Pra tentar resumir o conteúdo do editorial do Cruzeiro do Sul de ontem, postado abaixo, em pouquíssimas palavras os fatos foram os seguintes:
O SAAE, seguindo o planejamento do governo municipal, desapropriou área adequada à construção de seu Centro Operacional. Prédio esse que daria melhores condições de trabalho aos funcionários daquela autarquia.
Desapropriada a área, as obras foram iniciadas e duraram cerca de dois anos, tendo consumido cerca de R$ 8,5 milhões.
Agora, a Prefeitura anuncia estar desapropriando referido prédio, por valor superior a R$ 11 milhões, tendo por objetivo cedê-lo ao núcleo “Camilo Júlio”, do futuro Parque Tecnológico de Sorocaba.
Qualquer desavisado diria que foi um bom negócio para o SAAE, já que gastou R$ 8,5 mi e receberá mais de R$ 11 mi, não fosse pelo detalhe de que tal montante sairá dos próprios cofres da Prefeitura, que por sua vez, contingenciou valor equivalente ao dobro disso, que se destinaria ao SAAE. Ou seja, como o próprio editorial sentencia é dinheiro do SAAE comprando um prédio dele próprio.
Em suma, quem pagou por isso? Eu, você e todos os demais sorocabanos, é claro.
É uma trapalhada de um nível impressionante de “esperteza”. E, sobretudo, é mais uma demonstração de como o governo Lippi trata a Prefeitura como o quintal de sua casa e com uma mentalidade meramente empresarial.
O “passa-moleque” dado por Lippi no SAAE é um gesto a se reparar. Aquela autarquia anda cada vez pior, a população reclama cada vez mais da demora de seu atendimento, a qualidade de seus serviços vem piorando e uma boa iniciativa para melhor alocar sua força de trabalho é jogada na lata do lixo, no caso em questão.
Algo começa a cheirar mal e vindo de onde vem, do ninho tucano, não me surpreenderei se em breve surgir a notícia de privatização do SAAE. Talvez com nome mais moderno, algo como “outorga do saneamento ambiental à iniciativa privada”. Puro tucanez, quando se começa a sucatear algo que sempre funcionou bem, desconfie!
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