Pedagiômetro

15 de dez. de 2010

Discriminação na Saúde paulista

Os tucanos continuam martelando na tecla da privatização, embora nas campanhas eleitorais fujam do tema como o diabo foge da cruz. A mais recente é uma lei que vai reservar até 25% dos leitos dos hospitais públicos (isso mesmo, um quarto das vagas) para pacientes de planos privados de saúde.
 
Por Hamilton Pereira
Sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Na semana passada, o governador Alberto Goldman (PSDB) enviou, em regime de urgência, à Assembleia Legislativa o PLC (Projeto de Lei Complementar) 45/10, que modifica lei anterior - aprovada no governo Mário Covas -, que estabelecia que as OSS (Organizações Sociais de Saúde) são obrigadas a atender somente pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Iamspe (Instituto de Assistência Médica do Servidor Público Estadual). Pela modificação desejada por Goldman, as Organizações Sociais, que administram os hospitais públicos (já uma forma velada de privatização), poderão reservar até 25% dos leitos para o atendimento a usuários de planos privados de saúde.

Se aprovada, tal lei certamente vai criar uma discriminação entre os usuários da saúde pública. Vão se estabelecer duas portas e duas filas: uma para o SUS, do qual dependem 60% dos paulistas, que não têm plano privado de convênio médico; e outra para quem pode pagar pela saúde privada. O serviço público de saúde em São Paulo, que já é precário, pode, de uma hora para outra, com uma simples penada do governador, perder mais um quarto de sua capacidade.

Vale destacar que é falso o argumento de que a aprovação do PLC é necessária para a cobrança de eventuais serviços prestados pelos hospitais públicos aos planos de saúde. Já existem uma lei federal e uma estadual que estabelecem este ressarcimento. A bancada do PT vai lutar contra mais esta manobra privatista dos tucanos. Não vamos aceitar esta afronta aos usuários do SUS. Saúde é direito de todos e dever do Estado, como define a Constituição.

*Hamilton Pereira é deputado estadual pelo PT-SP

14 de dez. de 2010

Sorocaba: Obras na marginal não resolvem problema histórico

Quando da realização das obras que elevaram trechos das pistas da Avenida Dom Aguirre, em Sorocaba, escrevi por aqui que torcia para que resolvessem o problema dos constantes alagamentos ali ocorridos. Mas, também disse não acreditar que isso pudesse acontecer.
Repito o que disse à época, se fosse assim tão simples o problema já estaria resolvido. São décadas que se sucedem e o grupo político que administra Sorocaba ainda é o mesmo. O mesmo que autorizou loteamentos em regiões impróprias, o mesmo que socorre famílias vitimadas pelas enchentes com botas de borracha, enfim, o mesmo que nunca demonstrou capacidade ou grande interesse pelo assunto. Enfim, não via motivos para acreditar na obra.
Aliás, desconfio sempre das obras de emergência. As obras emergenciais nas adutoras que trazem água da represa de Itupararanga, rompidas salvo engano no início de 2004, nunca me convenceram. Assim como as que elevaram a marginal. Parece-me muito espetáculo e pouco resultado. Além, é claro, de uma boa oportunidade de realizar uma obra de vulto com dispensa de licitação.
Lamento profundamente pelo fato de tantas famílias ainda terem que conviver com o medo das chuvas. E mais ainda em saber que o município gastou milhões de reais numa obra que não atingiu seu objetivo.
Com o tempo virá a indignação. A cada alagamento a obra será lembrada. Mas, assim como no caso do piso do centro, sempre haverá quem diga que a obra funcionou. O próprio MP não chegou a atestar que o tal piso não era escorregadio?
Não sei quanto tempo levará, mas haverá de chegar o dia em que a maioria estará convencida de que essa turma do PSDB é boa de marketing, mas ruim de governo.

10 de dez. de 2010

Saúde Mental e desinformação, por Marcos Roberto Vieira Garcia



Os Centros de Atenção Psicossociais (CAPSs) foram criados no Brasil a partir de 1987, tendo um papel estratégico na substituição do modelo manicomial na Sáude Mental. Como locais abertos, não mais caracterizados como depósitos de seres humanos, os CAPSs são livres para a circulação dos usuários e seus familiares, de preferência localizados próximos às residências de seu usuários, ou seja, ser um serviço territorializado, ligado à comunidade, oferecendo um serviço integral e multiprofissional.

A Portaria 336/GM, de 19 de fevereiro de 2002, assinada pelo então ministro da Saúde, José Serra, e reafirmada no governo subseqüente, estabelece as regras de funcionamento dos CAPS. Em seu artigo 3º, determina que "os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) só poderão funcionar em área física específica e independente de qualquer estrutura hospitalar". O motivo de tal determinação é claro: o de evitar que a lógica de funcionamento manicomial se reproduza na forma de funcionamento dos CAPSs nascentes, permitindo que eles possam cumprir a função para a qual foram criados.

No caso específico da cidade de Sorocaba, poderíamos estar satisfeitos com as informações repassadas pela Prefeitura Municipal, de que teríamos 10 CAPSs na cidade, o que significaria o estabelecimento de uma rede substitutiva aos manicômios na cidade. Estes dados, no entanto, causam estranheza: se tantos CAPSs foram abertos, por que os leitos em manicômios não foram reduzidos de forma substancial? A resposta a esta pergunta passa por uma análise da rede dos supostos CAPSs de Sorocaba. Vamos a ela.

O primeiro grupo, de três supostos CAPS, é constituído por unidades diretamente ligadas, física e administrativamente, a hospitais psiquiátricos da cidade. Conforme informação veiculada em reportagem de um jornal local - "Conselho quer tratamento em nível ambulatorial" - em maio de 2010, são eles os denominados CAPS Infantil Vera Cruz, o CAPS II Vera Cruz e o CAPS Teixeira Lima. Estas unidades estão em claro desacordo com a legislação citada anteriormente, de independência dos CAPSs em relação a instituições hospitalares e, portanto, não podem ser consideradas Centros de Atenção Psicossocial, como de fato não o são pelo Ministério da Saúde.

Situação semelhante à anterior é a do suposto CAPS de álcool e drogas adulto, administrado pela Associação Protetora dos Insanos. Tal Associação é mantenedora do Hospital Psiquiátrico Jardim das Acácias desde a década de 50, quando o mesmo se denominava ainda Instituto de Higiene Mental "Dr. Luiz Vergueiro", e mantém com o mesmo uma relação de total interdependência, o que não lhe possibilita ser mantenedora de um CAPS pela portaria supracitada, justificando-se o não-reconhecimento por parte do Ministério da Saúde a este suposto CAPS.

O terceiro caso refere-se aos supostos CAPSs que, na verdade. configuram-se como ambulatórios especializados em Saúde Mental e são reconhecidos enquanto tal pelo Ministério da Saúde. É o caso de dos denominados CAPS II Jardim das Acácias (da avenida Dr. Armando Salles de Oliveira, no bairro do Trujillo) e um dos do CAPSs Infantil gerido pela Associação Pró-Reintegração Social da Criança (da rua Luíza de Carvalho).

É importante ressaltar que as exigências para o reconhecimento de uma unidade como ambulatório são diferentes das que se referem aos CAPS, o que significa que tais unidades, embora funcionem como ambulatórios, não podem legalmente ser consideradas como Centros de Atenção Psicossocial.

Passemos aos quatro supostos CAPSs restantes, estes sim reconhecidos pelo Ministério da Saúde enquanto tal. Todos eles são cadastrados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), como sendo de administração direta pela Prefeitura. Três deles, no entanto, são repassados de outras instituições. Uma delas, a Associação Pró-Reintegração da Criança, não será aqui questionada, uma vez que não se configura como uma instituição com histórico manicomial, sendo, portanto, legítimo o reconhecimento pelo Poder Público de uma de suas unidades como CAPS infantil, conforme a lei estadual 4.053, de 20 de agosto de 1957.

Obtivemos informações acerca do cadastramento de dois destes CAPS no plano estadual, ambos aprovados sob gestão plena do Sistema Municipal: CAPS-AD (álcool e drogas) Jardim das Acácias, na Deliberação CIB-155, de 12 de dezembro de 2006; e o Centro de Atenção Psicossocial Infantil de Sorocaba/CAPS, na Deliberação CIB-124/2006, localizada na avenida Itavuvu. O mesmo não se pode afirmar de outros dois supostos CAPS, o CAPS de álcool e drogas jovem e o CAPS II (da praça Nova York), ambos com gestão repassada à Associação Protetora dos Insanos.

O repasse da gestão de um CAPS cadastrado junto ao Ministério da Saúde como administrado diretamente pela Prefeitura de Sorocaba a uma instituição historicamente ligada, instrínseca e historicamente, a um manicômio da cidade revela, se não uma ilegalidade, certamente uma imoralidade, uma vez que a portaria que define as regras de funcionamento dos CAPS é negligenciada neste processo. O último suposto CAPS, o Ambulatório de Saúde Mental de Sorocaba, pode ser considerado legitimamente como tal, ainda que a Prefeitura prefira chamá-lo como Ambulatório em seu nome oficial.

Concluindo: uma análise mais acurada demonstra que a Prefeitura local divulga informações enganosas à população. Dos supostos dez CAPSs divulgados, apenas quatro são reconhecidos pelo Ministério da Saúde e dois

deles graças a um subterfúgio que está em desacordo com a portaria que regulamenta o funcionamento dos CAPSs. Por este motivo, apenas duas unidades podem ser consideradas legitimamente como Centros de Atenção Psicossocial em Sorocaba. As restantes podem, quando muito, ser nomeadas como ambulatórios. Chamá-las de CAPSs corresponde a uma afirmação enganadora e desrespeitosa em relação ao histórico de lutas pela reforma psiquiátrica no Brasil e à população sorocabana, que tem direito ao acesso à informação correta.


Marcos Roberto Vieira Garcia é doutor em Psicologia Social pela USP (Universidade de Säo Paulo), professor adjunto da UFSCar-Sorocaba, coordenador do Núcleo de Sorocaba da Associação Brasileira de Psicologia Social e membro do conselho gestor da subsede local do Conselho Regional de Psicologia
Marcos Roberto Vieira Garciadoutor em Psicologia Social pela USP e professor da UFscar

8 de dez. de 2010

O Rio enfrenta seus fantasmas com coragem, enquanto São Paulo prefere o silêncio



Há alguns dias o jornalista Maurício Dias iniciou seu artigo semanal na revista Carta Capital afirmando que “A sociedade só formula problemas que pode resolver. Às vezes, demora por falta de apoio social e político. Mas, quando é hora, ela resolve de qualquer maneira”.
De tudo o que li sobre as ações do governo carioca no enfrentamento ao crime organizado do estado, nada me pareceu tão verdadeiro e oportuno.
A história de ausência do estado nos morros cariocas é antiga. Começou com o fim da escravidão, quando uma cidade com população em sua maioria negra não soube desenvolver (ou melhor, não quis) políticas que acolhessem o povo liberto. Boa parte destes, é claro, viu-se obrigada a se instalar nos morros.
Muito aconteceu nas décadas seguintes. A ausência do estado no atendimento das necessidades básicas das populações produz efeitos tão óbvios, quanto cruéis, como à substituição da figura do estado constituído, pelo paralelo. Simples assim, se o poder público não cuida das demandas básicas, o crime organizado cuida como forma de garantir uma relação de cumplicidade com os que o cercam.
Daí a retidão da tese de que a omissão do estado associada à tolerância da população constrói o resultado visto no Rio.
E apenas para que não se deixe em branco outra passagem importante nesse enredo, há algumas décadas, quando o tráfico passou a andar ao lado de estruturas que serviam ao jogo do bicho e que já mantinham relação espúria com agentes das polícias, houve também uma aproximação determinante do tráfico com o estado.
O fato é que isso tudo tomou uma proporção insuportável. Algo muito mais firme e corajoso haveria de ser feito para desmontar toda essa estrutura.
E quando o Governo Federal apresentou e a então candidata Dilma insistiu na instalação das UPPs, Unidades de Polícia Pacificadora, como instrumento de recuperação de territórios perdidos, muitos debocharam da idéia. Trataram-na como peça publicitária.
Mas eis que o governo carioca soube, de fato, ler de forma correta e completa o que por ali se passava. E enfrentou com a força necessária a questão.
Ainda há muito o que ser feito por ali, mas o recado foi dado. O Rio entendeu que a sociedade não suporta mais o modelo que até então vinha sendo tolerado.
E São Paulo? Nosso estado está livre de tudo isso?
É bem verdade que os problemas daqui, apesar de parecidos, não são iguais aos de lá.
A principal organização criminosa de São Paulo, o PCC, possui estrutura e organização diferente e mais complexa.
No entanto, o que há em comum é que suas principais lideranças, tanto quanto as de lá, comandam suas ações de dentro dos presídios.
E é justamente aí que entendo esteja o ponto nevrálgico da omissão do governo paulista. No Rio, as lideranças do crime organizado foram transferidas para presídios federais, de segurança máxima, como forma de quebrar a estrutura organizacional daqueles.
Aqui, o governo paulista, além de não reconhecer ou implementar qualquer política de segurança elaborada pelo Governo Federal, também se recusa a encaminhar líderes de facções para unidades federais. Claramente preferem o acordo com criminosos em troca de relativa paz nos presídios. Algo que acoberte ou disfarce situações como as ocorridas em 2006, quando o PCC conseguiu parar o estado com atentados.
No Rio, a sociedade está enfrentando os problemas criados por ela própria. O lamentável é perceber que o governo de São Paulo ainda não acordou para o que está construindo.

30 de nov. de 2010

Não há meio caminho ou solução fácil, por Zé Dirceu

Saída, agora, é mais UPPs e mais policiamento nas ruas...


Diante da gravíssima crise desencadeada pelo crime organizado no Rio (leia nota), ao governo e à sociedade só restam resistir e manter o rumo das (instalações de) Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e da presença, agora massiva, do policiamento nas ruas.

É a alternativa primeira e para agora: não recuar na continuidade da política de ocupação com UPPs e forças policiais dos morros e das áreas sob controle do crime organizado. Ao mesmo tempo, dar continuidade a uma política de mudanças nas polícias.

Urge, também, presença, cada vez maior, das policias Federal (PF), Rodoviária Federal (PRF) e da Força Nacional de Segurança no Rio, em ações subsidiadas pela presença das Forças Armadas na retaguarda. Particularmente da Marinha e das autoridades de imigração e da Alfândega, para impedir o contrabando de armas e drogas.

Simultaneamente, ou na sequência, mas rapidamente, faz-se necessário elaborar e executar com rigor uma ampla reforma do sistema penitenciário para tomar do crime organizado o poder nos presídios, e impedir estas organizações de continuarem a traçar e a comandar de lá de dentro as ações criminosas empreendidas cá fora.

Como vocês veem, sem mistérios e sem grandes lances, principalmente sem os de espetacularização para a TV.  Sem esquecer, pelo contrário, com a consciência bem nítida que se trata de uma luta de longo prazo, onde a persistência no caminho traçado e a articulação entre todas forças de segurança são fundamentais.
 
Zé Dirceu
ex-ministro

25 de nov. de 2010

A hora é de olhar para o futuro


            A presidenta eleita, Dilma Rousseff, começa a desenhar os primeiros traços do que será seu governo.
            Até aqui, tanto o já confirmado, como no caso da equipe econômica que assumirá em janeiro, quanto no que há de especulação, se percebe que o modelo desenvolvimentista, acentuado pelo presidente Lula em seu segundo mandato, ganhará força.
            O fato é que o PT aperfeiçoou seu modo de governar ao longo dos últimos anos, sem perder sua forte vocação às políticas sociais. Aprendeu a conciliar, ou melhor, a utilizar tais políticas, também para a indução do desenvolvimento econômico.
            É assim, por exemplo, com o Bolsa Família, que atende milhões de famílias em suas necessidades essenciais e ao mesmo tempo movimenta de forma virtuosa a roda da economia nos mais diversos cantos deste país.
            Acontece que a pauta imposta pela candidatura do PSDB às eleições deste ano colocou não só esse modelo de gestão em risco. Também trouxe de volta temas que esperávamos ter superado. Daí a importância de a composição do governo Dilma contar com políticos e técnicos que saibam olhar para o futuro, com a responsabilidade que a questão exige.
            A política não permite retrocessos. Isso porque simplesmente ela traduz o momento histórico e os valores da sociedade para termos práticos. Então, quando se nota as posições políticas e as propostas apresentadas por candidaturas, o que se está vendo é o conjunto de medidas que as mesmas propõem à sociedade para o enfrentamento de problemas apontados por ela própria, sob sua ótica ideológica.
            Sobretudo, a política não permite retrocessos culturais, por mais que a direita mais conservadora tente fazê-lo.
            Assim, foi um erro da candidatura de Serra trazer ao debate temas como o aborto. E erro maior ainda cometeram aqueles que tentaram impor à Dilma um discurso que  não se adequa ao do próprio PT, nem tampouco com o momento histórico do Brasil.
            Ainda bem que a então candidata não caiu na armadilha e corretamente se posicionou de forma contrária a qualquer atentado à vida, mas entendendo que há milhares de mulheres pobres morrendo pela prática irregular do aborto. Não se tratando, portanto, de se descriminalizar ou não o ato, mas de transferir o debate para o âmbito das políticas públicas de saúde. Corretíssima a Dilma.
            Várias outras situações percebidas nestas eleições demonstram que há sim no Brasil grupos políticos que se identificam com bandeiras conservadoras. Não são maioria, mas devem ser respeitados.
            A questão é que os dois principais partidos do país, PT e PSDB, devem saber olhar pro futuro. Respeitando os avanços culturais que tivemos nas últimas décadas e entendendo haver espaço para agremiações mais à esquerda e mais à direita, como forma de se respeitar o regime democrático. Mas sem que se entreguem a retrocessos.

24 de nov. de 2010

Centenas de crianças sem vagas em creches na cidade

No próximo dia 30 de novembro, por iniciativa do mandato do vereador petista Izidio de Brito Correia, a Câmara Municipal debaterá, com convidados, um grave problema em nossa cidade: a falta de vagas nas creches. A comunidade, especialmente as mães, estará presente. A Constituição Federal, bem como o Estatuto da Criança e do Adolescente, afirmam que é dever do Estado e direito da criança ter garantido o atendimento em creche e pré-escola no período de zero a seis anos de idade. No entanto, não é que se verifica em Sorocaba.
 
Não se tem notícia de que a cidade tenha feito um censo para saber quantas crianças tem e quantas ainda estão fora das creches. Segundo a prefeitura, tal levantamento é desnecessário. Enquanto isso, centenas de mães percorrem as creches existentes, a procura de vaga, sem sucesso. Embora existam divergências em relação aos números apresentados pelo poder público e a demanda colocada, o fato é que a cidade não oferece vagas suficientes e deixa de cumprir sua obrigação para com a população e também perante a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Enquanto a Prefeitura fala em 1.611 crianças sem creche, o vereador Izídio de Brito Correia (PT) calcula que são necessárias, ao todo, 12.960 vagas. Sorocaba oferece, atualmente, oito mil. A cidade tem uma média de nascimentos de 20 crianças por dia, o que, por ano, soma um total de 7.200. Anualmente, são cerca de 43.200 crianças entre quatro meses e cinco anos de idade. Se considerarmos que apenas 30% dessas crianças sejam carentes e necessitem de creches do município, são 12.960 vagas necessárias, calcula o vereador. Ainda segundo ele, a Prefeitura não faz o cadastramento dos que procuram por vagas nas creches.

Diante desta situação, a população tem de cobrar seus direitos. A audiência pública, que se realizará no final do mês, é um momento importante do debate, para cobrarmos do Executivo ações que solucionem o problema. Ser, de fato, uma "cidade educadora" implica começar pela base, que é garantir vagas nas creches. A estimativa de orçamento para 2011 é de 1,5 bilhões de reais, um belo orçamento para uma cidade de 570 mil habitantes. Dá para garantir os direitos sociais das crianças.

José Carlos Triniti Fernandes
Presidente do PT de Sorocaba

17 de nov. de 2010

Águas Abertas | Inscrições Abertas para Maratona Aquática

Acontece no próximo dia 05 de Dezembro a Maratona Aquática “Descobrindo Itupararanga”, em Votorantim.
Serão duas provas, uma de 500m e outra de 1000m com largada no Clube Náutico Belas Artes, às margens da Represa de Itupararanga na Estrada Votorantim-Ibiúna.
Pra quem gosta ou quer conhecer esse tipo de prova fica o convite.
Informações sobre a prova e inscrições no www.sorocabaesportes.com

Fonte: www.sorocabaesportes.com

Política tributária tucana aumenta carga de impostos para micro e pequenas empresas

No Estado de São Paulo, as micro e pequenas empresas pagaram quase R$ 500 milhões a mais em impostos
As micros e pequenas empresas perderam R$ 1,7 bilhão em 2008 por causa da substituição tributária do ICMS. É o que mostra uma pesquisa encomendada pelo Sebrae à Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre o impacto desse sistema de tributação, aplicado a diversos setores econômicos.

O modelo gerou um aumento de 700% na carga fiscal dos pequenos empresários, segundo o levantamento.

Pela substituição tributária, uma única empresa recolhe o ICMS antecipadamente por toda a cadeia de produção. Assim, a Fazenda estadual só precisa fiscalizar o chamado "substituto tributário".

A pesquisa foi realizada a partir de informações da Declaração Anual do Simples Nacional de 2009, ano-calendário 2008, ano em que diversos setores econômicos passaram a se sujeitar à substituição tributária.

O resultado reforça o argumento das micros e pequenas empresas contra a bitributação. Isso porque já pagam o ICMS embutido na alíquota única do Supersimples e, com a substituição tributária, passaram também a ter que antecipar o ICMS da cadeia inteira.

De acordo com a pesquisa, 24% do total das receitas com revendas de mercadorias dessas empresas são sujeitas à substituição tributária.

Em São Paulo, por exemplo, R$ 952,22 milhões são pagos por substituição tributária pelas micros e pequenas, enquanto R$ 458,48 milhões são pagos de ICMS por meio do Supersimples. Isso quer dizer que elas pagam R$ 493,74 milhões a mais de ICMS - antecipação - em nome das outras empresas da cadeia produtiva.

Governador eleito defende o sistema

Em sua campanha, o governador eleito Geraldo Alckmin (PSDB-SP) defendeu o uso da substituição tributária no combate à sonegação. Porém, prometeu estudar meios para aperfeiçoar o sistema. Para o Sebrae, a substituição tributária acaba lesando quem está no Supersimples.

Segundo André Spínola, gerente-adjunto da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae, uma fábrica de pão de queijo, que é substituto tributário, paga antecipadamente um grande valor de ICMS pela cadeia produtiva. O hipermercado a quem fornece a mercadoria, no entanto, só paga pelos pães de queijo sessenta dias depois. "A substituição tributária, portanto, acaba criando uma situação esdrúxula, em que o grande é financiado pelo pequeno", afirma.

Duas exceções são Pará e Santa Catarina que, de acordo com Spínola, criaram mecanismos que atenuam os efeitos da substituição tributária para as pequenas empresas. "Em Santa Catarina, há um redutor da base de cálculo do imposto de 70%. No Pará, excluíram as micros e pequenas da aplicação do sistema", diz. Há casos de pequenas empresas que discutem a aplicação da substituição tributária na Justiça. Mas nem sempre conseguem derrubar o modelo. Isso porque a Lei do Supersimples - nº 123, de 2006 - determina que o ICMS da substituição tributária deve ser pago. Na revenda, a micro deve aplicar a alíquota do Supersimples, abatendo a parcela correspondente à substituição tributária.

Segundo o advogado Fábio Junqueira, do JCMB Advogados, há decisões esclarecendo que, como o Supersimples é optativo, as pequenas atingidas pela substituição tributária podem optar por abandonar o regime simplificado de tributação.

fonte: jornal Valor Econômico

11 de nov. de 2010

Entrevista do Ministro Fernando Haddad sobre o ENEM

Segue na íntegra entrevista concedida pelo Ministro Haddad ao Bom Dia Brasil sobre os problemas percebidos na aplicação do ENEM.
Importantes informações e fundamental leitura:

Confira a íntegra da entrevista a Alexandre Garcia, Renato Machado e Renata Vasconcelos:

Repetir erro significa não ter aprendido lições? Porque esse descuido?
Na verdade é o contrário. No ano passado, nós tivemos o furto de uma prova, o que obrigou o adiamento do exame, que foi bem realizado 60 dias depois da data prevista. Foi um furto numa gráfica de grande porte. Gráfica que no dia do furto declarou que cumpria todos os requisitos de segurança e, depois, vocês mesmos mostraram as imagens que mostraram que isso não era correto, não era verdadeiro.

Agora, o edital exigia uma conferência por parte do Inep que não houve...
Houve a conferencia da matriz. O Inep não tem condição de fiscalizar e ler 4, 6 milhões de provas. O Inep lê a matriz, confere e dá ordem de impressão. A própria gráfica – que é a maior empresa gráfica do mundo, fatura US$ 20 bi por ano, é uma multinacional –, em carta, ontem pela manhã, reconheceu que o lote de 21 mil provas saiu com erro de impressão.

O que o senhor tem a dizer para esses alunos que estão desconfiados?
Que nós vamos recorrer da decisão da juíza. Não há nenhuma razão objetiva e técnica para cancelar a prova do sábado.

Não há razão para pedir desculpas aos alunos?
Evidente que sim. Todo desconforto merece por parte do poder público uma retratação. A questão é que se nós não acatarmos a Teoria da Resposta ao Item, se nõa considerarmos que é possível aplicar uma prova aos alunos prejudicados com o mesmo grau de dificuldade da primeira, vamos colocar em perigo e risco todo o sistema de avaliação do Brasil.

Esse é o ponto. A Justiça está entendendo que se aplicarmos nova prova a dois mil alunos ou menos feriria o principio da isonomia em concurso.
Eu entendo o argumento, mas nós vamos levar ao conhecimento da Justiça que a tecnologia educacional hoje permite com toda precisão fazer isso.
Eu vou citar um exemplo: o ano passado, nós aplicamos dois Enem. Um Enem para todo mundo e um para os alunos que sofreram com as enchentes no Espírito Santo e para os alunos dos presídios. Eram duas provas distintas aplicadas em dias distintos e os resultados saíram rigorosamente na mesma escala e com na data.
Veja bem, o pagamento de bônus para professor em São Paulo, a Justiça vai derrubar porque os resultados não são comparáveis? A Prova Brasil e o Ideb, a Justiça vai derrubar porque os resultados não são comparáveis? O PISA, Programa Internacional de Avaliação de Alunos, que permite a comparação de desempenho de estudantes de países diferentes de um ano para o outro vamos derrubar? O Toffle, exame de inglês, nós vamos derrubar? Quer dizer, a Justiça precisa ser informada de que essa tecnologia existe de que essa tecnologia está disponível. É justamente para exames da escala do Enem.

No IDH da ONU publicado a poucos dias, o Brasil está numa posição muito ruim por causa da Educação. O senhor tem algo a dizer sobre essa posição 79ª. com outros países da América Latina a nossa frente?
Eu discordo um pouco dessa avaliação por um motivo muito simples: o IDH conta com duas variáveis. Uma que olha para o passado, que é a escolaridade média do brasileiro com 25 anos ou mais. Nessa variável nós vamos muito mal: 7,2 anos. Mas esta variável olha para o sistema de ensino do século passado. A variável que olha para o nosso sistema educacional é a expectativa de escolaridade, que é quase o dobro da escolaridade média dos adultos brasileiros. Se você comparar as duas, você vai verificar que o Brasil é um dos países que mais avançou em escolaridade média. O Pisa que vai ser anunciado em dezembro, já nos dá conta que na primeira década do século 21 o Brasil também está entre os três países que mais avançou em proficiência de leitura, matemática e ciências.
Então, Renato, se você olhar para o que o Brasil foi na área de Educação e verificar o local que nós ocupamos no ranking, você se decepciona, porque pensa assim: por que nós não fizemos mais pela educação no nosso país. Mas se você olhar para o presente e para o futuro, o cenário é completamente diferente do século 20. Nós estreamos o século 21 com resultados importantes. Eu faço um convite a vocês: façam um debate com observadores externos o Brasil. Façam um debate com pessoas que entendem de educação da UCDE do Banco Mundial do Bid da Unesco e da Unicef e da OEI. Façam um debate público sobre o que foi a educação brasileira na primeira década do século 21. Eu faço questão de participar ou assistir esse debate com toda tranqüilidade agora que estamos concluindo a primeria década do século.

Foram apontados problemas na qualidade das provas. Erro de digitação, de pontuação, inclusive erros conceituais, uma pergunta com duas respostas possíveis, questões repetidas, outra pergunta que não haveria resposta possível apontada por professores que avaliaram as provas. E agora?
O Enem tem 180 questões e o gabarito oficial sai depois que os formuladores das provas que são professores universitários fazem a checagem final. O ano passado por exemplo, nós tivemos que anular uma questão das 180. Há vários casos de vestibulares em que a cada 100 questões você tem uma taxa de tolerância em que se admite uma falha ou sem resposta ou com duas respostas em que as questão não é considerada. Nós vamos aguardar o parecer dos técnicos que elaboraram a prova, conforme disse são professores universitários convidados pelo Inep para formular a prova. O gabarito oficial dá a palavra final sobre o assunto.

No ano passado, grandes universidades descartaram o Exame. Como o senhor vê a possibilidade de faculdades desistirem de usarem o Enem no seu processo de avaliação, por causa de mudanças inclusive no calendário?
A desistência no ano passado se deveu ao fato de que nós não conseguimos processar os resultados em virtude do adiamento por 60 dias da prova. Não teve nada a ver com o Enem. Tanto é verdade, que todas que não usaram o ano passado em função disso, voltaram a usar. O dobro de universidades usará o Enem esse ano em relação ao ano passado, e 500 mil alunos a mais se inscreveram para o Exame.

O que o senhor diria para os milhões de estudantes que estão nessa dúvida? Eu sei que o senhor vai falar com juristas para tentar convencê-los de que não há quebra da isonomia.
O que nós precisamos fazer é convencer o judiciário de que a tecnologia educacional, hoje, permite aplicar uma segunda prova sem nenhum prejuízo para os estudantes, com total isonomia, porque vamos seguir rigorosamente a mesma escala, como todas as avaliações nacionais e internacionais. Fazendo chegar essa informação à juíza, eu tenho certeza de que ela vai rever sua posição. Caso contrário, vamos recorrer ao Tribunal, sem nenhuma dificuldade.


Fonte: PT São Paulo

Mais sobre a liberdade de imprensa

O portal de Carta Capital traz bela matéria sobre as distorções do debate sobre a liberdade de imprensa.
O autor do texto, Venício de Lima, é seguramente uma das figuras mais preparadas sobre o tema. Vale, então, acompanhá-lo.
Transcrevo só o início da matéria, mas acessando o portal da revista é possível vê-la por completo, inclusive com transcrições de momentos de entrevista com a Presidenta Dilma.
...

Marco regulatório vs. liberdade da imprensa

Regular a mídia é ampliar a liberdade de expressão, a liberdade da imprensa, a pluralidade e a diversidade. Regular a mídia é garantir mais – e não menos – democracia. É caminhar no sentido do pleno reconhecimento do direito à comunicação como um direito fundamental da cidadaniaPor Venício Lima*
Em entrevista concedida ao Jornal da Band, no último dia 2/11, a presidente eleita Dilma Rousseff tentou esclarecer, pela undécima vez, uma diferença que a grande mídia e seus aliados têm ignorado e, arriscaria a dizer, deliberadamente confundido: marco regulatório da mídia não tem nada a ver com qualquer restrição à liberdade da imprensa.
 (...)

Veja aqui a matéria na íntegra.

10 de nov. de 2010

Regulamentar a comunicação pra garantir a liberdade de imprensa no Brasil

Franklin Martins: Regulação da comunicação é prioridade para o próximo governo

O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins, defendeu nesta terça-feira (9) que a regulamentação das telecomunicações e da radiodifusão precisa ser uma prioridade do próximo governo. Na abertura do Seminário Internacional das Comunicações Eletrônicas e Convergência de Mídias, ele comparou o "atraso" na legislação para a área à situação relacionada à energia no país no início do governo Lula. Martins vê a falta de normas atuais a respeito como um entrave ao crescimento econômico.

Leia o texto completo aqui.

...

Comentário do blog:

Há bastante tempo esse debate está posto. Porém, com pouca ou quase nenhuma força entre aqueles que de fato podem decidir o assunto.
Um país que viveu intensos períodos de ditadura, como o Brasil, costuma ter muita dificuldade em lidar com o tema. Os barões da mídia, que já o eram no período do regime militar, sempre se utilizam do hipócrita discurso de "atentado à liberdade" a cada vez que se busca tal regulamentação.
A questão é que as eleições deste ano demonstraram a fragilidade do atual modelo. Não se trata de gostar ou não do viés utilizado por este ou aquele veículo de comunicação sobre um assunto. Nem quanto as opções ideológicas ou programáticas de sua editoria. Carta Capital posicionou-se a fovar de Dilma, o Estadão foi de Serra e tudo isso faz parte da normalidade.
O problema aparece quando inverdades são publicadas, como aconteceu muitas vezes neste ano.
Há duas questões distintas a serem trabalhadas na regulamentação, uma trata dos meios de comunicação de competência exclusiva da União e concedidas à empresas privadas, casos das Rádios e TVs. Outra, dos veículos amplamente liberados para iniciativa de qualquer pessoa ou organização, caso dos jornais.
Entre os primeiros há uma obrigação legal para com a informação verdadeira, vez que estamos falando de algo equiparado a serviço público. Sim, rádios e tvs são concessões. Daí o compromisso legal com a verdade.
Esse debate é bom e pode render muita conversa. Quando fiz minha especialização, aliás, o tema de meu TCC foi justamente O Conflito Entre o Direito à Imagem e a Informação Verdadeira, algo que permeia muito do assunto em tela.
Um dia escrevo mais sobre isso.

De volta à lida

Já não é a primeira vez que acabo ficando alguns dias sem atualizar o blog. E provavelmente também não seja a última.
É que acontece de eu ficar com uma certa ressaca dos temas que normamente trato aqui. Principalmente quando se encerra uma eleição desgraçadamente pesada e suja como a que findou há alguns dias.
Bom, mas tento retomar o ritmo à partir de agora e espero contar com a gentileza dos poucos, porém valorosos, seguidores deste espaço para que me ajudem a divulgar as postagens que daqui por diante voltarão.

6 de nov. de 2010

Dilma Rousseff, a primeira mulher a comandar os destinos do Brasil

A vitória da Dilma Roussef, a primeira mulher a presidir o Brasil, é uma demonstração clara do amadurecimento e do aprimoramento da nossa  democracia. O povo brasileiro, que em 2002, elegeu o primeiro operário para comandar os destinos deste pais, certamente não se decepcionou passados quase oito anos de seu governo, pelo contrario, lhe dá uma aprovação recorde, tornando-o o presidente melhor avaliado da história do Brasil. Agora elege a primeira mulher para comandar os destinos do Brasil,  uma vez mais os brasileiros não se arrependerão, pois o país continuará crescendo com distribuição de renda.

A eleição da Dilma Rousseff é a garantia das conquistas e dos avanços. É a garantia do tratamento republicano aos municípios, aos governos de estados. O Brasil que antes era conhecido lá fora por ser o país do carnaval e do futebol, hoje passa a ser conhecido também por ser um país que cresce, gera milhões de empregos, tira da pobreza milhões de pessoas, que trata a agricultura com respeito, os idosos, as crianças, as mulheres, os negros, enfim, trata todos sem nenhuma diferença. Governa para todos de maneira igual. Nestes quase oito anos de governo, foram realizadas dezenas de conferências em diversos temas, ou seja, a participação da população foi garantida, seja aqui no município, no estado e nacionalmente. Por isso, que o Brasil é visto com outros olhos lá de fora, por isso, que a autoestima do nosso povo está em alta.

O governo do presidente Lula resolveu todos os problemas do país? É óbvio que não, ele mesmo tem dito isso, ainda há muito por fazer, é verdade, como é verdade também que o presidente Lula provou que é possível fazer. Lula deixa seu mandato construindo catorze Universidades, inclusive uma aqui em Sorocaba, vai construir duzentas e vinte escolas técnicas federais, nossa região foi agraciada com cinco. Possibilitou o ingresso de mais de setecentos mil jovens no Prouni, realizando sonhos  desses jovens e de suas famílias, e tantas outras ações na educação. Assim foi na saúde, no meio ambiente, na infraestrutura, no saneamento, na segurança, na habitação, em suma, tudo foi feito, entretanto ainda temos que avançar, por isso, a vitória da Dilma é a garantia destas conquistas e do avanço.

Por fim, quero agradecer a militância do Partido dos Trabalhadores de Sorocaba, que mais uma vez foi às ruas para ajudar na vitória da Dilma Rousseff, é fato, que não vencemos na cidade, ficamos atrás do nosso adversário por uma diferença de sete por cento, mas não foi por falta de empenho da nossa militância que se dedicou muito. Agradecer aos partidos aliados que também tiveram um papel importante nesta luta, o mesmo ao movimento sindical de todas as centrais, a executiva do PT, dos voluntários que todos os dias foram às ruas ajudar na entrega das propostas da nossa candidata. Todos os citados tiveram sua contribuição nesta vitória da democracia.

Quero fazer um agradecimento muito especial aos 139,307 sorocabanos que escolheram a Dilma Rousseff, dando-lhe uma votação expressiva na cidade. Nós do Partido dos Trabalhadores de Sorocaba e dos partidos aliados agradecemos muito. Viva a Democracia! Viva o Brasil!

José Carlos Triniti Fernandes
Presidente do PT de Sorocaba

...

Valeu a colaboração, Triniti!

1 de nov. de 2010

A mais dura eleição derruba mais um paradigma

Sempre me pareceu claro que as eleições deste ano seriam duríssimas. Por diversos aspectos e em todas as esferas.
O que não imaginava é que a oposição se prestasse ao desserviço a que se prestou.
Há diversas formas de fazer a crítica e à partir dela se estabelecer o debate. Desde que isso ocorra em torno de programas de governo.
O que fizeram foi abdicar do direito de fazer o bom debate. Preferiram o jogo rasteiro da confusão na cabeça do eleitor à partir de um bombardeio de mentiras, boatos e informações pela metade sobre temas propostos justamente para atordoar.
E até certa medida alcançaram êxito.
Acontece que o preço para a democracia não é baixo. Ao invés de avançarmos culturalmente, regredimos com essas eleições.
Porém, nem tudo é de se lamentar. A vitória de Dilma quebra mais um paradigma de nossa política, o de que um país machista nunca daria à uma mulher a oportunidade de chegar a posto tão alto.
Pois o mesmo partido que elegeu o primeiro homem do povo para  a Presidência, agora elege a primeira mulher.
O PT não é, nem nunca será um partido qualquer. Será sempre lembrado, com seus erros e acertos, como o partido que introduziu a juventude, os negros, as mulheres, os índios e toda sorte de diversidade na política. Essa é a maior obra petista. A obra que agora, cabe a Dilma continuar.
Viva o Brasil de hoje e o que nascerá em 1° de janeiro de 2011!!!

27 de out. de 2010

CNT/Sensus: Dilma tem 58,6% e Serra 41,4% dos votos válidos

Fonte: Terra
Pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta quarta-feira (27) mostra a candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, com 58,6% dos votos válidos contra 41,4% do tucano José Serra.
O levantamento mostra aumento da vantagem da petista em mais de 10 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, realizada nos dias 18 e 19 deste mês. Antes, Dilma tinha 52,8% dos votos válidos contra 47,2% de Serra: vantagem de 5,6 pontos percentuais. Agora, a diferença entre os dois chega a 17,2 pontos percentuais.
Os votos válidos desconsideram brancos e nulos, que somaram 4,7% dos 2 mil eleitores entrevistados entre os dias 23 e 25, e indecisos, que somaram 6,8%.
Considerando-se os votos totais, Dilma tem 51,9% e Serra, 36,7%. Na pesquisa anterior, divulgada semana passada, a petista tinha 46,8% contra 41,8% do tucano.
A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa está registrada no TSE sob o número 37609/2010.
Rejeição
O índice de rejeição à candidata petista que era de 35,2% na pesquisa anterior, caiu para 32,5%. Serra tinha rejeição de 39,8% e agora atinge seu recorde da pesquisa CNT/Sensus, com 43%. Para o instituto, rejeições acima de 40% seriam indicativos de derrota do candidato.
Na análise do instituto, a troca mútua de acusações entre os candidatos faz o eleitor voltar seu interesse novamente para os aspectos econômicos, onde a petista levaria vantagem.

22 de out. de 2010

Serra abaixo

Não há nenhuma surpresa no aumento da vantagem de Dilma sobre Serra no segundo turno das eleições.
Primeiro porque ela obteve 47% dos votos no 1° turno, ou seja, a multiplicação é muito mais fácil que a do tucano e a tarefa também é bem mais simples, basta buscar mais 3%.
Além disso, o crescimento de Marina na última semana da campanha se deu em parte pela onda de boatos e mentiras patrocinados por Serra e que conseguiu, de fato, tirar votos de Dilma. Agora, as respostas foram dadas, as questões esclarecidas e a verdade recolocada. Óbvio que aqueles que deixaram a petista para votar na verde por desconfiança tendem a migrar de volta com as questões esclarecidas.
É tudo claro e lógico, mas os tucanos resolveram lançar uma nuvem de desconfiança sobre o quadro. Quando a primeira pesquisa que apontou essa tendência, VOX POPULI (57% a 43% nos válidos), foi publicada acusaram o instituto de manipulação. Depois vieram o IBOPE e o DATAFOLHA (ambos com 56% à 44%) e confirmaram o quadro, aí silenciaram.
Ao que parece, não há ataque de bolinha de papel que consiga reverter o quadro. Dilma tem a curva ascendente em todas as pesquisas, Serra ou cai, ou mantém os mesmos números.
Não me acomodo, mas começo a crer que o quadro já estável.

21 de out. de 2010

Farsa de Serra vira jogo na internet

Sensacional!!!
A tentativa do marqueting de Serra de transformá-lo em vítima virou piada mundial.
Até joguinho já fizeram.
Segue o link pra criançada crescida se divertir:
http://megaswf.com/serve/61506/

A farsa de José Serra



Fico imaginando qual será a próxima do senhor José Serra. Já tentou de tudo.
Só faltava mesmo uma encenação mais comovente como essa. Quem seria do outro lado da linha daquela ligação que recebeu durante a caminhada e logo após a "agressão"?
Em se considerando que ao desligar Serra leva a mão à cabeça, penso em duas hipóteses: 1. a ligação era da coordenação de sua campanha que lhe avisava sobre o resultado da pesquisa IBOPE em que ele cai e Dilma sobe; 2. a ligação era de seu marqueteiro que viu naquela cena uma oportunidade de seu cliente/candidato aparecer como vítima.

10 coisas que devemos fazer para garantir a derrota do Serra (e a vitória da Dilma)

Por Emir Sader

1. Contar a verdade: dizer o que foi o governo FHC e o que é o governo Lula

2. Contar a verdade: dizer o que foi o papel do Serra no governo FHC e sua passagem como trampolim pela prefeitura e pelo governo do Estado de São Paulo.

3. Contar a verdade: desfazer todas as calúnias e mentiras que a campanha do Serra espalha sobre a Dilma.

4. Contar a verdade sobre quem é a coligação que está com Serra e que gostaria de assaltar de novo o Estado brasileiro.

5. Contar a verdade: dizer o que foram as privatizações – maior escândalo da história brasileira, em que o BNDES saneava, com dinheiro público, empresas estatais e depois vendia, a preço de banana, com crédito subsidiado, a grandes empresas privadas.

6. Contar a verdade: como disse FHC, Serra foi o mais entusiasta adepto da privatização da Vale do Rio Doce, empresa líder do seu setor, vendida a preço barata, que hoje vale centenas de vezes mais.

7. Contar a verdade: o governo FHC-Serra mudou o nome da Petrobrás para tentar privatizá-la.

8. Contar a verdade: o governo FHC-Serra foi um governo dos ricos e contra os pobres, aumentou a desigualdade social no Brasil, deixou a maior parte dos trabalhadores sem contrato de trabalho, elevou o desemprego e baixou o poder aquisitivo dos salários.

9. Contar a verdade: Serra se aliou ao que de pior tem a sociedade brasileira, dos ruralistas aos evangélicos, passando pelo DEM e pelos banqueiros.

10. Contar a verdade: Serra queria acabar com a política externa soberana do Brasil e voltar a nos tornar subservientes aos EUA

POR ESSAS E POR OUTRAS MIL RAZÕES, VAMOS DERROTÁ-LO E ELEGER DILMA PRESIDENTA DO BRASIL NO DIA 31 DE OUTUBRO.

19 de out. de 2010

Celso Antonio Bandeira de Mello declara apoio à Dilma


Professor Celso Antonio Bandeira de Mello, um dos juristas mais respeitados do país.

Vox Populi: Dilma tem 51%, Serra tem 39% e indecisos somam 4%

Pesquisa Vox Populi/iG divulgada nesta terça-feira mostra que a vantagem da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, em relação ao tucano José Serra aumentou para 12 pontos percentuais. Segundo o Vox Populi, Dilma tem 51% contra 39% de Serra. Na última pesquisa, realizada nos dias 10 e 11 de outubro, a vantagem era de 8 pontos (Dilma tinha 48% e Serra 40%). Os votos brancos e nulos permaneceram em 6% e os indecisos passaram de 6% para 4%.
Saiba mais
Se forem considerados apenas os votos válidos (sem os brancos, nulos e indecisos) a vantagem subiu de 8 para 14 pontos. Dilma tinha 54% e passou para 57%. Serra caiu de 46% para 43%. A margem de erro da pesquisa é de 1,8 ponto percentual para mais ou para menos.
A candidata do PT tem o melhor desempenho na região Nordeste, onde ganha por 65% a 28%. Já Serra leva a melhor no Sul, onde tem 50% contra 41% da petista. No Sudeste, que concentra a maior parte dos eleitores, Dilma tem 47% contra 40% do tucano.
O Vox Populi ouviu 3 mil eleitores entre os dias 15 e 17 de outubro. Os resultados, portanto, não consideram o impacto do debate realizado pela Rede TV no último domingo, nem a entrevista concedida por Dilma ao Jornal Nacional ontem à noite. A pesquisa foi registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral com o número 36.193/10.
Recortes
Depois de toda a polêmica envolvendo temas religiosos como o aborto, Serra atingiu 44% entre os entrevistados que se declararam evangélicos. Dilma tem 42%. Entre os que se declararam ateus, Dilma vence por 49% a 36%.
Entre os católicos praticantes Dilma tem 54% contra 37% do tucano. No segmento dos católicos não praticantes a petista consegue seu melhor desempenho, 55% contra 37% de Serra.
A petista ganha em todas faixas etárias. Já no recorte que leva em conta a escolaridade dos pesquisados, Serra vence entre os que tem nível superior por 47% a 40% da petista. No eleitorado com até a 4ª série do ensino fundamental Dilma tem 55% contra 38% do tucano.
Serra também vai melhor entre o eleitorado com mais renda. Entre os que declararam ganhar mais de cinco salários mínimos, ele tem 44% contra 42% da petista. Dilma tem seu melhor desempenho entre os mais pobres, que ganham até um salário mínimo, 61% a 31%.
Embora seja mulher Dilma tem índices melhores entre os homens. Conforme o levantamento ela tem 54% contra 38% de Serra no eleitorado masculino e 48% contra 40% do tucano no eleitorado feminino.
No recorte que leva em consideração a cor da pela Dilma atinge 59% entre os entrevistados que se declararam negros contra 29% de Serra. Entre os brancos, a petista tem 45% contra 44% do tucano.
Segundo o Vox Populi, 89% dos entrevistados disseram estar decididos enquanto 9% admitiram que ainda podem mudar de ideia. Entre os eleitores de Dilma a consolidação do voto é maior, 93%. No eleitorado de Serra, 89% disseram que estão decididos.

Fonte: IG

18 de out. de 2010

Os falsos panfletos que atacam Dilma

Em hipótese alguma deve-se admitir o "vale-tudo" eleitoral.
Há algumas semanas, quando a onda de boatos mentirosos contra a candidatura de Dilma começou a tomar corpo, não foram poucos os que alertaram para o perigo que isso significava para a democracia. Chegou-se a comparar o ambiente criado com o da época que antecedeu ao golpe de 64.
Serra, com sua cara de bom moço, dizia nada ter a ver com as estórias criadas.
Mas eis que no último sábado uma gráfica que produzia um dos panfletos mentirosos foi descoberta. Dois milhões de panfletos foram apreendidos pela Polícia Federal e agora se descobre que o proprietário da mesma é militante do PSDB e é parente de membro da coordenação da campanha tucana.
Vi um desses panfletos, aliás guardo um comigo. Não se trata de uma mera mentira construída habilmente, mas de um crime, mesmo.
Há assinaturas falsificadas no documento (de Bispos), ou seja, todos os limites possíveis foram superados.
Pelo bem da democracia, espero que os responsáveis por esse absurdo sejam descobertos e punidos.

Serra começa a ser descontruído

A falsa imagem que Serra tentava criar começa a ser desmontada.
Baseado em resultados de pesquisas qualitativas, o tucano vinha tentando, inclusive com algum êxito, se descolar da fama de privatista e se aproximar de demandas mais populares. Daí as promessas de aumento do salário mínimo para R$ 600,00 e de 10% aos aposentados, além do 13° aos beneficiários do Bolsa-Família.
Uma a uma, no entanto, as estórias vão sendo recontadas. Pra contribuir com o debate:

. Aumento do mínimo: Serra fala em R$ 600,00. Nem é preciso comparar o mínimo da época em que foi ministro do planejamento de FHC com o de agora. O governo Lula implantou uma política de recuperação do salário mínimo que está em curso e está funcionando. Com responsabilidade frente as contas do país e em sintonia com as necessidades do povo brasileiro.
Já Serra, em São Paulo, pagava a servidores públicos salários base abaixo do mínimo. Muito abaixo, aliás. Há casos de salários base de R$ 275,00 no estado. É claro que depois vem as gratificações, mas elas não se mantém incorporadas quando o trabalhador se aposenta ou se afasta por problemas de saúde, por exemplo. Ou seja, o Zé Promessa fala uma coisa e faz outra;

. Aumento para os aposentados: Não tenha dúvida, se eleito Serra dará com uma mão para em seguida tirar com outra. Ele já admitiu elevar a idade mínima para a aposentadoria. Assim, o impacto de tal aumento agora seria compensado logo em seguida;

. 13° para o Bolsa Família: Serra, o PSDB e o DEM sempre se colocaram contra o programa. Nesse caso vale a atenção sugerida ao item anterior. Se conceder algo assim, tirará de outra forma, como restringindo reajustes do benefício ou diminuindo seu alcance.

14 de out. de 2010

Bancada petista entra com representação sobre caso Paulo Preto

Fonte: Hamilton Pereira
A Bancada do PT apresentou na tarde de quarta-feira (13/10) novas denúncias envolvendo o ex-governador de São Paulo José Serra, o ex-presidente da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.), Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, e o atual José Max Reis Alves.
As denúncias de tráfico de influência, desvio de dinheiro público e improbidade administrativa endossam a representação que os deputados petistas encaminharam no dia seguinte à Procuradoria Geral de Justiça de São Paulo.
"Trata-se de uma trajetória repleta de episódios nebulosos, inclusive uma prisão em flagrante por receptação de joia roubada", disse o líder da Bancada do PT, Antônio Mentor, em referência a Paulo Vieira de Souza, acusado até pela cúpula do próprio PSDB de ter fugido com R$ 4 milhões arrecadados para a campanha eleitoral tucana.
Para o Deputado Estadual reeleito Hamilton Pereira, o caso é nebuloso. "Segundo a imprensa, Preto arrecadou dinheiro em nome da campanha tucana. Mas como era dinheiro que não seria contabilizado, o famoso Caixa 2, o partido ficou a ver navios". Para ele, é importante que a Procuradoria paulista intervenha no caso.
Favorecimento
Preto foi demitido da Dersa em 09/04/2010 - uma semana depois de o ex-governador José Serra ter deixado o cargo, para candidatar-se à Presidência. Mas em 2009, ele foi ainda acusado de favorecimento na indicação da própria filha, a advogada Priscila Arana de Souza Zahran, para o Escritório Edgard Leite Advogados Associados, que defende a Dersa e as mesmas construtoras que deveriam ser fiscalizadas pela estatal, no Tribunal de Contas da União e Tribunal de Contas do Estado.
Deputado eleito e presidente do PT Estadual, Edinho Silva, destacou o acesso a informações privilegiadas que a advogada tinha, ao atuar em um escritório que atendia empreiteiras fiscalizadas por se próprio pai. "É evidente o conflito de interesses", explicou Edinho.
As empreiteiras atendidas pelo escritório onde trabalha a filha do ex-presidente da Dersa atuaram nas principais obras viárias do Estado, como o Rodoanel, a Nova Marginal e a extensão da Avenida Jacu-Pêssego. Paulo Vieira de Souza era o responsável, por exemplo, por autorizar o pagamento a estas empreiteiras.
"O contrato mais emblemático refere-se à extensão da Avenida Jacu-Pêssego. Nós, da Bancada do PT, fomos até a Dersa, por causa das desapropriações que a obra iria provocar. Paulo Preto foi acintoso, violento e ameaçador", relatou o deputado Adriano Diogo.
Além da proximidade com Serra - que negou conhecê-lo quando foi questionado pela candidata Dilma Rousseff em debate na TV Bendeirantes --, Preto é muito ligado ao senador eleito por São Paulo, Aloysio Nunes. A filha dele, a advogada Priscila Arana, e a mãe dela, Ruth de Souza, são responsáveis por um empréstimo de R$ 300 mil a Nunes para a compra de um apartamento em Higienópolis, bairro nobre de São Paulo. O empréstimo foi pago sem juros.
A representação dos deputados petistas também pede à Procuradoria investigação sobre o atual presidente da estatal, José Max Reis Alves, que já integrava a diretoria da Dersa na gestão de Paulo Vieira de Souza e foi acusado de participar do Esquema PC Farias, a máfia que atuou durante o Governo Collor, no início da década de 90.
Outra representação
Esta é a segunda representação que a Bancada do PT envia à Justiça sobre o ‘caso Paulo Preto'. O primeiro pedido de investigação, formulado em maio de 2009, está vinculado à Operação Castelo de Areia da Polícia Federal. "Estive reunido na semana passada com o Procurador (Fernando Grella Vieira) e o caso tramita em segredo de Justiça", explicou o deputado Antônio Mentor.
No último final de semana, o ex-governador e atual candidato à Presidência da República, José Serra, tentou negar as relações com o engenheiro Paulo Preto. "Eu não sei quem é Paulo Preto", disse Serra ao ser perguntado sobre Paulo Vieira de Souza. Mas, no dia 12 de outubro, Serra saiu em defesa do ex-presidente da Dersa e disse que ele é inocente e também que já foi eleito o Engenheiro do Ano.

12 de out. de 2010

Enfim, o debate eleitoral retoma seu rumo

A semana que antecedeu o 1° turno das eleições brasileiras foram inacreditavelmente pobres do ponto de vista do debate programático.
Era improvável imaginar que em 2010 fosse possível a volta das manobras da TFP contra qualquer candidatura. Pois aquela turma voltou. É só verificar a imagem que tem sido reiteradamente exibida pela mídia de Serra e sua senhora e pode-se notar ali a caricatura do antigo pessoal.
Serra escolheu uma guinada tão violenta à direita, que até o pessoal do DEM(PFL) deve ter assustado.
Fernando Henrique quando eleito Presidente pediu pra que esquecessem tudo o que ele havia escrito. Serra, implora pra que esqueçam tudo o que fez. Pede que a direita esqueça que um dia se aventurou no movimento estudantil e que a esquerda esqueça que privatizou o quanto pode quando teve o poder de decisão. Serra, que tentou ser Zé no início da campanha, ainda não encontrou "a roupa com que irá".
Mas, acabo de assistir aos programas eleitorais e somando a eles o debate da Band creio que finalmente o debate eleitoral tenha retomado seu rumo.
A hipocrisia e a boataria finalmente voltam a seu papel secundário e a comparação de modelos entre os governos FHC e Lula retornam ao centro dos debate.
Quem ganha com isso é o Brasil, pois o eleitorado terá dessa forma três semanas para melhor avaliar as duas experiências e escolher o que de melhor entender para o futuro.
Que a disputa siga assim.

8 de out. de 2010

COM DILMA NO SEGUNDO TURNO PARA O BRASIL SEGUIR MUDANDO

Os resultados da eleição do dia 3 de outubro são uma grande vitória do
povo brasileiro.
Dilma Rousseff e Michel Temer obtiveram mais de 47 milhões de votos,
patamar semelhante aos de Lula nos primeiros turnos das eleições de 2002
e 2006.
Os Partidos que integram a coligação vitoriosa elegeram 11 governadores
e disputam o segundo turno em 10 outros estados.
Com mais de 350 deputados, sobre 513, entre aliados e coligados, o
próximo Governo terá a maioria da Câmara Federal. Será também
majoritário no Senado, com mais de 50 senadores. Terá, pelo menos, 734
deputados estaduais.
Estão reunidas, assim, todas as condições para a vitória definitiva em 31 de
outubro.
Para tanto, é necessário clareza política e capacidade de mobilização.
A candidatura da oposição encontra-se mergulhada em contradições.
Tentam atrair os verdes, mas não podem tirar o velho e conservador DEM
de seu palanque. Denuncia “aparelhismos”, mas já está barganhando
cargos em um possível ministério. Proclama-se democrata, mas persegue
jornalistas e censura pesquisas. Seus partidários tentam sair dessa situação
por meio de uma série de manobras que buscam confundir o debate
político nacional. Espalham mentiras e acusações infundadas
Mas o que está em jogo hoje no país é o confronto entre dois projetos.
De um lado, o Brasil do passado, da paralisia econômica, do gigantesco
endividamento interno, mas também da dívida externa e da submissão ao
FMI. O Brasil que quase foi à falência nas crises mundiais de 95, 97 e 98.
2
O Brasil de uma carga tributária que saltou de 27% para 35% do PIB. O Brasil
dos apagões, e do sucateamento da infraestrutura. O Brasil da privataria,
que torrou nossas empresas públicas por 100 bilhões de dólares e conseguiu
a proeza de dobrar nossa dívida pública. E já estão anunciando novas
privatizações, dentre elas a do Pré Sal.
O Brasil do passado, do Governo FHC, que nosso adversário integrou, é o
país que não soube enfrentar efetivamente a desigualdade social e não
tinha vergonha de afirmar que uma parte da população brasileira era
“inempregável”. Portanto, o Brasil do desemprego.
Era o Brasil do desmonte do Estado e da perseguição aos funcionários.
Era o Brasil das universidades à beira do colapso e da proibição do
Governo Federal de custear escolas técnicas.
Mas, sobretudo, era o país da desesperança, de governantes de costas
para seus vizinhos da América Latina, cabisbaixos diante das potências
estrangeiras em cujos aeroportos se humilhavam tirando os sapatos.
Em oito anos o Brasil começou a mudar. Uma grande transformação se
iniciou e deverá continuar e aprofundar-se no Governo Dilma.
O Brasil de Lula, hoje, e o de Dilma, amanhã, é e será o país do crescimento
acelerado que gera cada vez mais emprego e renda. Mas um país que
cresce porque distribui renda. Que retirou 28 milhões de homens e mulheres
da pobreza. Que possibilitou a ascensão social de 36 milhões de brasileiros.
Que criou mais de 14 milhões de empregos formais. Que expandiu o
crédito, sobretudo para os de baixa renda. Que fez crescer sete vezes os
recursos para a agricultura familiar. E que fez tudo isso sem inflação ou
ameaça dela. O Brasil de Lula e de Dilma é o país que possui uma das mais
baixas dívidas internas do mundo. Que deixou de ser devedor
internacional, passando à condição de credor. Que não é mais servo do
FMI. É o país que enfrentou com tranquilidade a mais grave crise
econômica mundial. Foi o último a sofrer seus efeitos e o primeiro a sair
dela.
Dilma continuará a reconstruir e fortalecer o Estado e a valorizar o
funcionalismo. O Brasil de Lula e de Dilma está reconstruindo
aceleradamente sua infraestrutura energética, seus portos e ferrovias. É o
Brasil do PAC. O Brasil do Pré Sal. O Brasil do Bolsa Família. É o Brasil do
Minha Casa, Minha Vida, que vai continuar enfrentando o problema da
moradia, sobretudo para as famílias de baixa renda.
3
Nosso desenvolvimento continuará sendo ambientalmente equilibrado,
como demonstram os êxitos que tivemos no combate ao desmatamento e
na construção de alternativas energéticas limpas. Manteremos essa
posição nos debates internacionais sobre a mudança do clima.
No Brasil de Lula e de Dilma foi aprovado o FUNDEB que propiciou melhoria
salarial aos professores da educação básica. É o país onde os salários dos
professores universitários tiveram considerável elevação. Onde se criaram
14 novas universidades federais e 124 extensões universitárias. Onde mais
de 700 mil estudantes carentes foram beneficiados com as bolsas de
estudo do Prouni e 214 Escolas Técnicas Federais foram criadas. Onde 40
bilhões de reais foram investidos em ciência e tecnologia. Esse Brasil
continuará a desenvolver-se porque o Governo Dilma cuidará da préescola
à pós-graduação e fará da educação de qualidade o centro de
suas preocupações. O Brasil de Dilma continuará dando proteção à
maternidade e protegendo, com políticas públicas, as mulheres da
violência doméstica. Será o Brasil que dará prosseguimento às políticas de
promoção da igualdade racial.
Os alicerces de um grande Brasil foram criados. Mais que isso, muitas das
paredes desta nova casa já estão erguidas.
A obra não vai parar.
Vamos prosseguir no esforço de dar saúde de qualidade com mais UPAS,
Samu, Brasil Sorridente, Médicos de Família.
Vamos continuar o grande trabalho de garantir a segurança de todos os
brasileiros, com repressão ao crime organizado e controle das fronteiras,
mas, sobretudo, com respeito aos direitos humanos, ações sociais e a
participação da sociedade como vêm acontecendo com as UPP.
Vamos continuar a ser um país soberano, solidário com seus vizinhos. Um
país que luta pela paz no mundo, pela democracia, pelo respeito aos
direitos humanos. Um país que luta por uma nova ordem econômica e
política mundial mais justa e equilibrada.
Os brasileiros continuarão a ter orgulho de seu país.
Mas, sobretudo, queremos aprofundar nossa democracia. A grande vitória
que a coligação PARA O BRASIL SEGUIR MUDANDO obteve nas eleições
para o Congresso Nacional permitirá que Dilma Rousseff tenha uma sólida
base de sustentação parlamentar.
4
Diferentemente do que ocorreu entre 1995 e 2002, a nova maioria no
Congresso não é resultado de acordos pós-eleitorais. Ela é o resultado da
vontade popular expressa nas urnas. Essa maioria não será instrumento
para esmagar as oposições, como no passado. Queremos um Brasil unido
em sua diversidade política, étnica, cultural e religiosa.
Por essa razão repudiamos aqueles que querem explorar cinicamente a
religiosidade do povo brasileiro para fins eleitorais. Isso é um desrespeito às
distintas confissões religiosas. Tentar introduzir o ódio entre as comunidades
religiosas é um crime. Viola as melhores tradições de tolerância do povo
brasileiro, que são admiradas em todo o mundo.
O Brasil republicano é um Estado laico que respeita todas as convicções
religiosas. Não permitiremos que nos tentem dividir.
O Brasil de Dilma, assim como o de Lula, é e será uma terra de liberdade,
onde todos poderão, sem qualquer tipo de censura, expressar suas idéias e
convicções.
Será o Brasil que se ocupará de forma prioritária das crianças e dos jovens,
abrindo-lhes as portas do futuro. Por essa razão dará ênfase à educação e
à cultura.
Mas será também um país que cuidará de seus idosos, de suas condições
de vida, de sua saúde e de sua dignidade.
Sabemos que os milhões que estiveram conosco até agora serão muitos
mais amanhã.
Para dar continuidade a essa construção iniciada em 2003 convocamos
todos os homens e mulheres deste país. A hora é de mobilização. É
importante que nas ruas, nas escolas, nas fábricas e no campo a voz da
mudança se faça ouvir mais fortemente do que a voz do atraso, da
calúnia, do preconceito, da mentira, dos privilégios.
À luta, até a vitória.

Brasília, 07 de outubro de 2010.

Coligação Para o Brasil Seguir Mudando.

7 de out. de 2010

Depoimento do Professor Gabriel Chalita sobre Dilma

Hora da verdade

A campanha de Dilma sofreu, e como sofreu, no primeiro turno com uma grande ofensiva de calúnias e mentiras a respeito de sua vida, sua trajetória e de seu programa de governo.
Assim como na campanha presidencial de Obama, que também sofria ataques mentirosos em sua campanha, Dilma criou um espaço em seu site somente para desmentir a baixaria tucana.
Segue o link para a página e recomendo que seja amplamente divulgado, pelo bem da democracia.

http://www.dilma13.com.br/verdades

Retomando as ruas

Nos últimos três dias a dedicação de todos e todas tem sido na concentração de esforços para uma vitória segura de Dilma no segundo turno das eleições.
Pela executiva estadual do PT participei de duas importantes reuniões de organização na última terça-feira. Numa delas, inclusive, com a presença dos companheiros Mercadante e Marta Suplicy. Nosso candidato ao governo, aliás, tem dado um belíssimo exemplo, não parou nem pra respirar e já está coordenando as ações de campanha de Dilma para esta nova etapa no estado.
Na quarta foi a vez da reunião de organização da campanha em Sorocaba e hoje, quinta, faremos uma Plenária Regional do PT para organização das ações em cada município de nossa Macro.
Correndo tudo bem, já neste sábado teremos retomado as ruas das nossas cidades e tenho certeza que o resultado virá.
Aqui, como no resto do Brasil, elegeremos Dilma pra que o país continue no rumo certo.
À vitória!

4 de out. de 2010

As eleições em Sorocaba

Que eleições foram essas? E em Sorocaba, quem faria a previsão de resultados tão apertados?
Em rápida leitura temos como principais resultados:
Presidente: Serra venceu na cidade, mas por margem pequena. Quem tirou a vitória de Dilma por aqui foi Marina que atingiu expressiva votação.
Creio que, no segundo turno, a maior parte desses votos depositados na candidata verde sejam transferidos à petista.
Quanto ao governo do estado, se dependesse apenas de Sorocaba haveria segundo turno. E creio mesmo que Mercadante venceria. Mas paciência, os institutos de pesquisa mais uma vez conseguiram fazer o eleitor crer ser impossível a vitória da oposição.
Para deputados as maiores surpresas. Para federal Renato Amary e Pannunzio ficaram fora (muito fora) e Iara também, sendo eleito apenas Jefferson Campos, que pouco representa a cidade.
Importante destacar que Iara ainda tem chances de entrar, já que terminou como segunda suplente da coligação. Caso Dilma seja eleita, no que acredito, há boas chances de Iara subir, já que dentre os eleitos pela coligação há alguns "ministeriáveis".
E para Deputado Estadual, Hamilton Pereira sagrou-se o mais votado da cidade com mais de quarenta mil votos, de um total alcançado de oitenta mil, novecentos e sessenta e três votos em todo o estado. Além dele, foram eleitos Maria Lúcia Amary e o Pastor Carlos César. Raul Marcelo está fora.
Em linhas gerais, o PSDB saiu como o grande derrotado perdendo dois mandatos que detinha e não alcançando a eleição do candidato a estadual do Prefeito, o vice Zé Ailton. Crespo também foi muito mal e teve menos votos que o Tiririca na cidade.
Já o PT saiu-se bem, reelegeu o único mandato que possuia, fez uma boa votação com Iara (que, repito, pode entrar) e com França (superou quarenta mil votos no estado).
Creio num segundo turno mais franco e espero que sem as baixarias do primeiro.
A vitória de Dilma é uma questão de tempo. Primeiro porque sua vantagem no primeiro turno foi muito grande, segundo porque a tendência agora é a da comparação franca entre os governos de Lula e de FHC e terceiro porque uma vitória de Serra levaria o país à uma condição de difícil governabilidade, já que os partidos da base de Dilma elegeram ampla maioria na Câmara dos Deputados e no Senado. Serra não teria qualquer respaldo para governar.
Em suma é isso. E parabéns ao companheiro Hamilton que conquistou seu quinto mandato. O povo sorocabano reconheu a importância de sua luta na Assembléia Legislativa.

3 de out. de 2010

Dilma alcança 47% dos votos

Não é qualquer coisa chegar perto dos 47% dos votos em um primeiro turno de eleição presidencial no Brasil.
Lula, nas duas vezes em que venceu as eleições precisou de um segundo turno.
Mas então por que é que a ida ao segundo turno deixou em todos nós petistas um gosto amargo.
Digo que é pela forma como foi construída essa situação. É de se lamentar que ainda nos dias de hoje a elite se utilize dos meios de comunicação para manipular a massa e, pior, em parte alcance êxito.
Tudo, absolutamente tudo o que se poderia jogar contra Dilma foi feito. Falaram de aborto, de terrorismo, de homossexualismo, tudo, tudo e tudo. Ou, quase tudo. Só não debateram programa de governo.
E como Serra fez uma péssima campanha até aqui, a responsável pelo segundo turno foi mesmo Marina. Sinceramente preferia que a disputa agora se desse com ela. Ao menos, creio, a eleição não seria marcada por sucessivas tentativas de golpe.
O que há de positivo agora é que poderemos comparar o Brasil de hoje com o de FHC e Serra. Sem desvios, sem embaraços, sem demagogia. Pura e simplesmente colocar à mesa o que se espera para os próximos quatro anos.
De minha parte, não vou nem tirar a farda, continuo na trincheira.

1 de out. de 2010

Em entrevista Lula afirma que se tivesse seguido política de FHC, país teria quebrado.

LULA: "Acabou o tempo em que a casa grande dizia o que a senzala tinha que fazer, acabou"

A agência Carta Maior postou bela entrevista do Presidente Lula, vale a pena dar uma olhada.
Clique aqui para ver a entrevista completa.

Destaquei algumas frase da entrevista e transcrevo a seguir:

"Eu me considero um homem de esquerda, e os resultados das políticas que nós fizemos são tudo o que a esquerda sonhava que fosse feito(...)"

"Este Palácio aqui não é um palácio em que só entrou príncipe e primeiro-ministro. Neste palácio entra sem-teto, entram todos os representantes das minorias, entram desempregados, entram todos os movimentos. Isto aqui virou um verdadeiro palácio do povo brasileiro (...)"


"Nós que ficávamos subordinados ao FMI, nos livramos do FMI. Nós, que não tínhamos nenhuma reserva, vamos chegar no final do ano a US$ 300 bilhões de reservas. Nós, que éramos devedores, viramos credores do FMI. E a situação do Brasil mudou radicalmente, ou seja, nós incluímos os milhões de excluídos que não eram levados em conta. Nós éramos um país de economia capitalista sem capital, sem crédito, sem investimento. Eu acho que não... Eu não me importo muito com determinadas avaliações. Quando eu comecei a minha vida política, no Sindicato, tinha gente da ultraesquerda que me chamava de agente da CIA, sobretudo o pessoal do partidão daquele tempo. Quando eu virei favorável... eu era contra a ocupação do Afeganistão pelos russos, aí, eu virei agente da CIA. Então, as pessoas ficavam querendo saber o meu perfil ideológico, então, muitas vezes, eu ia a um debate e as pessoas: “O que você é? Você é isso, é aquilo?”. Eu dizia: eu sou torneiro mecânico. “Você é comunista?”. Não, eu sou torneiro mecânico. É porque eu nunca gostei de ser muito rotulado."

30 de set. de 2010

Serra e Gilmar Mendes: Pesos e medidas da República do PIG

Há algum tempo alguns dos grandes veículos de comunicação do país assumiram o papel de militância dos representantes da direita neoliberal do país, leia-se PSDB e DEM (PFL).
Óbvio que é dificílimo para os demo-tucanos fazerem oposição no Brasil. Sim, porque o projeto que ofereceram ao país faliu com o governo FHC e, se o povo paulista não tiver juízo neste final de semana, São Paulo caminha para o mesmo caminho. E enquanto isso, o projeto da esquerda, liderado pelo PT de Lula, tem alcançado êxito.
Assim, a oposição que pouco pode fazer em termos de contraponto de projetos e também não conta com militância alguma, já que é formada em sua grande maioria por intelectuais da elite branca nacional, não conta com outras armas senão as do golpismo e do terrorismo midiáticos.
Estas eleições nos deram vários exemplos disso. Mas eis que fomos agraciados com o maior deles há pouquíssimos dias do pleito. Falo da ligação de Serra para o Ministro do STF Gilmar Mendes.
Rídiculo, deplorável, lamentável... nem sei ao certo qual o adjetivo mais adequado. Pior que o espírito anti-democrático e contra-Republicano do tucano, em querer influenciar o resultado de um julgamento que em nada lhe dizia respeito, só mesmo o comportamento da grande mídia (os de sempre: Globo, Folha, Estadão, etc...).
Imagine você a hipótese de o Lula ter feito o que Serra fez. A República viria a baixo.Seria a tal da bala de prata que a oposição tanto perseguiu para provocar um segundo turno.
Um Chefe de Executivo interferindo em Poder alheio? É de fazer tremer. Expõe traços autoritários, elitistas e arrogantes.
Já não vejo a hora de domingo chegar. O capítulo da democracia brasileira que está sendo escrito neste processo eleitoral está cada vez mais estranho.
Esperemos uma alegre vitória de Dilma no dia 03. E com Mercadante no segundo turno que é pra varrermos de vez essa cultura hipócrita dos centros de poder do país.

Vídeo de Mercadante em Sorocaba

Dilma agradece apoio

29 de set. de 2010

Bala de prata: Testemunha-bomba da direita tentará associar Dilma ao crime organizado

A testemunha-bomba do PiG (*)
é para associar Dilma ao PCC


Publicado em 29/09/2010 no Conversa afiada (Paulo Henrique Amorim)
O Conversa Afiada reproduz texto que recebeu de amigo navegante.

A “bala de prata” é a maior fraude da história política do Brasil

Indivíduos do Capital e da região de Sorocaba, com diversas passagens pela polícia (roubos, receptação, assaltos à mão armada, seqüestros etc.) foram contatados por políticos ligados ao PSDB local através de um elemento intermediário com trânsito mútuo;
Foram informados de que “prestariam serviços” e levados até um shopping da cidade de São José do Rio Preto;
Lá mantiveram encontro com outras três pessoas, descritas como “muito importantes”, e receberam um adiantamento em dinheiro vivo;
Não se tratava de qualquer encomenda de morte, assalto ou ato criminoso tão comum para os marginais recrutados;
Imediatamente, tais bandidos foram levados até o Rio de Janeiro, a um bairro identificado como Jardim Botânico, onde ficaram confinados por dois dias;
Uma equipe de TV, num estúdio particular, gravou longa entrevista com os bandidos. O script era o seguinte: “somos do PCC, sempre apoiamos o governo Lula e estamos com Dilma”. Não fugiu disso, com variações e montagens em torno de uma relação PCC/Lula/PT/Dilma;
Os bandidos recrutados também foram instruídos a fazer ligações telefônicas para diversos comparsas que cumprem penas em penitenciárias do Estado de São Paulo. A ordem era clara: simular conversas que “comprovassem” a ligações entre o PCC e a campanha de Dilma;
Tudo foi gravado em áudio e vídeo;
A farsa começou a ser desmontada quando o pagamento final pelo serviço veio aquém do combinado;
Ao voltarem para São Paulo, alguns dos que gravaram a farsa decidiram, então, denunciar o esquema, relatando toda a incrível história acima com riqueza de detalhes;
As autoridades já estão no encalço da bandidagem. De toda a bandidagem;
A simulação seria veiculada por uma grande emissora de TV e por uma revista depois do término do horário eleitoral, causando imenso tumulto e comoção, sem que a candidata Dilma Rousseff, os partidos que a apóiam e o próprio governo Lula tivessem o tempo de denunciar a criminosa armação;
Essa é a “bala de prata”. Já se sabe seu conteúdo, os farsantes e o custo, além dos detalhes. Faltam duas peças: quem mandou e quem veicularia (ou ainda terá o desplante de veicular?) a maior fraude da história política brasileira;
Com a palavra, as autoridades policiais.

Contra onda de boatos lideranças religiosas manifestam apoio a Dilma


Fonte: PT
29.09.2010
A candidata à Presidência da República pela coligação Para o Brasil Seguir Mudando, Dilma Rousseff, se reuniu hoje por cerca de duas horas com representantes de 11 entidades religiosas de todo país em Brasília. Os cristãos declararam apoio maciço à petista nas eleições de domingo. Os líderes religiosos também divulgaram uma carta aberta repudiando “a boataria cruel e mentirosa” que vem sendo disseminada contra Dilma na Internet.
Após o encontro, Dilma concedeu uma entrevista coletiva em que reafirmou seu compromisso com a vida e sua posição contrária ao aborto. A candidata também rejeitou a possibilidade de convocação de um plebiscito no país para decidir sobre a questão. “Não sou a favor de um plebiscito porque ele dividiria a nação entre aqueles que defendem e aqueles que são contra. A legislação existente hoje pacifica todas as posições. Eu sou contra mudar a lei”, enfatizou.
Ela também salientou que nunca fez qualquer referência sobre a vitória nas eleições baseada em pesquisas, lembrando que os jornalistas são testemunhas disso ao longo de sua jornada na campanha. Por isso, ela fez questão de repudiar as informações falsas que estão circulando pela Internet afirmando que ela usou inclusive Deus para dizer que não seria derrotada.
"Eu lamento isso profundamente, porque nunca saíram da minha boca palavras nesse sentido”, argumentou.
Valores pela vida
Durante o encontro, os cristãos deram declarações de apoio à candidata e reafirmaram que confiam na sua posição e na capacidade de Dilma de valorizar a família e os valores pela vida. “Vocês podem ter certeza que nossa relação será pautada pelo diálogo, pela parceria e pela colaboração”, disse Dilma para os cristãos.
Dilma afirmou que precisará do apoio das igrejas principalmente no combate às drogas, em especial ao crack. “Sozinho, o Estado não vai conseguir resolver esse problema das drogas e do crack. Por isso, vai ser fundamental nossa parceria com as igrejas a as casas de reabilitação”, comentou.
O presidente do Conselho Nacional de Pastores do Brasil, bispo Manoel Ferreira, disse que Dilma é “um instrumento de Deus e do presidente Lula” para continuar realizando a mudança que o Brasil precisa.

28 de set. de 2010

Declaração de voto


Nos últimos oito anos o Brasil tem experimentado uma condição de crescimento com distribuição de renda inédita.
Com um programa arrojado de recuperação do salário mínimo (maior responsável pela diminuição da pobreza do país), programas diretos de transferência de renda, como o Bolsa Família, e outros tantos responsáveis pela inclusão de milhares de jovens na rede de ensino superior ou ainda a política de desenvolvimento implementada que permitiu a geração de 14 milhões de novos empregos.
Enfim, o Brasil de hoje é outro. É melhor e é mais justo.
E é justamente isso o que está em jogo nas eleições do próximo domingo. É a escolha entre um modelo de gestão apresentado pelo governo do Presidente Lula em confronto com o oferecido pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Sendo assim, creio que não haja a possibilidade de escolhermos nossos candidatos apenas e tão somente pela figura do candidato. É preciso haver coerência em nossas escolhas. Os deputados que receberão nossos votos devem estar em sintonia com o projeto que entendemos como o mais correto para o país.
Por tudo isso é que declaro aqui meus votos. Defendo-os e os recomendo a todos e todas por entender que representam o que há de melhor em nossa política.

Deputado Estadual: Hamilton Pereira (13290) – parlamentar diferenciado, autor de importantes projetos de lei como o que deu origem ao programa “Escola da Família”, ou ainda o que criou a Área de Proteção Ambiental de Itupararanga, represa responsável pelo abastecimento de água de várias cidades da nossa região. Hamilton ainda luta pela criação da Região Metropolitana de Sorocaba, que pretende organizar o desenvolvimento regional, além de ter sido autor da emenda que destinou oito milhões de reais à UNESP, permitindo a instalação do campus Sorocaba.
É figura ética, correta e honesta e que merece o nosso voto.

Deputado Federal - aqui, tomo a liberdade de sugerir dois nomes: Iara Bernardi (1310) – professora, deputada por dois mandatos, dirigente do MEC nos últimos anos, é figura importante da política local. Desenvolveu importantes lutas como a que resultou na implantação do campus da UFSCAR em Sorocaba e representa em nossa região o projeto de Dilma;
O segundo nome que sugiro é o do companheiro Ricardo Berzoíni (1331). Berzoíni, além de já ser deputado federal com um bom mandato, foi também Ministro da Previdência e do Trabalho. Na Previdência foi o responsável pelas reformas ali estabelecidas que acabaram com as filas nas agências do INSS e que agilizaram os processos de aposentadoria.
Mas o principal motivo de indicar seu nome é que, com pesos absolutamente distintos, assumimos no mesmo período a presidência do PT, ele a nacional, eu a municipal. Passamos por momentos difíceis nos anos de 2005 e 2006, quando houve uma grave crise política no país e em especial o PT sofreu suas consequências. Se pra mim foi difícil, só tenho a admirar a forma tranquila e correta com que agiu à época. Berzoíne foi um dos responsáveis pela retomada do partido e seu crescimento. Além disso, também compartilhamos da mesma idéia de reforma política, o que em minha opinião será o tema mais importante do próximo Congresso.

Senador 1: Marta Suplicy (133) – uma das figuras de maior expressão do PT. Com visão moderna, Marta é a pessoa certa para representar São Paulo no Senado no período em que temas modernos como o Pré-Sal, a expansão da banda larga, a organização do país para a Copa do Mundo e a erradicação da pobreza estarão em pauta.

Senador 2: para o segundo voto ao Senado indico dois nomes, nessa ordem de preferência: Netinho (650) – filiado ao PCdoB, Netinho é vereador em São Paulo e tem cumprido um mandato correto e alinhado com o projeto defendido também pelo PT.
No senado, não tenho dúvida que caminhará ao lado de Dilma. Será da base aliada e buscará ajudar na aprovação dos projetos apresentados pela Presidente e importantes para o Brasil.
Creio que ainda haja muito preconceito em torno da candidatura de Netinho. Lamento por isso, mas como tenho recebido vários pedidos de sugestão para o segundo voto e em alguns casos não tenho sido suficientemente competente para vencer tal situação, passei a apresentar como segunda opção de voto Ricardo Young (430), do PV.

Governador: Mercadante (13) – sem sombra de dúvida o mais preparado. Apresenta um programa de governo moderno e em sintonia com o até aqui implementado por Lula e que terá continuidade com Dilma. O estado de São Paulo é o mais rico da nação, responde por um terço do PIB do país e mesmo assim ainda apresenta distorções inexplicáveis, como o baixo aproveitamento dos estudantes do estado ou a precária situação de nossa saúde.
São Paulo pode e deve ter muito mais.

Presidenta: Dilma (13) – comecei este texto justificando minha opção pelo projeto que está transformando o Brasil. E Dilma é quem melhor representa isso hoje.
Sua eleição é a única que garantirá a continuidade do mesmo.
Voto Dilma por um país justo, democrático, que defenda a vida em qualquer circunstância, sobretudo onde ela é mais ameaçada, como nas regiões mais pobres. Por um Brasil de todos e que continue a obra iniciada por Lula.   


Paulo Henrique Soranz