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Pedagiômetro
11 de mar. de 2010
Saúde Pública em Sorocaba: martírio sem fim
Atendimento demora e revolta pacientes
Leandro Nogueira
Notícia publicada na edição de 11/03/2010 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 4 do caderno A - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.
Às 20h10 de 4ª feira (10), dezenas de pacientes que aguardavam por atendimento na Unidade Pré-Hospitalar da Zona Oeste reclamavam revoltados pela demora no atendimento médico. Alguns diziam que haviam chegado às 13h30 e continuavam à espera. Já a Prefeitura alegou que ontem houve aumento na demanda da unidade, sendo que até as 20h30 foram atendidas 542 pessoas, o equivalente à média de um dia inteiro (24 horas). Informou que não existe tempo médio para atendimento, porque depende da gravidade do paciente que chega.
O encanador industrial João Evangelista Brito Pinto, 34 anos, queixava que o filho de 12 anos de idade estava ali desde as 13h30, por causa do tornozelo torcido. Ele foi chamado para o atendimento enquanto conversava com a reportagem, por volta das 20h. “A Prefeitura deveria colocar mais médicos”, reclamou o encanador.
O vendedor Oscar de Almeida Leite Neto, 31 anos, era o mais inconformado. Dizia que chegou às 14h05, passado pela triagem e esperava até as 20h. “Ninguém explica o que acontece, dizem apenas que vou ser atendido, mas na hora de arrecadar impostos é perigoso o fiscal da Prefeitura bater na porta se atrasar o pagamento”, dizia o vendedor. Melissa Fidêncio Gonçalves, 19 anos, reclamava que esperava o atendimento desde às 15h. Dizia ter febre e dor de garganta, que passou pela triagem e continuava aguardando. “Sofri bastante durante a tarde toda, sem previsão para o atendimento”, explicou.
A Secretaria Municipal da Saúde informou que não tinha condições de verificar o motivo pelos quais os pacientes esperavam e se de fato aguardavam o tempo que declaravam, já que, pelo horário (20h), a UPH Oeste funcionava em atendimento de plantão, impossibilitando a checagem do horário em que foi preenchida a ficha em que cada um deles chegou. Alguns pacientes reclamaram que havia apenas um médico atendendo, mas segundo a Secretaria, no plantão noturno seriam oito: quatro clínicos gerais e quatro pediatras. Não informou quantos atenderam à tarde, mas que o correto são oito médicos e que algumas vezes os pacientes têm idéia equivocada, achando que faltam médios porque algumas salas ficam desocupadas.
Fonte: Cruzeiro do Sul
...
É impressionante como o tempo passa e os problemas continuam os mesmos.
Ao menos, agora, a situação está sendo desmascarada, porque até há pouco tempo o Prefeito Vitor Lippi simplesmente negava a existência de problemas nas unidades e ficava por isso mesmo.
Sorocaba é grande, tem um ótimo orçamento e todas as condições de oferecer um serviço de melhor qualidade. A questão é de prioridade política.
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Postado por
Paulo Henrique Soranz
às
12:38
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