aos 16 anos é parte disso e deve receber da nossa juventude os devidos valor e respeito.
Os momentos marcantes da história do Brasil contaram com a participação de jovens como protagonistas. Foi assim com Zumbi dos Palmares, que começou sua luta ainda adolescente pela libertação do povo negro. Também a ascensão de Getúlio na década de 30 teve o apoio determinante dos jovens. E quando o mesmo enveredou pelos caminhos do totalitarismo, foi a mesma juventude quem tratou de buscar a retomada do rumo democrático no país.
A resistência à ditadura que se iniciou em 1964 foi quase que completamente organizada por jovens apaixonados pela liberdade, pelo respeito ao ser humano e às liberdades individuais.
Dentre os jovens que ofereceram suas vidas pela democracia, naquele período, estava nossa ex-ministra e pré-candidata à Presidência da República, Dilma Roussef. E chega a ser irônico que aqueles que aplaudiram a ditadura, agora tentem atacar a candidata petista por sua bravura e determinação na luta pela democracia. Lançam sonoros bombardeios para dizer que a mesma pegou em armas nas décadas de 60 e 70.
Ora, se o fez, foi para que justamente a liberdade, inclusive dos que hoje lhe atacam, pudesse ser garantida. Ou seja, o que tratam como defeito de Dilma, é na verdade uma de suas maiores virtudes. Não fossem esses bravos jovens de todas as idades que se dispuseram a enfrentam o terror militar, ainda viveríamos num país governado para poucos.
Outras ainda foram as experiências importantes dos jovens em nossa história, como a campanha Diretas Já e o Fora Collor.
Agora, aqueles que fugiram da resistência se utilizam de mecanismos que atacam nossa própria liberdade. Não foi fácil conquistar a liberdade de opinião e expressão, e o que fazem com ela? Invadem sites e inundam as caixas de e-mails com mensagens falsas e críticas preconceituosas e rasteiras.
A democracia é o maior de nossos bens e deve ser tratada com o devido respeito.
Jovens entre 16 e 29 anos de idade somam hoje cerca de vinte e cinco por cento do eleitorado brasileiro e não só podem, como devem, utilizar o instrumento conquistado pelos jovens de ontem para a construção de um futuro mais justo aos jovens que virão.

26 de abr. de 2010

Sorocaba cresce porque o Brasil cresce

O Cruzeiro do Sul de 22/04 trouxe a seguinte manchete: "Construção civil tem recorde de empregos". Na capa do caderno C1, reportagem do jornalista Rodrigo Gasparini informa que "Sorocaba bateu o recorde histórico na geração de empregos formais (com carteira assinada) no setor de construção civil". E conta que, segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon), a região Sorocaba fechou fevereiro com 73.792 trabalhadores no setor, que acumula um crescimento de 7,6% entre março de 2009 e fevereiro de 2010.
São números muito bons, mas que não devem ser tomados isoladamente, sob pena de perdermos a visão de conjunto. A realidade inquestionável é que a inflexão no rumo do desenvolvimento econômico do país, promovida pelo Governo Lula, gerou cerca de 12 milhões de empregos com carteira assinada. Todos os ramos da economia e todos os estados e cidades do Brasil, além do conjunto da população, beneficiaram-se do crescimento, aliado à distribuição de renda, promovido pelo Estado brasileiro.
Ficou no passado - que anda querendo voltar - a concepção monetarista e neoliberal segundo a qual o Brasil estaria destinado a ser um país de segunda linha. Não é. O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que, segundo ele mesmo, ia ser um "mascate para vender o Brasil no mundo" - mostrou que é plenamente possível crescer a distribuir renda ao mesmo tempo.
A política econômica, aliada às políticas sociais, gerou um mercado interno fabuloso. Nestes sete anos, mais de 23 milhões de pessoas migraram das classes socioeconômicas E e D para a C e passaram a consumir, gerando um ciclo virtuoso muito positivo para o Brasil. O consumo puxou o emprego, que, por sua vez, elevou o consumo, fazendo as empresas contratarem mais. O problema, agora, passa a ser a falta de mão de obra mais qualificada, de técnicos e engenheiros. Por isso, o governo federal está investindo pesado nas universidades públicas e nas escolas técnicas federais. Sorocaba e região vão se beneficiar desta política, com a UFSCar e uma nova cefet.
No caso específico da construção civil, o programa Minha Casa, Minha Vida - depois de décadas de afastamento dos governos brasileiros de políticas efetivas de habitação popular - fez "bombar" as construtoras. Ao lado disto, programas de saneamento básico e de infraestrutura elevaram a contratação na indústria da construção pesada.
Então, é verdade que o emprego em Sorocaba e região bate recordes históricos sucessivos. Mas não vamos esquecer que isso é fruto do projeto político e do governo do PT e seus aliados. Os outros, que privatizaram e desmontaram grande parte do estado brasileiro, apontam para um caminho diferente: a integração subordinada do país à economia internacional. Os resultados destes dois projetos, que voltarão a se enfrentar nas eleições de outubro, são visíveis e podem ser comparados ponto a ponto. A escolha será do povo brasileiro.

Hamilton Pereira
Deputado Estadual do PT

22 de abr. de 2010

Ibope: 65% querem a continuidade do Governo Lula

Sessenta e cinco porcento dos eleitores querem que o futuro presidente dê total continuidade ao Governo Lula ou faça apenas pequenas mudanças. Ao contrário, apenas 9% desejam mudança total e 24% desejam que somente alguns programas sejam mantidos.

A preferência de ampla maioria do eleitorado pela continuidade do atual governo está exposta na mais recente pesquisa feita pelo Ibope para a Associação Comercial de São Paulo e publicada ontem no site do Diário do Comércio.

De acordo com o Ibope, que ouviu 2002 eleitores em 141 municípios no período de 13 a 18 de abril, 83% dos entrevistados aprovaram o desempenho de Lula, 75% manifestaram confiança no presidente e 73% aprovaram seu governo classificando-o como ótimo ou bom.

Com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, os resultados apurados agora pelo Ibope apontam crescimento de Dilma e estagnação de Serra, comparados aos da pesquisa que o instituto realizou para a mesma Associação Comercial em fevereiro. Já na comparação da nova pesquisa com a que o Ibope realizou em março para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), as duas candidaturas mantiveram praticamente os mesmos índices de intenção der voto.

Na pesquisa de fevereiro para a Associação Comercial paulista, o Ibope apontou 36% para Serra – o mesmo índice que lhe atribui agora – e 25% para Dilma – quatro pontos percentuais abaixo do índice que atribui agora à petista (29%). A vantagem de Serra, que era de 11 pontos em fevereiro, caiu para sete pontos em abril.

Comparada a nova pesquisa com a que o mesmo Ibope fez para a CNI em março, Serra saiu de 35% para 36%, enquanto Dilma saiu de 30% para 29% – ambos dentro da margem de erro.

A diferença de 7 pontos que o Ibope aponta em favor de Serra é inferior à apontada pela mais recente pesquisa Datafolha – 10 pontos percentuais – e superior às que identificaram os institutos Sensus e Vox Populi. Em 3 de abril, o Vox Populi apontou diferença de 3 pontos percentuais em favor de Serra; e no dia 13 o Sensus identificou empate, com diferença inferior a meio ponto percentual.

Brasília Confidencial (www.brasiliaconfidencial.com.br)

O respeito às pesquisas também foi pelo ralo

É impressionante como o PSDB e sua turma tem se esforçado em descontruir tudo o que foi tão caro para o povo brasileiro na luta pela democracia.
Foi difícil conquistar a liberdade de expressão e o que fazem com ela? Se utilizam da internet para caluniar e difamar seus adversários.
Agora são as pesquisas. Fazem de tudo para manter Serra à frente de Dilma, nem que isso não seja verdade.
Bom, às vezes funciona. É só lembrar das eleições ao governo do Estado. Em 2002, diziam que Marta estava fora do jogo. Com isso a tiraram mesmo.
Em 2006 diziam que Mercadante tinha pouco mais de 20% das intenções de voto, mas ele teve 32%.
Enfim, o jogo é sujo e rasteiro.
Abaixo seguem dois links que remetem a postagens que ajudam a desmascarar o Datafolha (que já está sendo chamado de Data-trolha).

Situação do Datafolha piora: "anabolizou" também amostras com cidades do interior de São Paulo

Como o Datafolha manipulou as amostras para aumentar o número de Cidades pesquisadas no Estado de São Paulo

Brasil pedirá quebra de sigilos do caso Alstom no exterior

Folha - 22/04/2010
Brasil pedirá quebra de sigilos do caso Alstom no exterior

O Ministério da Justiça vai encaminhar nos próximos dias à Suíça e à França pedidos de quebra do sigilo bancário de 19 pessoas e empresas suspeitas de ter recebido propina da Alstom para que a multinacional francesa vencesse concorrências do governo de São Paulo.
Entre os nomes que constam do pedido estão os de Robson Marinho, conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado), e o do engenheiro Jorge Fagali Neto, irmão do presidente do Metrô. Marinho foi chefe da Casa Civil no início do governo de Mário Covas (PSDB), entre 1995 e 1997, quando o então governador, que morreu em 2001, o indicou para o TCE.

O pedido de quebra de sigilo nos dois países foi feito pelo promotor Silvio Marques, que investiga o caso na esfera estadual, e o procurador Rodrigo de Grandis, que apura as suspeitas no plano federal

O novo Bacaroço

O blog Bah!Caroço agora é Bacaroco e seu endereço mudou para www.bacaroco.org.
O espaço está com cara nova e seu conteúdo continua muito bom.
Vale a pena dar uma olhada.

20 de abr. de 2010

O camarada Vanderlei

No último sábado perdemos um grande camarada.
Faleceu o amigo Vanderlei, antigo companheiro do movimento estudantil. Figura brilhante, com uma inteligência muito acima da média, e portador de uma generosidade tal, que muito lhe custou em sua breve estada conosco.
Vanderlei protagonizou um dos capítulos mais ousados do movimento estudantil em Sorocaba e acabou pagando por isso. Há dez anos, foi injustamente acusado de uma série de erros que ocorreram no então DCE da Uniso, na década de 90. Nenhum deles patrocinado por ele.
Aliás, em geral, quando errava, era por ingenuidade.
O injusto é que ninguém nunca tratou de reparar essa situação, por isso faço questão de postar essa homenagem ao grande camarada Vanderlei. Amigo daqueles que mesmo à distância se fará sempre presente, íntegro, correto e digno de todo nosso respeito e admiração.

14 de abr. de 2010

Jogo sujo

Nada justifica o elevado número de ataques virtuais que a campanha da pré-candidata petista, Dilma Roussef, vem sofrendo.
O debate sobre as divergências entre os modelos de gestão propostos pelo PT e pelo PSDB são salutares. É à partir das duas experiências que se tem buscado um caminho para o país. Os próprios tucanos que chamavam o bolsa-família de "bolsa-esmola" se renderam a capacidade de distribuição de renda e de movimentação da economia do programa e já diminuiram o tom das críticas ao mesmo. Assim como em outras áreas (até porquê bater em programa apresentado pelo Presidente Lula nos dias de hoje é ato insano).
A disputa ser acirrada? Tudo bem! Utilizar ironia, sarcasmo e humor? Melhor ainda, tira a campanha do marasmo e chama a atenção do eleitor sobre o que está em jogo, mesmo que seja pela provocação.
Agora, um país que já sofreu tanto com a falta de democracia deveria respeitar um pouco mais o momento histórico que conquistamos.
Vivemos uma ampla liberdade democrática, que não justifica a sequência de ataques à Dilma. E eles têm sido aos montes.
Todos já devem ter recebido algumas vezes a tal "ficha" da presa política, seu curriculo, ou mensagens que dizem que ela recebe uma fortuna mensal por pertencer ao Conselho da Petrobrás.
Se os mesmos tucanos que ocupam seu tempo pensando em como baixar ainda mais o nível da diputa o utilizassem para elaborar boas propostas de governo, ou para estudar um pouco de nossa história e compreender o quanto é ruim utilizar dessa forma os instrumentos democráticos que temos a nossa disposição, em muito mais contribuiriam.

Dilma cresce e empata com Serra também no segundo turno, aponta Sensus

Pesquisa do Instituto Sensus divulgada nesta terça-feira (13) indica empate técnico entre os pré-candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) na sucessão presidencial de outubro. A sondagem, encomendada e divulgada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada e Afins do Estado de São Paulo (Sintrapav), mostra Serra com 32,7 % das intenções de voto e Dilma, com 32,4 %. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 %.

O deputado Ciro Gomes (PSB) aparece com 10,1 % e a senadora Marina Silva (PV), com 8,1 %. No cenário sem Ciro Gomes, Serra fica com 36,8 %, Dilma com 34,0 % e Marina, com 10,6 %. Foram entrevistadas 2 mil pessoas entre 5 e 9 de abril em 136 municípios de 24 Estados.

Na simulação de segundo turno entre Dilma e Serra também mostra um empate técnico. O candidato tucano tem 41,7% dos votos válidos, enquanto a candidata petista atrai 39,7% dos eleitores consultados, dentro da margem de erro. Os votos brancos e nulos chegam a 10,1% e 8,5% das pessoas ouvidas não responderam.

Dilma lidera pesquisa espontânea

O Sensus também realizou a pesquisa espontânea, na qual não são apresentados os nomes dos candidatos ao entrevistado. Dilma, então, aparece em primeiro lugar, com 16%. O presidente Lula, que não será candidato nas próximas eleições, tem 15,3%. Serra aparece em terceiro com 13,6%. Marina tem 2,5% e Ciro, 1,6%.

O levantamento analisou ainda a rejeição dos candidatos e a capacidade de transferência de votos de Lula e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Marina Silva é a que tem maior taxa de rejeição: 30,7% dos entrevistados disseram que não votariam de jeito nenhum dela. A taxa de rejeição de Serra é de 28,1%, a de Ciro, de 27,9% e a de Dilma, de 26,3%.

Já Lula é o que tem maior capacidade de transferir votos: 24,7% dos eleitores afirmaram que o candidato do Lula é o único no qual votaria, enquanto 36,9% dizem que poderiam votar nele. Já para Fernando Henrique, esses percentuais são, respectivamente, de 5,1% e 23,3%. Outros 19,3% disseram que não votariam no candidato de Lula, enquanto 49,9% não votariam no candidato de FHC.

Cresce avaliação positiva do governo

Ainda segundo o levantamento realizado pelo Instituto Sensus, a avaliação positiva do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de 72,8%. O governo Lula é ótimo para 27,2% e bom para 45,6% dos eleitores. Outros 20,2% consideram o governo regular, enquanto 2,6% o avaliam como ruim e 3,3% como péssimo. Não souberam ou não quiseram responder 1,2% dos eleitores. Na última pesquisa Sensus que avaliou o governo Lula, ele aparecia com aprovação de 71,4%.

Oposição sem projeto

O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, disse que não é hora de subir no salto alto e que só comemora o resultado de eleição. "Eu não comemoro pesquisa. Eu acho que eles vão ficar empatados até o começo da campanha, no meio do ano", afirmou.

Para Dutra, as críticas da oposição sobre o desempenho da ministra na pré-campanha se revelaram factóides. Na semana passada, durante viagem de Dilma a Minas Gerais , lideranças do PSDB, DEM e PPS disseram que ela "escorregou" ao sugerir uma parceria com o governador do Estado, Antonio Anastasia. "Só mostra como eles criam factóides. Eles estão sem discurso, sem projeto", reagiu.

Para o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), a ministra Dilma vem crescendo de forma consistente nas pesquisas porque, dos candidatos colocados, "é a única que pode consolidar e aprofundar as conquistas sociais, políticas e econômicas do governo Lula".

O líder da bancada do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro (PE), avaliou que o resultado da pesquisa confirma o crescente conhecimento pela população de quem é a ex-ministra Dilma Rousseff. "A nossa expectativa é do crescente reconhecimento de que ela é a continuidade do governo do presidente Lula. É a figura que, de fato, tem condições de dar prosseguimento à obra de desenvolvimento, crescimento, geração de renda e progresso para o nosso país", disse.

PT Nacional com Agências

9 de abr. de 2010

Hora de começar a discutir o governo do estado



Não me lembro de uma outra eleição em que o debate tenha sido tão antecipado quanto a de agora, mas só no que se refere à Presidência da República. Quanto aos cargos de deputados (federal e estadual), senadores e governo do estado essa antecipação não ocorreu.
Sendo assim, agora que as definições começam a acontecer, com Geraldo Alckimin candidato ao governo pelo PSDB e Aloizio Mercadante pelo PT, vale lembrar um pouco do que foi o período em que o tucano esteve à frente do estado.

Trégua na greve dos professores

À espera de negociação, professores suspendem greve de 30 dias

Postado no site do PT na ALESP
Os professores da rede estadual de ensino decidiram em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (08/04) encerrar a paralisação iniciada no dia 08 de março. Foram 30 dias de greve, seis grandes Atos Públicos e passeatas que mobilizaram milhares de professores em todo o Estado.

Ainda à espera de negociações, a categoria marcou nova assembleia para o dia 07 de maio, na Praça da República. A Apeoesp - Sindicato dos Professores - defendeu que a paralisação fosse interrompida porque a Secretaria de Educação propôs uma mesa de negociação. Como parte da trégua da paralisação, a categoria realiza Ato Público na Assembleia Legislativa na próxima terça-feira, dia 13 de abril.

A greve dos professores foi um dos episódios mais ilustrativos da distância entre a propaganda do Governo Estadual e a realidade dos paulistanos. Para os professores, a greve chegou a atingir 80% das escolas públicas. Já a Secretaria da Educação repetiu incansavelmente, durante o último mês, que o movimento não mobilizou mais do que 1% da categoria; informação facilmente desmentida pelas gigantescas passeatas que lotaram a Avenida Paulista, a Rua da Consolação, a Praça da República e as imediações do Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, nas últimas semanas.

As propagandas da Secretaria da Educação também escondem os problemas que os professores denunciaram nestas manifestações: violência escolar, falta de equipamentos e materiais para o ensino, profissionais mal pagos e alimentados com vale-refeição de R$ 4,00, entre outros dramas.

Repressão

Neste período, a Bancada do PT realizou inúmeras ações em defesa do Magistério. Houve audiência pública e tentativas de intermediar a negociação entre o Governo e a categoria.

Em uma das mais recentes ações, os deputados Antonio Mentor, líder da Bancada, e Vanderlei Siraque, líder da Minoria, pediram à Comissão de Segurança Pública da Assembleia a convocação do secretário de Segurança, Antonio Ferreira Pinto, para prestar informações sobre a violenta repressão contra os professores e funcionários da Educação que participavam de uma manifestação no Palácio dos Bandeirantes, no dia 26 de março. O confronto deixou 16 feridos.

“Na ocasião, foi constatada, inclusive fotograficamente, a presença de policial militar trabalhando no local à paisana, ou seja, sem a farda da corporação. Também foi divulgado pela imprensa que o policial civil Jeferson Cabral foi espancado dentro de viatura por PMs que reprimiam o protesto e o confundiram com um professor”, relata o requerimento enviado pelos deputados petistas à Comissão de Segurança.

Infiltração no movimento

O líder da Bancada do PT também encaminhou requerimento de informações questionando o número de policiais infiltrados sem farda na manifestação e a razão da estratégia de infiltrar PMs sem farda em manifestações populares. “Sabe-se que durante o período da ditadura, embora ilegal, a infiltração de PMs em sindicatos, associações classistas e movimentos da sociedade civil era comum, porém, imaginava-se que nos dias atuais tal prática já não fosse adotada”, argumenta o deputado Antonio Mentor no requerimento.

A repressão nos moldes da ditadura, questionada pela Bancada do PT, não foi a única arbitrariedade adotada pela Gestão Serra. A recusa em discutir a pauta de reivindicações do Magistério ignorou os representantes da categoria, a imprensa e até mesmo a audiência realizada na Assembleia pelo Colégio de Líderes do Legislativo.
A categoria reivindica reajuste de 34,3% para repor perdas salariais, acumuladas desde 1998, plano de carreira e concurso público classificatório para os mais de cem mil professores da rede pública estadual que continuam sem vínculo empregatício. A chamada aprovação por mérito, anunciada pelo governo, contemplou apenas uma parcela da categoria, deixou quase 80% dos professores à margem de qualquer política de reajuste.

Conhecimento: patrimônio público ou apropriação privada

Postado no Blog do Emir
Esta é uma das discussões mais importantes que se travam atualmente, que contrapõe duas concepções de cultura e de direitos individuais e coletivos. Numa economia de mercado, tudo se torna mercadoria, os recursos são incentivados pelo custo/benefício, os direitos de apropriação privada dos lucros teria que ser garantido, para que o investimento fosse atraente.

O resultado tem sido o incentivo a projetos rentáveis, conforme os critérios de mercado. Que editora se proporia a publicar as obras completas de um autor clássico, se o preço seria muito caro, se o retorno – caso houvesse – seria de longo prazo? O incentivo é a que se encenam obras com poucos personagens no teatro, provavelmente com casais que protagonizam simultaneamente novelas na televisão, com caráter erótico-sentimental. Quem se atreveria a encenar uma obra de Shakespeare ou do teatro grego, pelos custos que significa, pela falta de interesse de investidores privados?

Conta-se o caso de um autor teatral paulista que, tendo escrito uma comédia com o título “O presunto”, buscou uma empresa que produz presuntos e teve a seguinte resposta: Estamos lançando um novo produto – o chester. Não daria para o senhor mudar o titulo da peça?

Essa mercantilização da produção cultural levou a que, conforme as normas tradicionais da Lei Rouanet – pelas quais o governo renunciava a seu papel de fomentador cultural, transferindo-a ao mercado, que por sua vez, ao invés de promover suas empresas com recursos específicos, passaram a fazê-lo simplesmente deixando de pagar impostos – um empresário chegasse a afirmar, durante o governo FHC, que eles passarem a decidir que tipo de cultura se faria no país, porque tudo dependeria do que eles estivesse dispostos a financiar.

A questão da propriedade intelectual opõe duas concepções contrapostas da propriedade. O capitalismo é o único tipo de sociedade que sacraliza, absolutiza o direito à propriedade, independente do seu caráter social ou anti-social. Uma editora – para dar um exemplo – que compra os direitos de um livro, caso esse livro se esgote e não lhe interesse – por razões de falta de retorno econômico – republicá-lo, impede que esse livro esteja accessível, dando-se o direito de não publicá-lo.

Da mesma forma as empresas produtores de músicas se locupletaram de lucros, ao produzir CDs caros, fazendo com que se tivesse que comprar uma mercadoria com 12 ou 15 músicas, quando se queria ter acesso apenas a uma ou duas delas. Agora reclamam que os jovens tiram as músicas que lhes interessam na internet, levando essa indústria gananciosa à crise.

Tentam qualificar de “pirataria”, o que é o livre acesso um patrimônio público. Da mesma forma que tentam usar essa desqualificado para as “rádios comunitárias”, que permitem que um amplo espectro de setores da sociedade possa se comunicar com os outros, alterando o monopólio que alguns poucos grupos querem exercer sobre a comunicação social.

À propriedade e a apropriação privada dos lucros da produção de conhecimentos se opõe o critério da propriedade comum, do patrimônio público da humanidade, considerando que toda produção de conhecimento costuma ser financiada e apoiada por recursos públicos, desenvolvida em âmbitos públicos de pesquisa, por investigadores formados em instituições públicas. Seu resultado deve ser de acesso amplo e gratuito a todos. Esses são os verdadeiros termos da discussão da democratização do conhecimento.

Emir Sader

6 de abr. de 2010

Minhas desculpas, o tempo anda curto...

Recebi mensagens de companheiros (sim, existem leitores deste blog. Poucos, porém fiéis) reclamando do fato de eu estar um tanto quanto relapso com este espaço.
É verdade, não tenho conseguido atualizá-lo adequadamente.
É que o tempo anda muito curto, já que assunto é o que não falta.
Nos próximos dias acerto o passo e volto a escrever com mais periodicidade.