A gestão, as relações, os valores, os princípios, enfim, há muita coisa que difere o modelo de administração pública do adotado na iniciativa privada.
Por exemplo, na iniciativa privada um pai que encoraja o filho a assumir parte no comando de sua empresa, está preocupado com seu patrimônio e com o futuro de sua família. Na área pública, isso é nepotismo e é proibido.
Há vários outros exemplos que poderia apontar, mas o objetivo deste texto é retomar o debate quanto aos princípios que norteiam as gestões pública e privada, e o quanto a confusão entre os dois pode ser prejudicial.
Em suma, a administração privada se preocupa em produzir o máximo, com o mínimo de investimento, de forma a buscar eficiência em torno dos lucros e da produtividade.
Na gestão pública, economia e bom uso dos recursos também é importante, mas não é só. Nessa área também é preciso que se tenha respeito aos princípios constitucionais da administração. Tais como a moralidade, a publicidade dos atos e a atenção ao interesse público.
É preciso ter vocação para trabalhar no setor público. Saber olhar adiante, muito além de números e de negócios.
E é justamente aí que os governos do PSDB em Sorocaba vem pecando. Implantaram um modelo absolutamente gerencial na cidade, que passou a ser administrada como se empresa fosse.
Aí, quando se discute política de transporte, por exemplo, ao invés de se discutir formas de se melhorar o sistema público, investe-se na construção de novos anéis viários. Quando se debate a saúde, se decide pela construção de um grande prédio para abrigar uma Unidade Básica de Saúde, como a do Wanel Ville, sem pensar na contratação de médicos que trabalhem na mesma.
A princípio, como o orçamento de Sorocaba cresceu demais nos últimos anos, a impressão passada foi a de um momento de importante desenvolvimento. Porém, quando a poeira abaixou, pode-se perceber que tal modelo não produziu muita coisa além de pura maquiagem.
Demorou, mas a cidade começou a sentir os efeitos disso.
O primeiro sinal veio com o sentimento de paralisação, percebido neste ano, quando as finanças emagreceram um pouquinho e o governo municipal não teve condições de tocar sequer uma obra.
O segundo, e mais violento, é a percepção de que o governo Vitor Lippi perdeu completamente o sentido de certo ou errado, do público e do privado, do moral e do imoral.
Reuniu-se um grupo de administradores da escola privada, que transferiu seus conhecimentos para a área pública. Simples assim.
Aí se descobre que um Secretário resolveu isentar de impostos empresa de seu pai, outro comprou carro a preço de custo direto da montadora, outro se acha acima do bem e do mal e resolve fazer festinhas em motel com adolescentes, e por aí vai.
A prisão da empresária Ivanilde Vieira teria pouca, ou nenhuma, importância para o Prefeito se as relações estabelecidas entre eles fossem meramente pessoais. Mas não o são.
O Secretário de Governo Maurício Biazoto é casado com a assessora de Ivanilde.
Só isso? Não. Ele também foi citado durante as investigações do caso e há suspeitas de que a empresária gozava de muita “influência” na Prefeitura para liberar licenças de funcionamento para novos postos de combustível.
Pra bom entendedor, meia palavra basta. E no caso do governo Lippi, muitas já foram ditas.
A política em Sorocaba está descambada e não é de hoje, mudam-se as formas de atuar mas não mudam as intenções. Renato Amary fez o que quis com a prefeitura ao melhor estilo Orestes Quércia valorizou regiões da cidade a seu bel prazer, a atual administração é recordista de escândalos e o mais incrível é que nem a mente mais criativa consegue imaginar qual será o contexto da próxima, pois esses rapazes são criativos (pedofilia, nepotismo, ligações obscuras, pequenas vantagens, etc.). A classe política nada mais é do que representação fiel da sociedade e esta (sorocabana) não foge à regra já que sabemos de corrupção ativa no empresariado sorocabano, na igreja e em ongs e grupos estudantis, como aquele caso de 1999 da UNISO em que pessoas como a Dr. Darlise e outros que não preciso dizer nomes contribuiram com sua pequena parcela de maucaratismo e falta de ética. Realmente para bom entendedor meia palavra basta.
ResponderExcluirPois é, Antonio. De fato, há grande parte de representantes do povo que refletem seu próprio comportamento. Porém, creio que nem todos.
ResponderExcluirAlém disso, a população em geral tem muito menos condições de desenvolver um sentido crítico sobre o que acontece, já que as formas de comunicação são limitadas e muitas vezes uma tese equivocada é tão martelada por setores da mídia que se tornam verdades.
Creio que o maior problema mesmo desse campo é a omissão de muitos e tento utilizar este blog justamente para evitar tal comportamento. Em qualquer campo, em qualquer situação, havendo fatos concretos é dever de todo cidadão se manifestar.
e emquanto isso em sarapuí..........apadrinhado do prefeito embolsa dinheiro com a venda de sucata da prefeitura..... ô jeitinho de ganhar dinheiro ,heim tuto?????kkkkkkkkrsrsrsr
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