Pedagiômetro

24 de mar. de 2010

Audiência pública sobre o impacto das enchentes em Sorocaba

O vereador Izídio, do PT, promoveu na noite de ontem uma Audiência Pública para debater os impactos das enchentes ocorridas em Sorocaba.
O tema é importantíssimo e os trabalhos foram muito bem conduzidos.
No início, duas importantes apresentações sobre o assunto trataram de expor argumentos que fossem além do excesso de chuvas para justificar os transtornos percebidos no início deste ano.
Sem, é claro, diminuir a importância do grande volume de chuvas no período, muito acima da média. Mas não dá pra tapar o Sol com a peneira, como faz o Prefeito de Sorocaba, e dizer que toda a culpa é de São Pedro e que são poucas as famílias que vivem o drama.
Em poucas palavras, não se combate enchentes com distribuição de galochas e quentinhas, é preciso ir muito além.
O governo local peca por contar com um Plano Diretor omisso, feito sob o olhar do mercado imobiliário e que permite a ocupação irregular de áreas inadequadas para a habitação.
Mas erra principalmente quando finge que o problema não existe. Aí as chuvas de março levam o verão e o assunto cai no esquecimento. Será?
Bom, ao menos à população que ontem compareceu à Câmara não parece disposta a isso. Ali estava a Sorocaba que Lippi finge não existir. A camada excluída e escondida, que antes de ser trabalhada em sua educação ambiental, precisa ser atendida em suas necessidades básicas.
Vivem de forma indigna e graças a iniciativa do Vereador petista tiveram, finalmente, um microfone pra reclamar.
Já perdi a conta de quantas foram as vezes que repeti que Sorocaba é uma das melhores cidades que conheço para se viver, desde que você não precise do Poder Público. Se tiver transporte próprio, escola particular e plano de saúde, a cidade é quase de padrão europeu. É um município que é governado por quem só atende aos "emancipados", que não dependem do estado.
A política social e a proteção oferecida pelo governo Lippi à camada mais pobre que habita a cidade é uma verdadeira tragédia. Um absurdo, um insulto e uma agressão a qualquer ser humano de compreensão razoável quanto ao respeito a dignidade de seu próximo.
Meus cumprimentos ao parlamentar que proporcionou o debate. Espero que tenhamos bons frutos do mesmo.

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