Pedagiômetro

22 de fev. de 2011

O Brasão da PM

Interessante postagem no Vi o Mundo, de Luiz Azenha sobre as razões da violência praticada pela Polícia Militar paulista.
Nos últimos anos me convenci de que não há mais razão para a existência de polícias militares no Brasil.
É possível termos uma polícia única, com comando e orientação civil, com um braço dedicado ao policiamento ostensivo/preventivo e que atue fardada, e outro ao papel da polícia judiciária, responsável pelo registro e pela investigação de crimes.
Segue pequeno trecho da postagem do Azenha, mas sugiro a leitura completa no blog do mesmo (http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/violencia-da-pm-paulista-seu-proprio-brasao-explica.html)



Violência da PM paulista, seu próprio brasão explica

do blog Em defesa da Educação
As cenas de repressão descabida registradas na sexta-feira última (18.fev) pela Polícia Militar de São Paulo contra jovens que manifestavam contra o aumento da tarifa do ônibus, longe de ser um fato isolado fazem parte da paisagem da capital e deste estado como um todo. Toda vez que a PM se defronta com movimentos sociais ou manifestações espontâneas da população, é raro não acabar em violência ou, para usar um eufemismo da mídia, uso excessivo da força. Mas, afinal de contas, por que isso acontece com tanta frequência em São Paulo? Uma boa forma de entendermos esse mais de força, mais de violência é olhar para o brasão da PM paulista, compreender sua gênese e o que ele representa.
Apesar de ter surgido de outras instituições, primeiro como uma milícia de São Paulo que lutou contra levantes e insubordinação de pobres pelo país, a polícia militar representa o orgulho das classes alta e média paulistanas em ter uma organização cujo currículo consiste basicamente na repressão de gente mais fraca e, principalmente, perseguir e, às vezes, eliminar civis e insubordinados para garantir-se como a fundação sangrenta da ordem paulista onde os fortes batem nos fracos, que são maioria.
No começo ela se institucionaliza como força militar do Estado, princípio federativo radical onde, em ultima instância, era possível imaginar um conflito contra outros estados da federação e mesmo o poder central. O que chega a ocorrer de fato no levante paulista de 1930. Posteriormente, progressivamente se subordinam ao poder central, perdem sua aeronáutica e, finalmente, o próprio regime militar, notando tamanho potencial, cria no Brasil algo que Pinochet criou no Chile, uma instituição militar junto com uma policial para substituir a polícia política que sustentava sua ditadura.

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