Pedagiômetro

2 de set. de 2009

Serra quer entregar a Saúde do Estado de São Paulo

Com todas as críticas, debilidades, dificuldades, etc, etc, etc..., é preciso admitir que o SUS é o modelo mais completo de atendimento público de saúde do mundo. Sem exageros, é do mundo mesmo.
Em outros países há diferentes formas de atendimento. Nos EUA, por exemplo, é comum vermos em filmes que quem não possui o tal "seguro saúde", sempre acaba com problemas para conseguir o atendimento necessário. Isso porque lá, o atendimento não é universalizado.
No Brasil, os problemas são muitos, mas é inquestionável o direito ao acesso a Saúde Pública. Em geral as maiores dificuldades são as localizadas na porta de entrada do serviço, em parte pela falta de informação de usuários, que muitas vezes procuram um Pronto Socorro para tratar uma dor de cabeça, outras vezes, por total ineficiência do Estado.
Em Sorocaba, por exemplo, um dos grandes gargalos é o atendimento de especialidades. Conseguir uma consulta com especialista na Policlínica Municipal é quase uma penitência.
Mas enfim, o modelo que temos no país é bom e há garantia de recursos para a área, o problema em geral é de má gestão. Em todas as esferas.
Eis que o presidenciável José Serra resolve fazer demagogia com a vida alheia, apresentando Projeto de Lei que permite a terceirização de serviços de saúde para as OSs (Organizações Sociais). E quem assume a relatoria do projeto? Maria Lúcia Amary.
Grandes artigos a respeito pipocam pelos sites mais sérios da internet, portanto, não ouso aqui me deter a detalhes.
Mas também não me furto em deixar aqui minha posição: o projeto tem um caráter ideológico perigoso demais. Serra admite com ele que o estado e seus trabalhadores não possuem competência para administrar a saúde pública. Grande erro.
Ao invés de investir em planos de carreira de seus servidores, valorizá-los, permitir que desenvolvam seu melhor, os exclui do processo.
Os interesses do Estado são diferentes dos interesses da iniciativa privada ou de várias OSs. A terceirização é forma delicada de privatização e não permitirá melhora no atendimento e ainda aumentará seu custo.
Espero que os demais deputados de São Paulo não sigam o mesmo caminho da Dep. Maria Lúcia Amary.

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