Pedagiômetro

19 de ago. de 2009

A saída de Marina Silva

A Senadora Marina Silva é uma daquelas figuras que não combinam com a política tradicional do Brasil. Ela é melhor que isso.
Há algum tempo tive a oportunidade de acompanhá-la por um dia todo, em agenda que fizemos em Votorantim e Sorocaba. Na época, ela ainda era Ministra do Meio Ambiente.
A sinceridade e a forma humana com que tratava cada pessoa que lhe abordava, as palavras sempre positivas que escolhia transpareciam a figura que de fato é, muito mais movida pelo coração e por sua fé, do que pela fria razão da política.
Acho que essas suas caracaterísticas foram determinantes para que tenha tomado a decisão que anunciou hoje, a saída do PT para ingresso no PV.
Marina é figura imprescindível à luta ambientalista, mas está sendo usada. Não faz o menor sentido acreditar que sua candidatura a Presidência da República possa ser algo mais que um braço da candidatura Serra. Uma linha auxiliar que atacaria Dilma de forma muito mais sofisticada e simpática, que a praticada pelos tucanos.
O PV não é o partido do ambientalismo no Brasil, tanto quanto o DEM (Democratas) não é o partido que o nome sugere (só pra lembrar, o DEM é o ex-PFL, que foi o ex-PDS, que num passado recente atendia pelo nome de ARENA, ou seja, tudo, menos democrata).
A senadora foi envolvida pelo canto da sereia. Infelizmente.
Grande perda para o PT. E ao contrário do que desejo em relação a outros que optaram por sair, como Heloísa Helena, espero que um dia volte.
De minha parte continuo com o projeto que está transformando o Brasil, sou mais Dilma que nunca.

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