Em resposta à terceira e última questão formulada pelo Vereador Paulo Mendes, seguem minhas considerações sobre as "Plenárias Cidadãs" do Prefeito Vitor Lippi.
A prática de discutir prioridades e construir coletivamente leis orçamentárias sempre foi comum nas administrações petistas. Uma das grandes marcas do chamado modo petista de governar, aliás, é exatamente o "Orçamento Participativo", ou OP.
Em nenhuma hipótese sou contra qualquer espécie de instrumento que diminua a distância entre o Poder Público e as demandas da comunidade por ele governada.
No entanto, vejo as Plenárias Cidadãs como uma inicitiva muito tímida no sentido dessa democratização. Sobretudo, porque são apenas consultivas e não deliberativas.
O Orçamento Participativo vai muito além disso. Além de possibilitar que os moradores dos bairros atendidos expressem quais são os problemas com os quais convivem, as reuniões do OP também possuem um caráter pedagógico.
Quando uma comunidade aponta que dentre os problemas do bairro estão, por exemplo, a falta de asfalto, uma praça abandonada ou uma creche com número de vagas insuficiente, a coordenação do OP estimula entre os presentes o debate sobre qual, ou quais, dessas demandas são prioritárias.
Os participantes dessas reuniões, então, votam em qual será a obra a ser executada naquele período. A prefeitura pode até realizar as três obras, mas os moradores saem daquela Plenária ao menos certos de que sua necessidade mais urgente será atendida. Aprendem que os cofres do município tem limites e passam, inclusive, a cuidar melhor do que é público.
Essa modalidade de gestão nunca será implantada pelo governo Vitor Lippi, simplesmente porque sua opção foi a de adotar um modelo gerencial de administração. Onde o que vale é o esforço mínimo, com resultados muito pragmáticos. Como em qualquer empresa.
O problema é que Sorocaba não é uma empresa e os sorocabanos não são meros clientes. São cidadãos.
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