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Pedagiômetro
11 de dez. de 2009
CUBA 5: informações pra turistas (socialistas ou não)
Quando comecei a reunir informações básicas sobre a viagem a Cuba encontrei muito poucas delas.
Minhas dúvidas eram mesmo básicas, que moeda levar, uma boa média de gastos por lá, cartões de crédito são ou não aceitos, etc. Providências normais.
Pois bem, como tive dificuldade, coloco aqui alguns dados que, espero, possam ajudar alguém que por ventura acabe com as mesmas dúvidas que tive.
A moeda a ser levada é o Euro, que deve ser trocado já no aeroporto pelo Peso Cubano. O Dólar também pode ser trocado, mas sempre haverá perdas nesse caso, além disso o Euro também é aceito, sem troca, em alguns lugares(hotéis e lojas de charutos, por exemplo). O Dólar não é aceito em lugar nenhum.
Atualmente, um Peso Cubano equivale a cerca de dois Reais.
É importante se informar com antecedência quanto aos locais importantes que visitará, porque, ao menos no meu caso, a operadora de turismo que fez o receptivo quando cheguei, não me ajudou em quase nada, nem na chegada, nem durante a permanência, nem na saída. Portanto, é cada um por si.
Cartões são aceitos em alguns lugares (hotéis e algumas lojas), mas seu uso significa um acréscimo de cerca de 10% no valor (em dólar).
Por fim, o povo cubano é educado, simpático e bem humorado. Não vi durante os dias que estive por lá nenhum caso de assalto, nenhum pedinte, nenhuma criança em semáforos ou perambulando pelas ruas. Sempre que vi crianças, estavam de uniforme escolar, indo ou vindo da aula. Porém, em qualquer lugar do mundo há exceções e justamente uma delas é que deu à foto acima um valor diferenciado.
Estávamos eu e Rita subindo as escadarias da Universidade de Havana, onde Fidel cursou Direito, quando um simpático rapaz perguntou-nos as horas. Respondemos, ao que ele questionou a origem do nosso sotaque. Disse que éramos brasileiros e ele então fez a maior festa, falou bem do nosso futebol, de Lula, disse ser professor do curso de História da Universidade e que há por lá um curso onde existem vários brasileiros do Rio de Janeiro e de São Paulo. Ofereceu-se para nos mostrar a Universidade e fomos conversando.
Em dado momento ele pega nossa máquina fotográfica e tira a tal foto. Percebi então um senhor correndo em nossa direção, gritando e xingando. Como falava muito rápido, meu portunhol ficou totalmente perdido. Só via que os dois, o que nos acompanhava e o que corria em nossa direção estavam discutindo.
Pensei estar no lugar errado. Disse à Rita que achava que não podíamos ter entrado sem autorização e fomos saindo. Foi Rita quem percebeu que a discussão não era com a gente e que o senhor que correu em nossa direção tentava nos ajudar. Voltamos para perguntar o que estava havendo e o senhor então nos explicou que o rapaz que se dizia professor era o que ele chamava de delinquente. Costumava entrar, ganhar a confiança dos turistas e depois roubá-los.
Enfim, fomos salvos pelo gongo.
O rapaz, é parte de uma minoria em Cuba. Uma pequena parcela de jovens que cresceram neste período de abertura para o turismo, em que muitos valores são desafiados. A exceção que confirma a regra.
Ficou então sendo essa a foto com maior história e conteúdo para reflexão de nossa viagem.
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Postado por
Paulo Henrique Soranz
às
08:36
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