Pedagiômetro

15 de ago. de 2010

Política e esporte


A política e os esportes são dois temas presentes em minha vida. O primeiro, pela vocação que tenho pelo justo e igual, daí minha opção pela militância no PT.
O segundo é puro gosto mesmo. Acompanho o futebol, por exemplo, da forma antiga. Sou palmeirense apaixonado, mas não deixo de respeitar, nem de admirar bons jogos de outros times.
A prática é que é um problema. Tentei muita coisa na adolescência e descobri ser uma negação em todas elas.
Joguei futebol nos fraldinhas do CSU (onde hoje é o Parque dos Espanhóis, em Sorocaba), vôlei no SESI de Votorantim e treinei Karatê, no que provavelmente até hoje tinha sido minha escolha mais insana dentro dos esportes. Até hoje.
Em nada no esporte fui ou sou competitivo. E nem essa é minha intenção.
Mas nos últimos três ou quatro anos comecei a praticar natação, apenas como atividade física, mesmo. Preocupação com a saúde despertada pelos altos números do meu colesterol.
Este ano resolvi ir um pouco além e aceitar, junto com a Rita, minha esposa e companheira, a participar de provas de travessia, ou maratonas aquáticas. Se bem que não chegam a isso, porque participamos apenas das provas curtas, que giram em torno dos mil metros.
E eis que hoje, dia 15 de agosto, resolvemos participar da etapa de São Bernardo do Campo. Péssima escolha. Um frio de arrebentar.
Vi, há pouco, que a cidade de São Paulo teve hoje a tarde mais fria do ano. Imagine São Bernardo...
Enfim, fomos e participamos. Pela primeira vez achei que não conseguiria terminar a prova, mas terminei. Quase desmaiando, mas terminei. E a Rita também.
O legal é a sensação do dever cumprido, não importando para a nós a colocação. E o frio se perdeu nos primeiros duzentos metros da prova.
Mas o que me chamou a atenção mesmo nesta etapa foi o estado de abandono do parque onde a prova ocorreu.
Logo que cheguei ao local pude verificar as péssimas condições dos vestiários. O lugar é muito bonito, porém abandonado. Pensei comigo que assim que encontrasse algum dos companheiros da Prefeitura de São Bernardo do Campo falaria à respeito.
Não consigo entender o abandono de alguns municípios para com seus equipamentos esportivos.
Sorocaba, por exemplo, abandonou completamente seus Centros Esportivos. Aqui, não há sequer uma pista oficial de atletismo, ou piscina pública. E o único evento esportivo de porte havido nos últimos anos foi um torneio de tênis. Nada contra, mas que é pouco é. É quase nada.
Mas eis que assim que terminei a prova, vi uma concentração de pessoas em torno do pódio. Lá estava o Prefeito Luiz Marinho falando exatamente daquele parque, de como lamentava que estivesse em más condições e anunciando que o mesmo seria revitalizado.
Fiquei satisfeito com o que ouvi por dois motivos: 1. aquele belo local em breve estará mais belo; 2. o companheiro Marinho mostrou entender a importância de espaços democráticos para a prática de esportes, ao contrário do que se vê por aqui.
Mais satisfeito ainda fiquei quando vi que quem o acompanhava era “dona” Marisa Letícia, esposa do Presidente Lula, também empenhada em ver a cidade onde sempre viveu, e na qual voltará a viver à partir de 1° de janeiro do próximo ano, sendo bem cuidada.

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